Mundo
Última reunião da FPA discute plano de participação da ALMT na COP 30 e balanço do ano
A Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (FPA-MT) discutiu a elaboração de um plano para participação na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém (PA), em novembro de 2025. A reunião ordinária da FPA foi realizada na manhã desta terça-feira (10), na sede da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
Coordenada pelo deputado Dilmar Dal Bosco (União) e com a presença dos parlamentares Carlos Avallone (PSDB) e Valmir Moretto (Republicanos), a FPA intermediou o debate entre o setor produtivo de Mato Grosso, a assessora de assuntos internacionais da Casa Civil de Mato Grosso, Rita Chiletto e o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, César Miranda, com intuito de discutir às principais demandas das áreas.
“Agora já é o momento de definir como será a participação da Assembleia de Mato Grosso na COP30 e o Parlamento tem um histórico de leis que tratam da preservação da natureza e de produção sustentável”, afirmou o deputado Dilmar Dal Bosco (União), coordenador da FPA-MT.
“Existe todo um trabalho entre a Assembleia Legislativa, o governo do estado e o setor do agro, que serve como exemplo para o mundo, de como Mato Grosso faz as suas atividades buscando melhorias e garantindo a sustentabilidade. Queremos mostrar a realidade de como Mato Grosso produz sem descuidar da preservação”, defendeu Dal Bosco.
Para a assessora de assuntos internacionais da Casa Civil de Mato Grosso, Rita Chiletto, o evento é uma oportunidade de espaço para o Estado ter suas experiências de sucesso destacadas com projetos que estimulam a preservação.
“É um momento em que os olhares do mundo estarão voltados para o Brasil e para Mato Grosso, então nós poderemos nos mostrar como somos de fato sem informações transversais que muitas vezes são cobertas por outros interesses e nossa imagem fica diluída e equivocada”, avaliou a assessora. “Mato Grosso tem um histórico de produção sustentável que não é de hoje, mas de muitos anos com práticas que mostram que o estado está no rumo da sustentabilidade e todo setor produtivo caminha junto”, concluiu.
Os parlamentares também discutiram sobre outros temas considerados sensíveis, como a implementação da Lei 12.653/2024, conhecida como Lei do Pantanal, que autoriza a pecuária extensiva em Áreas de Preservação Permanente (APP), no Pantanal de Mato Grosso. A normativa havia sido sancionada pelo governo de Mato Grosso em setembro, após acordo envolvendo Ministério Público estadual, no entanto, a nova lei foi declarada inconstitucional pela Advocacia-Geral da União.
Para o deputado Avallone a decisão não leva em conta a normativa. É fruto de um estudo de cooperação técnica realizado com a Embrapa Pantanal e de um amplo debate promovido pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) com os principais agentes que atuam no ecossistema pantaneiro. “A saída do homem pantaneiro do Pantanal é que causou os maiores problemas ao Pantanal. E, portanto, nós contratamos a Embrapa num projeto para ela fazer uma proposição dessas mudanças que a gente pudesse dar viabilidade econômica para que o Pantaneiro continuasse cuidando do Pantanal como ele fez durante os últimos 300 anos”, defendeu Avallone.
“Mas estamos confiantes, estamos conduzindo isso lá, já tivemos uma reunião com o ministro Zanin, houve um entendimento muito bom, levamos informações importantes, eu acredito que nós devemos ter sucesso mais nesse pleito”, avaliou o parlamentar.
Agenda
Este foi o último encontro da FPA esse ano. A próxima reunião está marcada para o dia 23 de janeiro de 2025.
Fonte: ALMT – MT
Mundo
Volta de Donald Trump ao governo americano traz incertezas ao agronegócio brasileiro
O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (20.01), acompanhado de discursos protecionistas e medidas comerciais anunciadas em seus primeiros minutos de governo, gerou incertezas no setor do agronegócio brasileiro.
Especialistas apontam que o impacto das políticas adotadas por Trump sobre o comércio global e o Brasil ainda é uma incógnita, mas destacam que as mudanças tarifárias prometidas podem alterar significativamente o cenário atual.
Entre as principais preocupações está a possível retomada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, com elevação de tarifas sobre produtos importados pelos americanos. Essa situação pode beneficiar o agronegócio brasileiro no curto prazo, com o redirecionamento de demanda chinesa por commodities como soja e milho. No entanto, a longo prazo, um eventual acordo entre as duas potências poderia reverter esses ganhos.
A China, maior parceira comercial do Brasil no setor, permanece como peça-chave nessa equação. Especialistas reforçam a necessidade de ampliar a presença brasileira no mercado chinês e fortalecer a interlocução com o país asiático, dado seu papel crucial para as exportações agrícolas brasileiras.
Além disso, a saída oficial dos Estados Unidos do Acordo de Paris, no aniversário de 10 anos do pacto climático, coloca o Brasil sob maior pressão internacional, especialmente em um ano de protagonismo para o país na condução da COP 30, em Belém.
A postura de Trump, vista como um enfraquecimento das iniciativas globais contra mudanças climáticas, contrasta com as expectativas de que o setor privado mantenha compromissos nessa área, mesmo diante de resistências governamentais.
No contexto bilateral, o protecionismo americano pode dificultar avanços em negociações para ampliar cotas de exportação brasileiras, como as de carne bovina e açúcar, enquanto os Estados Unidos devem pressionar por maior acesso ao mercado brasileiro, especialmente no setor de etanol e produtos premium.
O agronegócio brasileiro, no entanto, mantém uma postura pragmática, defendendo a busca de soluções negociadas e evitando alinhamentos ideológicos. Especialistas e representantes do setor destacam a importância de diversificar mercados e de fortalecer parcerias estratégicas para mitigar possíveis impactos negativos das políticas americanas.
O presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende, o retorno de Trump ao poder não é apenas um evento político; é uma mudança no tabuleiro comercial global. “Para o Brasil, isso significa navegar em águas turbulentas, onde o protecionismo norte-americano e as possíveis tensões comerciais com a China podem criar tanto oportunidades quanto riscos. Nosso desafio será transformar qualquer realocação de demanda em ganhos estratégicos para o agronegócio, mas isso exige foco e planejamento assertivo”, comentou.
“Enquanto muitos enxergam no protecionismo americano uma ameaça, vejo também uma chance de o Brasil fortalecer sua posição como fornecedor confiável e competitivo. Temos que estar prontos para ocupar espaços, especialmente no mercado asiático, sem depender exclusivamente da dinâmica entre China e Estados Unidos. É o momento de investir em diplomacia comercial e garantir que nossos produtos sigam conquistando o consumidor global”, recomentou Rezende.
mas o presidente do IA alertou que não se deve ignorar os efeitos da saída dos EUA do Acordo de Paris, especialmente na COP 30, que será liderada pelo Brasil. “Enquanto Trump enfraquece as ações climáticas globais, cabe a nós mostrar liderança, destacando nosso potencial em bioenergia e agricultura sustentável. O agronegócio brasileiro não deve apenas reagir às mudanças; deve ser protagonista na construção de soluções que combinem produção eficiente e respeito ao meio ambiente”, completou Isan Rezende.
Embora o cenário atual traga desafios e incertezas, o histórico de resiliência do setor e a capacidade de adaptação do Brasil às demandas globais oferecem caminhos promissores para superar os obstáculos e aproveitar as oportunidades que possam surgir.
O equilíbrio entre diplomacia, estratégia comercial e inovação será essencial para garantir a competitividade do agronegócio brasileiro em um cenário global em transformação.
Fonte: Pensar Agro
Mato Grosso
Governador afirma que MT trabalha em projetos para crianças ucranianas vítimas da guerra
O governador Mauro Mendes afirmou que o estado trabalha com dois projetos que visam beneficiar crianças ucranianas que perderam familiares durante a guerra com a Rússia.
Mauro se reuniu, na manhã desta segunda-feira (20.01), com o embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrii Melnyk.
Um dos projetos é trazer essas crianças para uma temporada de visita a Mato Grosso, de até 15 dias. O outro é para auxiliar a implantação do jiu-jitsu e parajiu-jitsu nas atividades esportivas da Ucrânia – esse esporte tem a primeira-dama Virginia Mendes como embaixadora.
“A primeira-dama está empenhada nessas parcerias, junto com a Assistência Social e nossa assessoria internacional, e vou trabalhar pessoalmente nisso também. Sabemos que há famílias de descendentes ucranianos aqui em Mato Grosso, que também podem nos auxiliar”, pontuou.
Durante a reunião, o embaixador agradeceu o apoio e destacou a grande capacidade de Mato Grosso como o maior produtor de alimentos do país. Melnyk ainda convidou o governador a conhecer a Ucrânia.
“Somos muito parecidos. Essa iniciativa mostra como o povo brasileiro é receptivo. A Ucrânia também produz muito alimentos, assim como Mato Grosso. Somos um dos grandes produtores da Europa, e temos um solo muito fértil. Nossa perspectiva é estabelecer parcerias com o estado, que impressiona por sua dimensão e potencial”, afirmou.
O governador registrou que Mato Grosso se solidariza com a Ucrânia pela situação difícil ocasionada pela guerra, e que o estado está totalmente disposto a estreitar as relações comerciais, inclusive mediando encontros com a classe produtiva.
“Espero que nesses dias aqui em Mato Grosso, o senhor possa conhecer mais a fundo o nosso estado e seus grandes potenciais. Pode contar com o Governo para essa aproximação e diálogo”, finalizou.
Fonte: Governo MT – MT
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