Desde 2013, na campanha da Libertadores, o torcedor atleticano aderiu à “filosofia” do “eu acredito!”, que embalou o Galo rumo à conquista inédita. O grito já foi utilizado outras vezes, em algumas oportunidades deu certo, como nas viradas contra Corinthians e Flamengo, na campanha do título da Copa do Brasil de 2014. Em outras, o “mantra” não surtiu efeito. Após a vitória de 3 a 0 do Atlético-MG sobre o Figueirense, neste domingo, no Independência, o técnico Marcelo Oliveira reconheceu a dificuldade de sua equipe conseguir ultrapassar o líder Palmeiras na tabela, ainda que haja um confronto direto entre as equipes, que será em Belo Horizonte. Faltando seis jogos para o fim do Brasileirão, o time paulista tem oito pontos de vantagem.
Pelas contas, para o Galo assumir a liderança, o Palmeiras tem que perder três dos seis jogos que lhe restam. Complicado esperar isso de uma equipe que perdeu apenas cinco vezes nesta edição do campeonato.Marcelo Oliveira, apesar de concordar com esta matemática, adota o “eu acredito!”, e não joga a toalha. Além disso, para manter sua equipe focada na briga pelo título, lembra da importância de terminar no top 3 para ir direto para a fase de grupos da Taça Libertadores do ano que vem. Assim, o treinador também ressalta a importância de brigar na Copa do Brasil (o Galo encara o Internacional, na quarta-feira, no Beira-Rio, no primeiro jogo da semifinal), mas sem deixar o Brasileirão de lado.
– Se a gente pensar friamente, muito friamente, será muito
difícil pela regularidade do Palmeiras. Mas, se pensarmos que é futebol, tudo
pode acontecer… O Figueirense veio aqui e dificultou. Aí temos que acreditar. E
também temos que pensar que, se não formos campeões, temos que ficar entre os
três (primeiros) para fugir daqueles confrontos iniciais da Libertadores. O
jogo de quarta-feira é muito importante, temos que fazer um bom jogo lá para
trazer a decisão para BH, com a nossa torcida. Não podemos desprezar o
Brasileiro não.
Sobre a vitória contra o Figueirense, Marcelo a definiu como fundamental para o Galo seguir na briga pelo título, e no top 3, já que o time mineiro ocupa a terceira colocação, com 59 pontos, dois a menos que o Flamengo, segundo colocado (ambos se enfrentam no sábado em BH).
– Foi uma vitória fundamental. Imaginar que a gente pudesse
ter qualquer tipo de moleza não dava, a coisa se arrastou muito. Tivemos muitas
coisas boas, um tempo maior jogando bem, rodando a bola. A equipe do
Figueirense tem um contra-ataque rápido. Estavam sem um homem de referência,
isso confundia um pouco. Mas o volume foi bom, podíamos ter resolvido antes,
para não ficar tão dramático no final. Estamos seguindo o nosso caminho. É
possível que aconteça alguma coisa.
Diante do Figueirense, Marcelo deixou o atacante Robinho e o lateral-esquerdo Fábio Santos no banco de reservas. Os dois entraram no segundo tempo, e o treinador explicou os motivos para a precaução com a dupla.
– A questão do Fábio e do Robinho tem dois aspectos: o
desgaste físico, jogadores que estão jogando direto, que são fundamentais na
equipe, a acusação de um desgaste maior; e são dois jogadores que estavam com
dois cartões amarelos, não podemos perdê-los.