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Procon Municipal alerta para golpe com reconhecimento facial em fraudes bancárias
“Os criminosos estão cada vez mais sofisticados e se aproveitam da vulnerabilidade das pessoas para cometer esse tipo de crime”
O Procon Municipal de Várzea Grande, órgão vinculado à Procuradoria Municipal, recebeu uma denúncia alarmante de fraude financeira envolvendo o uso indevido de reconhecimento facial para abertura de conta bancária e realização de empréstimos. O caso expõe a audácia dos criminosos e serve como um alerta para que a população fique atenta a novos formatos de golpes.
A vítima, cuja identidade foi preservada, registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande após perceber que havia sido enganada. “Conforme a vítima nos contou, o golpe começou com uma ligação telefônica informando que seu CPF havia sido contemplado com um auxílio governamental, incluindo o recebimento de uma cesta básica mensal. Durante a conversa, os golpistas solicitaram o endereço da vítima, que, acreditando na veracidade da ação, forneceu a informação”, contou a coordenadora do Procon Municipal, Carolina Moreira.
Como relatado em boletim de Ocorrência, “pouco tempo depois, três indivíduos chegaram à residência da vítima em um veículo modelo Gol, alegando serem representantes de uma ONG vinculada ao governo. Eles solicitaram documentos pessoais e realizaram o reconhecimento facial, alegando ser um procedimento necessário para confirmação do suposto benefício. Sem o conhecimento da vítima, abriram uma conta em instituição bancária e realizaram movimentações financeiras fraudulentas”.
Dias depois, a vítima descobriu que um empréstimo no valor de R$ 26.779,82 havia sido feito em seu nome. Do montante, aproximadamente R$ 11 mil foram transferidos via PIX para contas de terceiros, presumivelmente os golpistas. Felizmente, a vítima conseguiu bloquear cerca de R$ 16 mil, que está retido até a resolução do caso.
A coordenadora do Procon Municipal, Carolina Moreira, destacou a gravidade da fraude e alertou a população: “Os criminosos estão cada vez mais sofisticados e se aproveitam da vulnerabilidade das pessoas para cometer esse tipo de crime. É fundamental que a população desconfie de ofertas de benefícios por telefone e nunca forneça dados pessoais ou faça reconhecimento facial fora dos canais oficiais dos bancos”.
O Procon Municipal de Várzea Grande recebeu a reclamação da vítima contra o banco em questão, apontando negligência na verificação dos dados antes da abertura da conta.
Para Carolina Moreira, “as instituições financeiras têm responsabilidade sobre a segurança dos consumidores e precisam aprimorar seus protocolos para evitar esse tipo de golpe”. E completou: “a população deve ficar atenta a qualquer tentativa de solicitação de informações pessoais por telefone ou presencialmente, especialmente quando envolvem promessas de auxílios financeiros. Caso desconfie de alguma situação, a recomendação é buscar os canais oficiais dos bancos e órgãos públicos e registrar ocorrência imediatamente”, orienta a coordenadora.
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Maior cooperativa agrícola da América Latina tem receita de R$ 28,8 bilhões
A Coamo Agroindustrial, maior cooperativa agrícola do Brasil, que tem sua sede em Campo Mourão (460km da capital, Curitiba), no Paraná, encerrou 2024 com uma receita de R$ 28,8 bilhões, o que representou uma queda de 5% em relação ao ano anterior. A diminuição da receita foi atribuída principalmente à quebra de safra e à retração dos preços de mercado. No entanto, os dirigentes da cooperativa afirmam que o ano foi positivo, com a devolução de R$ 694 milhões aos seus 32 mil cooperados, como parte dos resultados financeiros alcançados.
A Coamo é a maior cooperativa agrícola da América Latina. No ranking mundial só fica abaixo de gigantes globais como Cargill, ADM e Bunge. Essas empresas dominam o mercado global de commodities agrícolas em termos de volume e presença internacional.
A cooperativa, que opera em 75 municípios dos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, industrializa a totalidade da soja produzida pelos seus cooperados e cerca de 50% do trigo. Além disso, produz etanol em Campo Mourão e, mais recentemente, diversificou suas atividades com a criação da CredCoamo, uma cooperativa de crédito exclusiva para os cooperados, e o lançamento de uma unidade de biodiesel em Paranaguá.
O presidente executivo, Airton Galinari, anunciou que 2025 será um ano de grandes investimentos, com a Coamo destinando R$ 850 milhões para modernizar e ampliar suas instalações e processos. Entre os investimentos estão a construção de novas unidades industriais, a automatização dos sistemas e a implementação de novas tecnologias nos parques industriais e sistemas logísticos. O objetivo é continuar a expansão e modernização, com destaque para a indústria de biodiesel em Paranaguá, que começará a operar entre 2025 e 2026 e terá capacidade para produzir biodiesel a partir de 120 mil toneladas de óleo de soja.
Em termos de resultados financeiros, a Coamo registrou uma sobra líquida de R$ 2,028 bilhões, uma redução em relação ao ano anterior. A redução foi impactada pela baixa produção de grãos, que caiu 19,5% em comparação com 2023. O volume de produtos recebidos pela cooperativa em 2024 foi de 8,024 milhões de toneladas, o que ultrapassou a capacidade de armazenamento da cooperativa, que é de 6,264 milhões de toneladas.
As exportações da Coamo também foram significativas em 2024, alcançando 4,34 milhões de toneladas de soja, farelo e óleo, com um faturamento de US$ 1,878 bilhão, exportados para 31 países.
Além das sobras, a cooperativa repassou outros benefícios aos seus cooperados, incluindo R$ 83 milhões no programa Fideliza, R$ 24,5 milhões na devolução de capital social para cooperados com mais de 65 anos e R$ 22,24 milhões de devolução de ICMS, totalizando R$ 824 milhões em benefícios distribuídos.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração, José Aroldo Gallassini, o sucesso da Coamo se deve ao engajamento dos cooperados, que, ao participarem ativamente das operações da cooperativa, contribuem para sua força e rentabilidade. Gallassini também destaca que a verticalização dos negócios, com a industrialização de grãos, tem sido um diferencial para a cooperativa, já que a transformação dos produtos tem gerado maior rentabilidade do que o comércio de grãos in natura.
Fonte: Pensar Agro
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Consulta pública atualiza lista de espécies vegetais introduzidas no Brasil
A iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) de abrir uma consulta pública para atualizar a lista de espécies vegetais introduzidas no Brasil tem implicações diretas para os produtores rurais. A participação ativa nesse processo é fundamental para garantir segurança jurídica e operacional nas atividades agrícolas.
A lista em questão identifica espécies exóticas — aquelas que não são nativas do Brasil — utilizadas na agricultura. Manter essa lista atualizada é crucial para que os produtores saibam quais espécies estão isentas das obrigações previstas na Lei da Biodiversidade (Lei nº 13.123/2015). Isso significa que, ao cultivar espécies presentes na lista, o produtor tem a garantia de que não precisará cumprir exigências adicionais relacionadas ao acesso ao patrimônio genético nacional.
Por exemplo, culturas amplamente difundidas como soja, milho e café, que não são originárias do Brasil, estão incluídas nessa lista. A atualização periódica assegura que novas espécies introduzidas e de interesse comercial sejam reconhecidas oficialmente, evitando inseguranças jurídicas que possam afetar a produção e comercialização.
A consulta pública está aberta até 8 de abril de 2025 na plataforma Participa + Brasil. Produtores, pesquisadores e demais interessados podem sugerir inclusões, exclusões ou alterações na lista, desde que apresentem justificativas e referências bibliográficas que embasem suas propostas.
A lista foi criada em 2017 e, desde então, é revisada periodicamente para acompanhar as mudanças no cenário agrícola. Atualmente, ela contém 794 espécies de relevância econômica. A atualização contínua permite que o setor agropecuário se adapte às inovações e demandas do mercado, garantindo que novas culturas possam ser exploradas com segurança jurídica.
Para o produtor rural, estar atento a essas atualizações é essencial. A inclusão de uma espécie na lista facilita processos de pesquisa, desenvolvimento e comercialização, além de assegurar que o cultivo esteja em conformidade com a legislação vigente. Portanto, a participação na consulta pública é uma oportunidade para que os produtores contribuam diretamente na definição das espécies reconhecidas oficialmente, alinhando a legislação às necessidades reais do campo.
Em suma, a atualização da lista de espécies vegetais introduzidas no Brasil é uma medida que promove transparência e segurança para o agronegócio, beneficiando diretamente o produtor rural ao clarificar quais culturas podem ser desenvolvidas sem entraves legais relacionados ao patrimônio genético brasileiro.
Para acessar o formulário clique aqui.
Fonte: Pensar Agro
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