O Cruzeiro tem uma pedra no sapato na temporada. E, parafraseando Carlos Drummond de Andrade, tem (novamente) uma pedra no meio do caminho. E ela tem até nome: América-MG. Falar no nome dela, da pedra, não traz boas lembranças ao torcedor cruzeirense, pois as três partidas que teve contra o Coelho foram amargas: empate no fim na primeira, derrota na segunda e eliminação na terceira. Mas há também um outro olhar sobre o Coelho. Ele também foi o divisor de águas para iniciarem as mudanças na Toca da Raposa.
Novamente, no próximo sábado, no Mineirão, às 16h (de Brasília), pela quarta rodada do Brasileiro, o América-MG está novamente no caminho cruzeirense. A Raposa sabe que precisa de um bom resultado no Campeonato Brasileiro, pois não teve um bom início na competição, conquistando apenas um ponto em três jogos, e terá de desafiar seu próximo adversário.
Tirou o doce da criança
No primeiro encontro entre as equipes, pela primeira fase do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro vencia a partida por 1 a 0 até o final do segundo tempo. Mas aí chegou Bryan, que agora defende as cores da Raposa, e acertou um bonito chute de fora da área, empatando a partida e tirando uma importante vitória para o time celeste (relembre no vídeo acima).
Apagão
Eis que os dois se encontraram novamente na semifinal do Estadual. E o América-MG praticamente garantiu a vaga na decisão com o resultado no primeiro jogo. Aproveitando um “apagão” da Raposa no segundo tempo, a equipe fez 2 a 0 e levou uma boa vantagem para a segunda partida.
Eliminação e divisor de água
E não deu outra. O Cruzeiro batalhou, buscou os gols que lhe classificavam para a decisão do Mineiro, mas não conseguiu. Teve até um gol impedido, mas o América-MG segurou a pressão e se garantiu na decisão, em que sairia vencedor do Atlético-MG posteriormente. Por um lado, o resultado foi doído para o cruzeirense, mas serviu para as mudanças começarem a ocorrerem na Toca da Raposa.
Eliminação fez Cruzeiro mudar o treinador e trazer alguns reforços (Foto: Guilherme Frossard)
Com o resultado, o técnico Deivid foi demitido no mesmo dia, e a diretoria do Cruzeiro passou a admitir que precisava de reforços para o Campeonato Brasileiro e o restante da Copa do Brasil. Depois de 17 dias sem treinador e sob o comando do interino Geraldo Delamore, a diretoria trouxe o português Paulo Bento.
Também vieram três jogadores: os laterais Lucas e Bryan, além do meia Robinho. A Raposa também ainda busca reforços pontuais para o restante da temporada. A diretoria quer um lateral-esquerdo, já que não tem nenhum de origem no grupo, um camisa 10, já que considera não ter um jogador com essa característica também, e um atacante de área, desejo pessoal do presidente Gilvan de Pinho Tavares.
O goleiro Fábio, presente nas três primeiras partidas na temporada contra o América-MG, admite que tem sido complicado enfrentar o América.
– Difícil a partida, ainda mais jogar com o América, que a gente não
conseguiu vencer nas três partidas que fizemos. Mas nada fora da nossa realidade.
O Cruzeiro está acostumado a esses jogos, mas sabemos que precisamos conseguir a
primeira vitória.
Fonte: Globo Esporte