Geral

Velocista mira vaga nas Paralimpíadas do Rio após doping por cocaína

Published

on

Punição de Blake Leeper termina a tempo do americano buscar vaga nos Jogos. Ex-pupilo de Joaquim Cruz, ele treina com um dos jogadores mais rápidos que a NFL viu

No primeiro dia de fevereiro, a Agência Antidoping Americana anunciou a suspensão por um ano do velocista paralímpico Blake Leeper, um dos mais rápidos do mundo. O motivo: uso de cocaína. Como o exame havia sido feito em junho do ano passado, a pena era retroativa e terminará daqui a dois meses. Dessa forma, ele ainda terá tempo para buscar o índice para os Jogos Paralímpicos do Rio, em setembro.

A Agência Antidoping Americana entendeu que a droga encontrada no corpo de Leeper, 26 anos, não influenciava em seu rendimento, e que por isso ele não foi punido por mais tempo – se tomasse algo que lhe trouxesse benefícios poderia levar um gancho de até quatro anos. Em condições normais, o velocista seria um dos favoritos ao pódio no Rio 2016. Foi vice-campeão mundial em 2013 dos 100m, 200m e 400m da categoria T43, ficando atrás do brasileiro Alan Fonteles nas três provas em Lyon, na França. Nas Paralimpíadas de Londres levou a prata nos 400m, superado por Oscar Pistorius, e o bronze nos 200m, atrás do campeão Fonteles e do medalha de prata Pistorius.

Porém, ainda há mais um obstáculo para Blake. O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) considerou sua pena branda e caso não a decisão não mude os advogados do atleta planejam recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), última instância esportiva.

Enquanto isso, o velocista treina na pista da UCLA (Universidade da Califórnia, em Los Angeles), já que está proibido de entrar nos centros de treinamento do Comitê Olímpico dos Estados Unidos. Já foi orientado pelo campeão olímpico Joaquim Cruz, que trabalha para o Comitê Paralímpico dos EUA. Na reta final para o retorno às competições, ele recorreu à ajuda de um dos homens mais rápidos da história da NFL. Willie Gault, de 55 anos, conquistou o Super Bowl XX pelo Chicago Bears em 1985. Sua velocidade não tinha segredo. Antes da carreira no futebol americano, ele fez sucesso no atletismo. Deixou de disputar os Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, por causa do boicote dos Estados Unidos. Mas em 1983 conquistou a medalha de ouro no revezamento 4x100m do Campeonato Mundial de Helsinque, ao lado de Carl Lewis, Calvin Smith e Emmit King.

Aos 55 anos Gault ainda disputa competições de atletismo entre veteranos. Ele acredita que Leeper merece uma segunda chance para conquistar a medalha de ouro no Rio, e questiona a pena dada pelo uso de uma substância que não influencia no rendimento de um atleta:

– Simplesmente não faz sentido. Ele é um bom garoto. Ele cometeu um erro e tinha um problema – disse à TMZ.

Leeper, que nasceu sem as duas pernas, diz estar determinado a ter uma vida limpa, e que tem feito um voto de sobriedade.

– Eu estou vivendo uma vida limpa completa. É sobre ser o atleta 24 horas dentro e fora da pista – disse.

Blake Leeper velocista paralímpico dos Estados Unidos (Foto: Divulgação)Blake Leeper, velocista paralímpico dos Estados Unidos (Foto: Tee Leep Photography)

Quando criança, Leeper hesitava em usar bermudas, e assim exibir suas próteses. O fez justamente em uma competição de dança na escola. Seus colegas não tiraram o olho dele. Tímido e inseguro, foi apresentado ao álcool aos 15 anos por seu pai. Sob efeito da bebida era feliz. Descobriu o atletismo e se afastou da bebida. Se surpreendeu com o próprio desempenho e rapidamente se tornou um dos melhores atletas paralímpicos do país. Após os Jogos de Londres tornou-se uma celebridade. Mas não suportou a pressão em ser um porta-voz dos portadores de deficiência.

– Eu treinava pela manhã, pulava a sala de musculação e ia direto para casa, onde uma caixa de cervejas esperava por mim. Desde que eu bebi pela primeira vez eu comecei a tomar decisões ruins – disse ao Los Angeles Times.

Para piorar veio a cocaína, apresentada em uma festa, semanas antes do campeonato nacional de atletismo paralímpico, em 2015, quando sua urina foi colhida.

– Cometi um erro e me desculpo profundamente por meu comportamento e por ter deixado todo mundo que me apoia triste. Eu tomei toda a responsabilidade pelas escolhas ruins que fiz na minha vida. Se eu posso superar o monumental obstáculo de ter nascido sem as pernas para me tornar um atleta top no mundo, eu posso superar meus erros e me tornar um modelo olímpico para o qual e estou trabalhando duro para provar no Rio. Sou grato de ter esta oportunidade de provar que nada é impossível com ou sem pernas. Sei que as probabilidades estão contra mim. Mas eu já bati as probabilidades antes – disse Leeper.

Comentários Facebook

Cáceres e Região

Governo assina ordem de serviço para início das obras do Módulo I da ZPE

Published

on

Guilherme Blatt | Sinfra-MT

O Governo de Mato Grosso assinou nesta segunda-feira (17.07) a ordem de serviço para o início da execução das obras de Infraestrutura do Módulo I do Loteamento da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Cáceres. A obra está orçada em R$ 25.160.823,64 e tem um prazo de conclusão de 450 dias.

A ZPE tem uma área de aproximadamente 240 hectares e está dividida em cinco módulos, que são os locais onde as empresas se instalarão. O Módulo I é justamente o que fica localizado mais próximo da área administrativa, primeira etapa da obra, que está sendo concluída pelo Governo do Estado.

No local, situado na Avenida dos Ramires, serão realizadas obras de drenagem, terraplanagem, asfalto, esgoto, abastecimento de água e iluminação. Os serviços vão garantir a infraestrutura necessária para que as empresas possam se instalar na ZPE.

As obras são realizadas em uma parceria entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), responsável pelos recursos, e Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), que licitou a obra. Os trabalhos serão realizados pelo Consórcio LCM/Minas Pará.

“Os módulos são onde as empresas vão efetivamente se instalar. Essa era uma obra aguardada por todos os mato-grossenses desde 1990. Conseguimos dar um encaminhamento a este projeto”, afirma o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira.

As Zonas de Processamento de Exportação são áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior. O objetivo é atrair investimentos estrangeiros, reduzir desequilíbrios regionais, promover a difusão tecnológica e aumentar a competitividade das exportações brasileiras.

“A Zona de Processamento impulsionará o desenvolvimento econômico na região de Cáceres, atraindo novos investidores. Vai gerar empregos e reativará economicamente toda aquela região, que tem uma demanda por emprego muito grande, ou seja, a ZPE vai permitir que essa região volte a ser protagonista dentro do desenvolvimento econômico do Estado”, destacou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

Um decreto presidencial instituiu a ZPE em Cáceres em março de 1990, mas as obras só ganharam volume a partir de março de 2020, quando a atual gestão resolveu problemas no projeto para construir a área administrativa.

Foram construídos oito blocos com as unidades administrativas da Zona de Processamento, com uma área total de quatro mil metros quadrados. O investimento nessa etapa da obra é de R$ 15,6 milhões.

Comentários Facebook
Continue Reading

Cáceres e Região

O que é febre maculosa? Conheça sintomas, causas e tratamento

Published

on

Da Redação

O Instituto Adolfo Lutz, ligado ao Governo de São Paulo, confirmou que a febre maculosa foi a causa da morte da dentista Mariana Giordano, de 36 anos. Ela e o namorado, o piloto de automobilismo Douglas Costa, de 42, morreram subitamente na última quinta (8), após serem hospitalizados com quadro de febre intensa e fortes dores de cabeça.

O óbito dele ainda é investigado. Nas últimas semanas, o casal havia passado por Campinas (SP) e por Monte Verde, no Sul de Minas. As autoridades investigam ainda uma terceira morte, de uma jovem de 28 anos, que passou pela mesma fazenda que o casal.

O que é a febre maculosa?

     Trata-se de uma doença infecciosa febril aguda. Ela pode causar quadros críticos, com alta probabilidade de morte. A doença recebe esse nome porque provoca febre no paciente, além de ser caracterizada pela presença de manchas vermelhas na pele – as máculas.

     “É uma doença muito grave. Se o médico não cogitá-la e não iniciar o tratamento rapidamente, o risco de morte é alto”, reforça o infectologista Marcelo Simão, chefe do serviço de moléstias infecciosas do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

     Para ter ideia, no ano passado, foram confirmados 62 casos de febre maculosa no Estado de São Paulo, sendo que pelo menos 44 pacientes morreram (letalidade de cerca de 75%). Em três casos, não foi notificada a evolução do quadro clínico do paciente e, em outros 15, foi registrada a cura.

Qual a relação da doença com o carrapato-estrela?

     Essa espécie, uma vez infectada pela bactéria Rickettsia rickettsii, é a responsável por transmitir a febre maculosa. O carrapato-estrela tem como principal hospedeiro a capivara, animal que vive em áreas de banhados e beiras de rios. Bois e cavalos também podem ser portadores de carrapato-estrela infectado.

     Para ocorrer a transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele da pessoa, segundo o Ministério da Saúde. O problema é que os micuins – carrapatos jovens e pequenos – também são transmissores e são difíceis de serem vistos a olho nu. Não existe transmissão da doença de pessoa para pessoa.

Sintomas da febre maculosa

    A doença começa de forma repentina com um conjunto de sintomas semelhantes aos de outras infecções: febre alta, dor no corpo, dor da cabeça, falta de apetite e desânimo.  “Nesse momento, é comum confundir a febre maculosa com outras doenças, como leptospirose e dengue”, informa Marcelo Simão.

     Depois, aparecem pequenas manchas avermelhadas que crescem e se tornam salientes. Essas lesões, parecidas com picadas de pulga, tendem a provocar pequenas hemorragias sob a pele.

     É essa manifestação que, segundo o consultor da SBI, serve de principal alerta para a febre maculosa. “Esse sintoma surge porque a bactéria causadora da doença ataca os vasos sanguíneos. Eles se rompem, e acontece a hemorragia”, descreve.

     As manchas vermelhas aparecem em todo o corpo, incluindo a palma das mãos e a planta dos pés. Os sintomas levam, em média, de sete a 10 dias para surgirem. Mas cabe lembrar que há pessoas que podem ser assintomáticas.

Como é o diagnóstico da febre maculosa?

     Diante das queixas do paciente – como febre alta, dores e, sobretudo, erupções vermelhas na pele – e dos relatos sobre áreas visitadas e eventuais picadas de carrapato, o médico precisa desconfiar da febre maculosa e solicitar um exame de sangue.

    De acordo com Simão, é importante que o médico procurado – na maioria das vezes, um clínico geral – consulte um colega infectologista, que certamente pensará na possibilidade da febre maculosa. “É a área dele”, diz. “Às vezes, médicos de outras especialidades não conhecem ou não lembram dessa doença. Só que ela evolui muito rápido”, acrescenta.

Qual é o tratamento para a doença?

     O tratamento deve ser iniciado rapidamente e é feito à base de antibióticos específicos: é possível usar a doxiciclina ou o cloranfenicol. Se houver demora para começar o tratamento, há sérios riscos de que os medicamentos não surtam mais o efeito desejado.

Como evitar a febre maculosa?

     A primeira orientação é entender se você está visitando uma área conhecida por ter bastante carrapato-estrela. De acordo com o consultor da SBI, hoje, no Brasil, as regiões mais preocupantes nesse aspecto são o entorno de Campinas e Belo Horizonte, além do interior do Rio de Janeiro.

     “Quem for andar em uma dessas áreas, precisa usar botas e colocar a calça por dentro do calçado, porque aí o carrapato não tem como se fixar na pele” aconselha o médico.

Para facilitar a visualização dos carrapatos, o ideal é priorizar roupas claras ao entrar em locais de mato. Fora isso, é essencial sempre verificar o corpo para confirmar se não há um carrapato grudado na pele.

Existe uma época mais perigosa para pegar a febre maculosa?

     Embora não seja uma doença sazonal, a febre maculosa é mais comum entre os meses de junho e novembro, período em que predominam os micuins.

Quem pode pegar a febre maculosa?

     Qualquer pessoa que estiver em área endêmica, e com a pele exposta. “Se você for picado, não demore a procurar um médico para receber orientações”, reforça Simão. Ainda de acordo com ele, existem técnicas para desgrudar o carrapato do corpo. “Não dá para fazer de qualquer maneira”.

Por – THAIS MANARINI E JOSE MARIA TOMAZELA
Estadão Conteúdo

Comentários Facebook
Continue Reading

Cáceres e Região

Policial

Política MT

Mato Grosso

Mais Lidas da Semana