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Pioneira no Ensino Superior para indígenas, Unemat segue no compromisso com a inclusão dos povos originários

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Um dos principais compromissos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) é atender às populações indígenas de Mato Grosso com Ensino Superior de qualidade.

Para atender este propósito, a Unemat oferta cursos superiores específicos e diferenciados desde 2001, além de disponibilizar cotas de 5% das vagas de todos os cursos para estudantes indígenas, pelo Programa de Integração e Inclusão Étnico-Racial (Piier).

A Unemat é a primeira instituição pública a colocar em prática a política de reserva de vagas para estudantes indígenas em todos os seus cursos de graduação de entrada regular: em 2016, antes mesmo de ser uma política adotada em nível federal ou estadual, a Universidade do Estado de Mato Grosso incluiu na sua resolução de Ações Afirmativas a reserva de 5% das vagas.

A ação vem trazendo resultados concretos, nos diferentes câmpus da Universidade espalhados pelo Estado: a Unemat conta atualmente com 396 alunos indígenas matriculados na graduação, sendo 104 nos cursos de oferta contínua, 98 em turmas especiais de oferta única e 19 nos cursos de ensino a distância, somados aos 175 alunos dos cursos específicos ofertados pela Faindi.

Na mais recente temporada de colações de grau, referente ao período letivo 2024/2, uma das formandas foi Kokokangro Metuktire, que recebeu seu diploma de bacharel em Direito em cerimônia realizada no dia 12 de fevereiro. De etnia Mebengokre (Kayapó) da Terra Indígena Kapoto-Jarina, Kokokangro é bisneta do Cacique Raoni, tendo cursado a graduação na turma especial de oferta única da Unemat em Colíder.

A conquista foi celebrada pela Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt). “Foi um momento muito importante para a família e para o povo indígena Mebengokre (Kayapó)”, disse a Federação em publicação nas redes sociais.

“Cada indígena formado é uma missão cumprida e cada indígena que se matricula é uma missão que começa. Testemunhar a formação desses acadêmicos é um motivo de alegria para todos que estão trabalhando nesta missão”, conta o diretor da Faculdade Indígena Intercultural, José Wilson Pires Carvalho.

UNEMAT: PIONEIRA NA FORMAÇÃO INDÍGENA

Com mais de 20 anos de história na área, a Instituição é pioneira na oferta de graduação específica e diferenciada para indígenas na América Latina e serviu de referência a diversas iniciativas similares de valorização e respeito à diversidade étnica e cultural.

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Todos os cursos são desenvolvidos em articulação constante com o movimento indígena, tendo como valores centrais: discussão de território dos povos indígenas, valorização da identidade e cultura, diálogos interculturais entre diferentes conhecimentos, saberes, valores e princípios dos povos originários do Brasil.

Os cursos obedecem a um regime especial e são desenvolvidos de forma presencial nos períodos de férias e recessos escolares. Há também o denominado “Tempo Aldeia”, em que os cursistas desenvolvem atividades orientadas, nos períodos em que estão ministrando aulas nas respectivas escolas indígenas. O currículo é flexível e definido com ampla participação de todos os envolvidos no processo.

Hoje a Faculdade Indígena Intercultural (Faindi) oferta cursos em Barra do Bugres, Canarana, Ribeirão Cascalheira e Luciara. Para a formação de professores indígenas, a Instituição oferece os cursos de Pedagogia Intercultural Indígena e Licenciatura Intercultural Indígena com três habilitações: Línguas, Artes e Literatura; Ciências Matemáticas e da Natureza; e Ciências Sociais.

Atualmente, a Universidade oferta o inovador bacharelado em Enfermagem Intercultural Indígena, iniciativa inédita no País; além de uma turma de licenciatura em Matemática exclusiva para indígenas.

A Instituição também atende aos indígenas em seus programas de pós-graduação, com destaque para o Programa de Pós-Graduação em Ensino em Contexto Indígena Intercultural (PPGecii), que oferta mestrado acadêmico exclusivo para os povos originários.

Dentre as 48 etnias indígenas existentes em Mato Grosso, 32 são atendidas pela Unemat. Mais de 600 estudantes já concluíram a graduação, 140 obtiveram titulação de especialista e 120 professores conquistaram o título de mestre ou doutor.

A formação de indígenas rende frutos inclusive dentro da própria Universidade: em julho de 2024, a professora Eliane Boroponepá Monzilar tomou se tornou a primeira indígena a tomar posse como coordenadora de curso. Formada pela primeira turma da Faindi em 2006, Eliane é mestre em Desenvolvimento Sustentável junto a Povos de Terras Indígenas e doutora em Antropologia pela Universidade de Brasília (UnB).

CONQUISTAS ATUAIS E FUTURAS

Em outubro do ano passado, a Universidade e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) assinaram um Termo Aditivo ao Acordo de Cooperação Técnica, dando continuidade à parceria iniciada em 2001, que tem sido fundamental para a formação de professores indígenas. A assinatura foi realizada pela presidente da Funai, Joenia Wapichana, e pela reitora da Universidade, Vera Maquêa.

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Em 2001, a Funai e a Unemat criaram o primeiro curso de Licenciatura Intercultural do país. Com a assinatura do novo Termo Aditivo, a parceria se estende até 2029, e beneficiará cerca de 300 alunos de 30 diferentes povos indígenas.

E o trabalho não para: além das turmas já em desenvolvimento, este ano será aberta uma nova turma de Pedagogia Intercultural Indígena para mais 30 alunos.

As vagas são destinadas a indígenas que atuam como educadores nas escolas das comunidades, especificamente em turmas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Em toda a Rede Estadual, existem 70 escolas estaduais indígenas que atendem as 43 etnias e mais de 12 mil estudantes de todas as regiões.

“Reafirmando seu compromisso com os povos indígenas mato-grossenses, este ano a Faindi também chega a uma marca histórica. É um passo a mais no fortalecimento da formação de professores indígenas”, explica Adailton Alves da Silva, diretor de Educação Indígena da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg). “Assegurar aos povos originários seu lugar de direito dentro da Universidade, construindo ciência e conhecimento ancestral é um dos pilares da Unemat”, garante Fernanda Martins, assessora de Formação Diferenciada da Proeg.

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Os estudantes dos cursos específicos para indígenas ofertados pela Faindi recebem alimentação e alojamento durante as aulas presenciais, e os alunos indígenas aldeados matriculados nos demais cursos de graduação da Unemat também podem receber auxílio moradia e alimentação.

RELACIONAMENTO FORTE

Além dos diversos projetos de pesquisa e extensão realizados nas aldeias e comunidades indígenas, a Unemat também participa de discussões, eventos e defesa de reivindicações dos povos originários.

A Unemat foi a responsável pela realização da 1ª Conferência Livre Ciência, Tecnologia e Inovação de Povos Tradicionais, Quilombolas e Indígenas do Estado de Mato Grosso, ocorrida em Cáceres em abril do ano passado, com mais de 230 bolsistas de Iniciação Científica Júnior, representantes de comunidades tradicionais e professores colaboradores de escolas públicas.

Em 2023, a Universidade também promoveu a 1ª edição do Congresso Internacional Intercultural Indígena em Barra do Bugres, além de participar do evento ‘O Chamado do Raoni’ com lideranças indígenas de 54 etnias na aldeia Piaraçu, no Parque Nacional do Xingu.

Por: Unemat/Assessoria

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Polícia Militar detém quadrilha e recupera veículos roubados e armas em Cáceres

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PM-MT

Policiais militares do 6º Batalhão prenderam dois homens, uma mulher e apreenderam dois adolescentes, na noite desta quarta-feira (14.5), suspeitos de integrarem uma facção criminosa que planejava executar rivais, no município de Cáceres (220 km de Cuiabá). A quadrilha foi detida por roubo, furto e porte ilegal de arma de fogo. Na ação, as equipes recuperaram três veículos, recolheram uma arma de fogo e munições.

Durante patrulhamento tático em decorrência da Operação Tolerância Zero de combate às facções criminosas, os militares receberam informações das demais Forças de Segurança do Estado, sobre um possível comboio de veículos de origem ilícita, ocupado por faccionados, no município.

As equipes foram informadas que um dos veículos, Fiat Toro, estaria ocupado por dois adolescentes, de 17 anos, nas proximidades da Rua do Canal. Os policiais intensificaram o policiamento e localizaram o carro estacionado em frente a uma residência. O automóvel apresentava sinais de adulteração.

Com aproximação dos policiais, os suspeitos tentaram fugir pulando pelo muro do fundo da casa, sendo abordados e detidos em seguida. Eles foram flagrados com um revólver e confirmaram integrar uma facção criminosa. Um dos detidos era do município de Rondonópolis. Os suspeitos e o veículo foram encaminhados à delegacia para registro do boletim de ocorrência.

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Ainda durante o desdobramento da Operação Tolerância Zero, os policiais militares receberam novas informações sobre disparos de arma de fogo no bairro Vila Irene, região onde, recentemente, ocorreram homicídios. Em rondas, os militares localizaram um veículo Creta, que foi abandonado em uma área de mata conhecida como Pé de Galinha, sentido Comunidade do Facão. O veículo possui registro de roubo em Cuiabá.

Posteriormente, os policiais militares abordaram um casal em um carro modelo Ônix. Eles apresentaram informações controversas sobre origem e destino. No entanto, relevaram a localização de um terceiro suspeito, que estava escondido em um hotel. Na nova abordagem, o comparsa confessou que estava conduzindo o Creta.

Os carros apreendidos dariam apoio a integrantes de uma facção criminosa em atentados contra rivais. O trio e os veículos também foram entregues à delegacia para registro do boletim de ocorrência e demais providências que o caso requer.

Disque-denúncia

A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190 ou 0800.065.3939.

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Fonte: PM MT – MT

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Facção criminosa é condenada em Cáceres por assassinato brutal de adolescente

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Fórum de Cáceres (Foto: Reprodução)

Promotores de Justiça atuaram na acusação durante o júri.

Por CenárioMT

Três dos réus receberam penas de reclusão que variam de 15 anos e seis meses a 32 anos, um mês e 10 dias. Todos deverão iniciar o cumprimento da pena em regime fechado e não terão o direito de recorrer da sentença em liberdade.

Uma quarta ré foi condenada a 18 anos de reclusão em regime inicial fechado pelo mesmo homicídio qualificado, mas poderá recorrer da decisão em liberdade. Uma quinta acusada foi sentenciada a seis meses de detenção em regime inicial aberto por fraude processual. Outros cinco indivíduos envolvidos no caso serão julgados em processos separados.

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De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, o crime hediondo ocorreu em março de 2022. O adolescente foi vítima de um “decreto” emitido em meio a uma disputa entre facções rivais pelo controle das atividades criminosas na cidade.

O assassinato foi perpetrado com extrema violência, incluindo o uso de fogo e tortura, resultando em queimaduras em grande parte do corpo da vítima, além de múltiplos traumatismos. O adolescente foi atraído sob um pretexto enganoso, levado para um local isolado sob a falsa promessa de um encontro romântico, e teve suas chances de defesa drasticamente reduzidas, pois estava amordaçado e com os membros amarrados.

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