A chegada de Clayton ao Atlético-MG, no início da temporada, foi recheada de expectativas. Os ingredientes eram animadores: destaque do Figueirense na temporada 2015, apenas 20 anos e disputado por outros grandes clubes brasileiros. Tudo isso fazia com que a torcida atleticana esperasse um grande futebol do jogador. No início da passagem dele pela Cidade do Galo, o atacante não conseguiu uma sequência de boas atuações, sofreu uma lesão muscular e ficou algum tempo parado. Depois, voltou melhor. Atualmente, é titular do time de Marcelo Oliveira e vem evoluindo em campo com o passar dos jogos. O GloboEsporte.com conversou com o jogador sobre o momento dele e do time no Campeonato Brasileiro.

Sobre a fase atual que vive no Atlético-MG, Clayton comemora a sequência de jogos – foi titular nas últimas três partidas no Brasileirão – e o ganho de confiança, mas garante que ainda pode evoluir.
– É muito importante essa sequência. Estou conseguindo
jogar alguns jogos seguidos, ajudei nas três vitórias que tivemos. Estou feliz
com as oportunidades que estou recebendo e procurando ajudar da melhor forma
possível. Eu sempre vou achar que tenho que evoluir e melhorar. Nunca dá pra se contentar com o que fez. Acho que
estou melhorando aos poucos, estou conseguindo ganhar ritmo e adquirir mais
confiança.
Confira a entrevista na íntegra:
GloboEsporte.com: Qual a importância da sequência de jogos como titular? Você já está 100% ou acredita que ainda pode melhorar?
Clayton: É muito importante essa sequência, estou
conseguindo jogar alguns jogos seguidos, ajudei nas três vitórias que tivemos.
Estou feliz com as oportunidades que estou recebendo e procurando ajudar da
melhor forma possível. Eu sempre acho que tenho que evoluir e melhorar. Sempre
procuro fazer o melhor jogo, diminuir os erros e ajudar a equipe com gols e
assistências, porque sou atacante. Também na marcação, mas principalmente
melhorar as atuações ofensivas sempre. Nunca dá pra se contentar com o que fez. Acho que
estou melhorando aos poucos, estou conseguindo ganhar ritmo e adquirir mais
confiança. Estou mais feliz, mas espero melhorar muito ainda.

Você está atuando pela direita, com uma função tática que também te obriga a marcar. Você está adaptado à função?

É uma posição meio diferente de se jogar, no lado. No Figueirense,
eu jogava de centroavante e também pelos lados, mas quando jogava nos lados, era mais
como um segundo atacante, ficava muito próximo da área e conseguia definir
mais. Agora tenho o papel de ajudar o Marcos Rocha na direita, auxiliar na marcação e procurar ajudar no ataque, fazer gols e
dar assistências. Esse é o terceiro jogo meu seguido. Estou pegando mais
confiança, entendendo mais o espaço que estou jogando e ajudando meus
companheiros. Vou procurar fazer mais gols, porque é minha função de atacante. Me sinto bem jogando do lado. Gostava de jogar do lado
esquerdo, geralmente eu era acostumado a jogar por ali, trazia pra dentro para
a finalização, o que me ajudava. Mas estou gostando muito de jogar pela
direita. O Marcos Rocha me ajuda muito, o Fred e o Cazares
encostando fica mais fácil.
Há uma evolução no entrosamento e no desempenho do quarteto ofensivo com você, Cazares, Robinho e Fred?
Aos poucos, o ataque está pegando entrosamento. Os quatro homens de frente, já são três jogos que a gente jogou junto, três vitórias e boas atuações. Não dá pra falar que é através de treinamento, porque a gente tem
treinado muito pouco. É mais no jogo que a gente pega mais entrosamento uns com
os outros. Jogar com um meia como o Cazares também é muito importante para a equipe. Ele está em uma fase muito boa e tem nos ajudado. Ele consegue chegar
na área e faz a bola chegar com facilidade. Encosta sempre no Robinho do
outro lado, em mim, no Fred. É um ponto principal pro time. O Fred também,
fazendo o pivô, tem muita técnica, sai bem na área, na área é excelente
finalizador. Estamos encaixando aos poucos. Robinho tem muita qualidade na esquerda, eu tenho velocidade pela direita. O ataque está se encaixando, vamos
procurar melhorar, fazer mais gols e nos ajudar.
Em relação ao ataque, Lucas Pratto e Luan se recuperam de lesão e devem voltar em breve. Como você acha que o time vai ficar depois da volta dos dois?
Vai ser bom quando os dois voltarem, porque são
excelentes jogadores e têm história aqui no Atlético. O que tiver para ajudar,
vai ser bom pro grupo. São mais opções, aí o Marcelo que vai ter que quebrar a
cabeça. O ataque está encaixado no momento. O Luan entraria ali pela direita, o
Pratto de centroavante. Aí quem estiver bem que vai ter que segurar a camisa, e o
Marcelo vai ter que se virar com isso. Mas a volta dos dois seria muito bom pro
grupo.

Com as três vitórias consecutivas, o time se aproximou da parte de cima da tabela. Além dos pontos, qual foi a importância desses resultados?
Deu muito mais confiança para nós jogadores, o que é algo principal no futebol. Acho que é mais questão de confiança mesmo, porque o ambiente sempre foi
muito bom, o grupo sempre foi muito parceiro, a gente nunca teve problema ali
dentro. A gente sempre procurou se unir. Sempre na entrada e na saída de campo
a gente se reúne para sair junto, isso faz a gente mais forte, independente da
torcida estar do nosso lado ou não. O grupo sempre foi muito unido, agora, com
essas vitórias, a confiança cresce para todos os jogadores e as qualidades
começam a aparecer.
Por que o Atlético-MG demorou a engrenar na competição? A queda na Libertadores atrapalhou o desempenho no Brasileirão?
É um pouco difícil para o grupo aceitar a eliminação da
Libertadores. É complicado reanimar, dar um novo gás, mudar o foco para o Campeonato
Brasileiro. A vida de jogador é assim, nada como um jogo após o outro para poder
reescrever a história, poder se superar e ter novos objetivos. A Libertadores
deu uma baqueada na equipe, que demorou um pouco para encaixar no Brasileiro. Agora
que a gente encaixou a sequência de três vitórias, a gente procura o quanto
antes encaixar na parte de cima e poder disputar a ponta da tabela.
Estamos às vésperas da Olimpíada do Rio. Você ainda tem esperança de jogar a competição?
Isso é um pouco complicado, porque são poucas vagas e
muitos jogadores. Estou fazendo meu papel aqui. Se fosse pra ir, seria muito
bom, mas no momento tenho que pensar no Atlético e em aproveitar as oportunidades
que eu tenho. Se viesse (a convocação), seria muito bom, mas estou preocupado mesmo é com o
Atlético.
Como você observa a rivalidade entre Atlético-MG e Cruzeiro em Belo Horizonte? É muito diferente da que há em Santa Catarina?
Aqui a rivalidade é muito maior. Tem mais
torcida dos dois lados, os clubes são maiores, têm títulos expressivos, são
duas torcidas mais apaixonadas e acostumadas a vencer. O clássico com o Cruzeiro é um pouco mais pegado. Não ter ganhado
do Cruzeiro ainda na temporada é algo que nos incomoda. Na próxima partida, vamos procurar buscar a
vitória. Agora o foco é o Campeonato Brasileiro, vamos procurar buscar a ponta
da tabela para quando vier o Cruzeiro o grupo estar preparado para buscar a
vitória.