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Prefeita recebe agentes de saúde para discutir reivindicações da categoria
Boa parte dos profissionais foi admitida em processos seletivos antigos e que foram considerados ´precários’
A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), recebeu na tarde de hoje (29), a secretária municipal de Saúde, Deisi Bocalon, o Procurador-Geral do Município Maurício Magalhães Faria Neto, do superintendente de Atenção Primária, Márcio Frederico de Macedo Arruda e, representantes da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) para discutir uma pauta de reivindicações da categoria. O principal tema do encontro foi a regularização jurídica dos profissionais admitidos por processos seletivos realizados de forma considerada ‘precária’ entre os anos de 2006 e 2012 que totalizam 87 agentes.
A presidente da associação, Cláudia Aparecida da Silva, destacou a situação delicada vivida pelos agentes que se arrasta há anos e a urgência na resolução do impasse. “A falta de regularização do vínculo desses profissionais se arrasta há muitos anos, deixando a categoria em uma condição de instabilidade e precariedade”, afirmou.
A prefeita Flávia Moretti reiterou o compromisso em buscar uma solução definitiva para a questão e enfatizou que a decisão final dependerá do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT). “Se o Tribunal de Contas der um parecer positivo, garantindo a legalidade, assim será feito. Caso contrário, estudaremos a realização de um concurso público para regularizar a situação sem cometer ilegalidades”, pontuou.
Entre as principais demandas da categoria estão o reajuste do piso salarial para R$ 3.036,00, conforme a Emenda Constitucional nº 120/2022, a regularização do incentivo financeiro anual e a aplicação do adicional de insalubridade de 40% para os ACEs. Também foram discutidas melhorias na estrutura de trabalho, incluindo o fornecimento de materiais como uniformes, equipamentos de proteção e instrumentos para medição de saúde.
A secretária municipal de Saúde, Deisi Bocalon, reconheceu as dificuldades enfrentadas pelos agentes e destacou a importância do trabalho desempenhado pela categoria. “Os ACS e ACE são fundamentais para a prevenção e controle de doenças. Precisamos garantir melhores condições de trabalho para que possam desempenhar suas funções com qualidade e segurança”, ressaltou.
INEDITISMO – Outro ponto abordado pela prefeita foi a modernização dos serviços prestados pela saúde municipal. Flávia Moretti manifestou interesse em implantar o uso de tablets interligados a um sistema online, facilitando o trabalho dos agentes.
Ao final da reunião, a prefeita reafirmou sua disposição para resolver as demandas da categoria e comprometeu-se a priorizar a regularização dos vínculos junto ao TCE-MT. “Nossa intenção é solucionar esse problema de uma vez por todas, garantindo a segurança jurídica dos agentes e melhorando a qualidade da saúde pública em Várzea Grande”, concluiu Moretti.
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Brasil teve aumento nas exportações de suínos reprodutores em 2024
O Brasil registrou um crescimento significativo nas exportações de suínos reprodutores de raça pura em 2024. De acordo com o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) nesta quinta-feira (06.02), o país alcançou uma receita de R$ 5,08 milhões, marcando um aumento de 5,2% em comparação com o ano anterior.
Os estados brasileiros que mais se destacaram nas exportações de suínos reprodutores foram São Paulo, Paraná e Minas Gerais. São Paulo liderou o ranking com 44% das exportações, seguido pelo Paraná, que representou 37%, e Minas Gerais com 19%. O principal destino dos suínos brasileiros foi o Paraguai, responsável por 40,7% das vendas, seguido de perto pela Argentina com 40,2%. Outros mercados relevantes para os suínos reprodutores foram o Uruguai (17%) e a Bolívia (2,1%).
Dentre os estados exportadores, o Paraná se destacou por ser o único a exportar para todos os países compradores. O estado foi o maior fornecedor para o Paraguai, Uruguai e Bolívia. São Paulo, por sua vez, liderou as exportações para a Argentina, enquanto Minas Gerais destinou suas exportações exclusivamente ao Paraguai.
Enquanto as exportações de suínos reprodutores cresceram, as importações no Brasil apresentaram uma queda acentuada de 50% em 2024. O valor das importações passou de R$ 31,7 milhões para R$ 15,6 milhões. Os estados que mais importaram suínos reprodutores foram São Paulo (40%), Minas Gerais (31%) e Paraná (30%). Os principais fornecedores para o Brasil foram os Estados Unidos, Canadá, França, Dinamarca e Noruega.
A redução nas importações reflete o fortalecimento da genética do rebanho nacional e o crescente reconhecimento da qualidade dos suínos reprodutores brasileiros no mercado internacional. O Brasil, que é um dos maiores produtores e exportadores de carne suína do mundo, tem investido fortemente em aprimoramento genético, o que contribui para a valorização das exportações no exterior.
A suinocultura brasileira tem ganhado destaque no cenário global, especialmente pela sua capacidade de atender às demandas específicas dos mercados internacionais. A valorização dos suínos reprodutores no exterior, somada ao investimento contínuo no aprimoramento genético, coloca o Brasil em uma posição estratégica no comércio global.
Os resultados positivos também refletem o esforço da indústria para atender às exigências dos mercados mais exigentes, como os países da América Latina. O Paraguai, por exemplo, tem se mostrado um importante parceiro comercial, representando uma fatia significativa das exportações brasileiras. Além disso, a presença do Brasil em mercados como Argentina, Uruguai e Bolívia demonstra a força e a competitividade do setor, que continua a se expandir e a se consolidar.
A busca por maior sustentabilidade e inovação continua sendo uma prioridade no setor, com a adoção de práticas mais eficientes no manejo do rebanho e na utilização de tecnologias que visam aumentar a produtividade e reduzir impactos ambientais. Além disso, a suinocultura brasileira segue como um importante motor da economia agrícola, com uma contribuição significativa para as exportações do país e o fortalecimento da balança comercial.
Com um cenário promissor pela frente e o mercado internacional cada vez mais receptivo aos produtos brasileiros, a suinocultura brasileira tem tudo para continuar ampliando suas exportações e mantendo sua competitividade no mercado global.
Fonte: Pensar Agro
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Brasil terá primeira concessão hidroviária no Rio Paraguai
O Brasil está prestes a inaugurar sua primeira concessão hidroviária, referente à Hidrovia do Rio Paraguai, que abrange um trecho de 600 km entre Corumbá e Porto Murtinho, no sul de Mato Grosso do Sul.
O projeto prevê um investimento inicial de R$ 63,9 milhões nos primeiros cinco anos, com foco na infraestrutura e segurança da navegação. A concessão, com duração de 15 anos e possibilidade de prorrogação, visa melhorar a logística de transporte, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a eficiência no escoamento da produção local.
O Brasil possui uma extensa rede hidrográfica, com aproximadamente 63 mil quilômetros de rios, dos quais cerca de 27 mil quilômetros são navegáveis. No entanto, apenas 19 mil quilômetros são utilizados para o transporte comercial de cargas e passageiros, representando cerca de 30% do potencial disponível.
O modal hidroviário é responsável por uma parcela significativa do escoamento da produção agrícola nacional. Estima-se que aproximadamente 25% das exportações de grãos, como soja e milho, sejam transportadas por hidrovias, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. A Hidrovia do Rio Paraguai, por exemplo, desempenha um papel crucial no escoamento de commodities agrícolas, conectando áreas produtoras a portos de exportação.
Com a concessão, a previsão é de um aumento expressivo na movimentação de cargas, podendo atingir entre 25 e 30 milhões de toneladas anuais até 2030. Essa concessão da Hidrovia do Rio Paraguai representa um passo importante para a modernização da logística de transporte no Brasil, podendo servir de modelo para futuras concessões hidroviárias no país. A iniciativa busca impulsionar o desenvolvimento de uma malha de transporte mais eficiente e sustentável, reduzindo custos logísticos para o agronegócio e a indústria.
O modelo de concessão proposto pode servir de referência para outras hidrovias, impulsionando investimentos privados e reduzindo custos logísticos para o agronegócio e a indústria. Os próximos passos para a concessão incluem a realização de uma consulta pública no primeiro trimestre, o envio do projeto ao Tribunal de Contas da União (TCU) no segundo trimestre e a realização do leilão no quarto trimestre.
Fonte: Pensar Agro
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