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Pesquisa da UFMT explora benefícios do óleo de jacaré-do-pantanal para tratar feridas, acne e até depressão

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Um projeto de pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), propõe aliar o saber ancestral das comunidades ribeirinhas e indígenas no uso do óleo de jacaré-do-Pantanal (Caiman yacare) para as práticas medicinais. A investigação científica busca desenvolver remédios, cosméticos e até suplementos (mais conhecidos como nutracêuticos) para o tratamento de lesões, acnes e até depressão.

Tradicionalmente utilizado pelas comunidades ribeirinhas e indígenas, o óleo de jacaré-do-Pantanal tem propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias usadas no tratamento de feridas, contusões musculares (rasgaduras) e lesões ósseas.

O projeto de pesquisa é coordenado pelo Dr. Fabricio Rios-Santos, da UFMT, especialista em farmacologia e imunofarmacologia, e apoiado pelo Dr. Leandro Nogueira Pressinotti, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), cuja expertise em cicatrização e biologia celular complementa a abordagem multidisciplinar do projeto.

Juntos, eles lideram uma equipe empenhada em transformar um conhecimento empírico milenar em soluções científicas com alto valor agregado para a saúde humana.

“Uma demonstração concreta de como a ciência pode se beneficiar da biodiversidade brasileira de forma ética e sustentável. Ao valorizar as tradições locais e, ao mesmo tempo, aplicar modernos métodos laboratoriais, o projeto reforça o potencial do Pantanal como uma fonte inesgotável de inovação”, afirma Fabricio.

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Segundo os pesquisadores, o óleo de jacaré tem uma composição única de ácidos graxos essenciais, como o ômega-9 (ácido oleico), o ômega-6 (ácido linoleico) e o ômega-7 (ácido palmitoleico). “Esses componentes são responsáveis por promover a regeneração celular, fortalecer a barreira cutânea [pele] e combater processos inflamatórios”, explicam.

Estudos recentes, conduzidos pelo grupo de pesquisa, demonstram que esses ácidos atuam em sinergia, conferindo ao óleo propriedades de reparo profundo de lesões, hidratação e proteção contra o estresse oxidativo em nível celular.

Além de suas aplicações sobre feridas, há evidências promissoras de seus efeitos como nutracêutico, com potencial para melhorar condições como depressão, síndrome metabólica, doenças inflamatórias e até ajudar na regulação do colesterol.

Com uma composição que supera outros óleos consagrados, como o de abacate e o de rosa mosqueta, o óleo de jacaré-do-Pantanal também apresenta um forte potencial na formulação de produtos cosméticos. Sua alta concentração de ácido palmitoleico (19%) é uma vantagem única, especialmente no tratamento de acne, feridas e queimaduras, graças à sua ação aceleradora na cicatrização e na redução de inflamações.

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“Com o reconhecimento crescente da importância de soluções naturais e sustentáveis na medicina e na cosmética, o óleo de jacaré-do-Pantanal desponta como um exemplo de sucesso na valorização da biodiversidade tropical do Brasil, posicionando o Estado na vanguarda da biotecnologia ambiental”, destacou o pesquisador Leandro Pressinotti.

Além da Fapemat, o projeto de pesquisa recebe apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU).

Fonte: Governo MT – MT

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Governo entrega obras de reconstrução, ampliação e modernização da sede da Secretaria de Segurança Pública

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O Governo de Mato Grosso entregou, no início da noite desta segunda-feira (6.10), as obras de reconstrução, ampliação e modernização da sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), em Cuiabá.

Com investimento da ordem de R$ 21,4 milhões, em dois anos e oito meses o antigo prédio passou por um processo de transformação.

“Essa não é uma reforma, é uma reconstrução. Mais uma obra necessária para dotar os equipamentos públicos da qualidade necessária para que daqui, da sede desse quartel general, que é isso que a Sesp é, possamos planejar, junto com as demais instituições que compõem as forças, todos os nossos trabalhos e ações”, destacou o governador Mauro Mendes.

“Lembro-me de quando cheguei aqui, em 2019, como governador, e vi as péssimas condições de trabalho que os servidores tinham, com móveis quebrados e muitos funcionários para usar um computador. Estou muito feliz de perceber que hoje finalizamos essa etapa de reestruturação da Secretaria de Segurança com essa nova realidade, com ambientes de trabalho extremamente moderno, tecnológico e confortável”, destacou o governador.

“Os servidores passam 8 ou mais horas no ambiente de trabalho. Então, não tenho dúvida nenhuma de que dotar de infraestrutura os órgãos públicos vai colaborar para uma melhor prestação de serviços ao cidadão e à sociedade. E é isso que nós desejamos”, assinalou Mendes.

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O secretário de Segurança, coronel César Roveri, destaca que o mais importante dessa obra é a melhoria da condição de trabalho dos servidores. “Temos um ambiente corporativo que reflete o selo Diamante em transparência nos serviços prestados à população, concedido pela Controladoria do Estado (CGE), com esse ambiente limpo, salubre e visualmente integrado”, observa Roveri.

De acordo com Roveri, foram mais de dois anos de obras, de melhorias e ampliações e os servidores permaneceram no prédio, sem a interrupção dos serviços, e sem custos com o aluguel de outros prédios .

“Há sete anos faltavam equipamentos, como viaturas, combustível e espaço para o servidor trabalhar. Agora vivemos uma nova realidade na Segurança Pública. Temos o novo prédio da Sesp e policiais equipados com armamentos modernos, sistema de radiocomunicação digital e todas as carreiras foram reestruturadas, da Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e da nossa Polícia Científica”, completa o secretário.

Essa é a primeira grande reforma das instalações da secretaria, cuja sede foi inaugurada há 44 anos, em março de 1981. Todos os projetos foram elaborados integralmente pela equipe de engenharia da Sesp, formada por servidores experientes, residentes técnicos e estagiários

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Reconstrução

Além de reconstrução da estrutura antiga, três novas salas de reunião, construção de refeitório, academia e ampliação do estacionamento, as obras também contemplaram infraestrutura e acessibilidade. A nova sede agora dispõe de elevador e sanitários com padrões de acessibilidade em todos os andares, além de um projeto paisagístico com espaço para eventos, jardinagem, mini praças e fontes d’água.

O prédio passou a contar ainda com sistemas de reuso de águas pluviais e de ar-condicionado, reservatórios com capacidade de 20 mil litros, painéis de fotocélula para iluminação externa e dispositivos economizadores de água nos banheiros.

Totalmente reformulados, os ambientes corporativos são formados por salas com divisórias de vidro, iluminação natural e cores claras, que proporcional a integração entre as equipes.

Outro destaque é a nova fachada da Sesp, desenvolvida e fiscalizada pela própria equipe de engenharia do órgão. O novo design traz um conjunto de vidros refletivos e brises metálicos, que reduzem o calor e aumentam a eficiência energética, consolidando a identidade moderna da instituição.

Solenidade

Cerca de 250 pessoas participaram da solenidade de reinauguração da Sesp, entre servidores, lideranças comunitárias e autoridades dos diversos poderes.

Fonte: Governo MT – MT

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Corpo de Bombeiros combate 21 incêndios florestais nesta segunda-feira (6)

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O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) extinguiu dois incêndios florestais e mantém controlados sete focos ativos, nas últimas 24 horas. As equipes seguem, nesta segunda-feira (6.10), no combate a outros 21 incêndios florestais em diversas regiões do estado.

Os incêndios extintos estavam localizados nos municípios de Poxoréu e Itiquira. Já os incêndios que estão controlados e não apresentam risco imediato de propagação, por estarem contidos dentro de um perímetro seguro, localizam-se nos municípios de Nova Ubiratã e Feliz Natal, com dois focos sendo monitorados em cada município; além das cidades de Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço e Cláudia, com um foco cada em monitoramento.

As equipes seguem atuando no combate aos incêndios florestais nos municípios de Cocalinho, Rosário Oeste e Planalto da Serra, que enfrentam dois focos ativos em cada cidade. Os bombeiros combatem ainda incêndios florestais nas cidades de Chapada dos Guimarães, Nobres, Nova Brasilândia, Nova Ubiratã, Cláudia, Barra do Garças, Vila Bela da Santíssima Trindade, Cáceres, Barra do Bugres, Aripuanã, Juara, Guarantã do Norte, Pontes e Lacerda, Colniza e Nova Santa Helena.

O combate aos incêndios conta com equipes atuando diretamente no campo, com o apoio de máquinas pesadas, caminhões-pipa e aeronaves, que compõem a estrutura disponível para reforçar o enfrentamento das chamas. As operações seguem de forma contínua, com controle dos focos e proteção de vidas, propriedades rurais e do meio ambiente.

As ações contam com o apoio do Grupo de Aviação Bombeiro Militar (GAvBM), da Defesa Civil do Estado e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), além da Polícia Militar, que atuam de forma integrada.

Monitoramento

O Corpo de Bombeiros Militar também realiza o monitoramento de 49 focos de calor em todo o estado, incluindo os que estão em combate e controlados. Desse total, 34 são incêndios florestais e outros 19 focos restantes correspondem a queimadas irregulares. Nas terras indígenas, é registrado um incêndio na Terra Indígena Sangradouro/Volta Grande, em Poxoréu.

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No caso de áreas indígenas, o combate deve ser feito por órgãos do Governo Federal, já que o Estado não possui autorização para atuar. Até o momento, o Corpo de Bombeiros Militar não foi acionado.

Fiscalização – Operação Infravermelho

Os 19 focos de calor decorrentes do uso irregular do fogo estão sendo fiscalizados no âmbito da Operação Infravermelho, cujo monitoramento é realizado a partir da Sala de Situação Central, instalada no Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), em Cuiabá.

Com apoio de imagens de satélite e outras tecnologias, a operação tem como objetivo identificar de forma antecipada áreas com risco de incêndio florestal ou onde o fogo já tenha sido iniciado de maneira ilegal, atuando tanto na prevenção quanto na responsabilização dos infratores.

Incêndios extintos

Desde o início do período proibitivo do uso do fogo em Mato Grosso, o Corpo de Bombeiros Militar já atuou na extinção de 235 incêndios.

Os municípios são: Acorizal, Água Boa, Alta Floresta, Alto Araguaia, Alto Boa Vista, Alto Paraguai, Alto Taquari, Apiacás, Araguaiana, Aripuanã, Barra do Bugres, Barra do Garças, Barão de Melgaço, Bom Jesus do Araguaia, Cáceres, Campinápolis, Campo Verde, Canabrava do Norte, Canarana, Chapada dos Guimarães, Cláudia, Cocalinho, Colíder, Colniza, Comodoro, Confresa, Conquista D’Oeste, Cotriguaçu, Cuiabá, Denise, Diamantino, Feliz Natal, Figueirópolis do Oeste, Gaúcha do Norte, General Carneiro, Guarantã do Norte, Guiratinga, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Itaúba, Jaciara, Jauru, Juara, Juscimeira, Juína, Lucas do Rio Verde, Luciara, Marcelândia, Matupá, Nossa Senhora do Livramento, Nova Bandeirantes, Nova Brasilândia, Nova Canaã do Norte, Nova Guarita, Nova Lacerda, Nova Marilândia, Nova Maringá, Nova Monte Verde, Nova Mutum, Nova Nazaré, Nova Santa Helena, Nova Ubiratã, Nova Xavantina, Novo Mundo, Novo Santo Antônio, Novo São Joaquim, Paranatinga, Paranaíta, Peixoto de Azevedo, Poconé, Pontal do Araguaia, Pontes e Lacerda, Porto Alegre do Norte, Porto Esperidião, Poxoréu, Primavera do Leste, Querência, Ribeirão Cascalheira, Rondolândia, Rondonópolis, Rosário Oeste, Santa Carmem, Santa Cruz do Xingu, Santa Rita do Trivelato, Santa Terezinha, Santo Afonso, Santo Antônio de Leverger, Santo Antônio do Leste, São Félix do Araguaia, São José do Povo, São José do Rio Claro, São José do Xingu, Sapezal, Serra Nova Dourada, Sinop, Sorriso, Tabaporã, Tapurah, Terra Nova do Norte, Tesouro, Torixoréu, União do Sul, Várzea Grande, Vila Bela da Santíssima Trindade e Vila Rica.

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Focos de calor

Em Mato Grosso, foram registrados 385 focos de calor nas últimas 24 horas, conforme última checagem às 17h, no Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Destes, 167 no Cerrado, 179 são na Amazônia e 39 no Pantanal. Os dados são do Satélite de Referência (Aqua Tarde).

É importante destacar que um foco de calor isolado não caracteriza, por si só, um incêndio florestal. No entanto, um incêndio florestal geralmente envolve o acúmulo de diversos focos de calor em uma mesma área.

Proibição do uso do fogo

O CBMMT reforça o alerta à população sobre a proibição do uso de fogo para limpeza e manejo de áreas rurais em Mato Grosso. De 1º de junho até 31 de dezembro está proibido o uso do fogo no Pantanal. Nas regiões da Amazônia e do Cerrado, o período proibitivo teve início em 1º de julho e vai até 30 de novembro. Já nas áreas urbanas, o uso do fogo é proibido durante todo o ano.

Em caso de qualquer indício de incêndio florestal, a orientação é que a denúncia seja feita imediatamente pelos números 193 (Corpo de Bombeiros) ou 190 (Polícia Militar).

Fonte: Governo MT – MT

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