Cáceres e Região
Pacientes de TFD em Cáceres podem ter tratamentos interrompidos; motoristas que fazem o transporte ameaçam paralisação
Sinézio Alcântara – Expressão Notícias
Centenas de pacientes do município que fazem uso de transporte intermunicipal para Tratamentos Fora de Domicílio (TFD) em procedimentos de exames, consultas e cirurgias de várias especialidades, principalmente, oncológicos, renal, cardíaco, entre outros, correm o risco de ter os tratamentos interrompidos.
Motoristas, da Secretaria de Saúde, que realizam o transporte desses pacientes, em ônibus, ambulâncias e carros baixos, avaliam paralisar as atividades, a partir da próxima segunda-feira (4/11) porque a administração municipal, se recusa a pagar as horas extras realizadas em horários excedentes. A possível suspensão dos trabalhos foi anunciada pelo motorista W.L.N integrante do grupo.
Ele informou que embora haja um decreto ( nº 487 de 25 de julho de 2024) assinado pela prefeita Eliene Liberato Dias, determinando entre outras medidas, a suspensão do pagamento das horas extras excedentes, para o “equilíbrio das contas públicas e o cumprimento das metas fiscais estabelecidas para o exercício financeiro”, uma representante da gestão se reuniu com os motoristas oportunidade em que pediu para que eles prosseguissem com o trabalho que já estava tudo resolvido, o que não aconteceu.
“A gente já sabia do teor desse decreto. E, estavamos dispostos a realizar somente o trabalho normal, sem os horários excedentes. No entanto, durante a campanha eleitoral, uma pessoa da gestão reuniu com a gente e pediu para que continuássemos fazendo o transporte que tudo já havia sido resolvido. Agora, que passou o periodo eleitoral, recebemos o salário apenas com parte das horas extras” justificou.
Além dos pacientes para consultas, exames e cirurgias, em várias cidades do Estado, principalmente, Cuiabá, Tangará da Serra, Nova Mutum, Rondonópolis, Pontes e Lacerda e Primavera D`Oeste, o tratamento de pacientes de várias comunidades locais também pode ser comprometido.
O motorista revelou que, atualmente, cerca de 30 pacientes são transportados de segunda a sexta-feira, em ônibus e nos finais de semanas e feriados em veículos variados, da zona rural, para realização de procedimentos diversos, entre eles, de urgência e emergência, além de pacientes renal.
Casa de Apoio
O motorista denunciou ainda a falta da chamada “Casa de Apoio” para abrigar os pacientes de Cáceres, principalmente, em Cuiabá. Informou que, antes os pacientes, principalmente, os oncológicos submetidos a quimio e rádio terapia, permaneciam na Casa de Apoio, durante vários dias, até que se recuperassem e não corresse risco de morte para viajar.
Atualmente, segundo ele, mesmo operados, os pacientes são colocados nos ônibus e trazidos de volta porque, embora o local existe, não abriga mais os doentes porque o contrato com o município foi suspenso.
“Eu não sei a razão do fim do contrato. O que sei é que não está atendendo pacientes de Cáceres. E, mesmo o paciente tendo sido submetido a químio e rádioterapia, tem que retornar a Cáceres no fim do dia e na madrugada seguinte embarcar, novamente, no ônibus e seguir para Cuiabá para nova sessão”
Prefeito e presidente do sindicato negam
Procurado pelo site Expressão Notícias, o prefeito em exercício Odenilson Silva, admite que houve o corte das horas extras, mas nega que haverá suspensão das atividades.
“O que estamos fazendo é um ajuste dessas horas extras que estão acima da normalidade. São cerca de 40 horas semanais, para cada motorista. Algumas desnecessárias” explicou assinalando que “o pagamento dos salários dos servidores está em dia” e que “não foi colocada proposta de paralisação das atividades na reunião que tivemos”.
Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM) Fábio Lourenço, disse que “estamos em negociação com a administração para resolver o problema. Mas, não existe nada definido ainda quanto parar os serviços”.
Cáceres e Região
Homem é condenado a 17 anos por matar ex-mulher porque não aceitava o fim do relacionamento, em Cáceres

Reprodução
O réu Aloísio Teodoro Bispo Filho, foi condenado nesta quarta-feira (12/02) a 17 anos, seis meses e dez dias de prisão por matar a ex-mulher, em Cáceres.
O crime, registrado em outubro de 2023, aconteceu porque o acusado não aceitava o fim do relacionamento.
O julgamento foi realizado pelo juiz Dr. José Eduardo Mariano, Juiz Titular da 1ª Vara Criminal de Cáceres.
A vítima Rosemar Cebalho Baroncielo Bispo foi golpeada 46 vezes, quando retornava do serviço e adentrava em casa, quando foi surpreendida pelo ex-marido.
Na ocasião uma testemunha contou que trabalhava com Rosemar e que, quando os dois chegaram na casa da vítima, encontraram o ex dela no quintal da casa, momento que o suspeito foi na direção de vítima e a golpeou com uma faca.
Ainda de acordo com a polícia, o colega de trabalho de Rosemar pulou o muro da casa para pedir ajuda.
No entanto, quando os militares chegaram no local, a mulher estava morta no chão com ferimentos na região do peito.
O suspeito fugiu do local do crime, mas foi preso horas depois no Distrito da Tabuleta, próximo ao município de Glória D’Oeste, a 304 km de Cuiabá.
Por: Joner Campos/Cáceres Notícias
Cáceres e Região
3 presídios de MT devem reabrir mercadinhos fechados por governador: O de Cáceres é uma deles
Vistorias realizadas identificaram que o fechamento das estruturas compromete o fornecimento de produtos de higiene e limpeza, os quais não são fornecidos pelo Estado ou são distribuídos com pouca frequência e qualidade
A Justiça determinou que o governo de Mato Grosso restabeleça o funcionamento dos mercadinhos dentro dos presídios de Sinop (a 490 km de Cuiabá), Cáceres (a 220 km de Cuiabá) e Tangará da Serra (a 240 km de Cuiabá).
Caso a determinação não seja cumprida, o Estado poderá ser multado em até R$ 150 mil por dia.
nspeções realizadas nas unidades identificaram que o fechamento desses estabelecimentos prejudica o acesso dos detentos a produtos de higiene e limpeza, que não são fornecidos pelo Estado ou são disponibilizados de forma irregular e com qualidade insuficiente.
Na segunda-feira (10), foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) o decreto 1.326/2025, que determina o encerramento de cantinas, mercadinhos e estruturas similares em todas as unidades prisionais de Mato Grosso.
Na decisão do juiz Mirko Vincenzo Giannotte, da 6ª Vara Cível de Sinop, que determinou a volta do mercadinho na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira (Ferrugem), considerou que a unidade enfrenta problemas estruturais, como no fornecimento de água e falta de policiais penais.
O magistrado ainda aconselhou Mauro Mendes a “enxergar além dos muros do presídio a verdadeira realidade social” e que sua conduta violou os direitos fundamentais dos presos.
Em caso de descumprimento, ainda foi determinado multa diária de R$ 100 mil aos cofres públicos e R$ 50 mil ao próprio governador.
Tangará da Serra
Na Cadeia Pública Masculina de Tangará da Serra, foi verificado durante uma inspeção realizada no dia 3 de fevereiro que a ausência do mercadinho na unidade, tem dificultado o acesso a produtos básicos de higiene pessoal e limpeza.
“[…] os produtos fornecidos pelo Estado não são entregues com regular frequência e, quando disponíveis, são de péssima qualidade e quantidade insuficiente para suprir as necessidades básicas dos reclusos”, diz trecho do documento.
O juiz Ricardo Frazon Menegucci considerou que “se o Estado suprisse a demanda da unidade, a conclusão seria diversa, contudo, não é possível fazer ouvidos moucos para que se passa no sistema carcerário de Mato Grosso”.
Cáceres
Na Cadeia Pública Masculina de Cáceres, a Defensoria Pública (DPMT), que entrou com o processo, apontou também dificuldades ao acesso de produtos básicos de vestuário, higiene, limpeza e alimentação e que o Estado não tem cumprido com o dever de fornecer os produtos com a regularidade e qualidade.
Foi determinado ainda que a Vigilância Sanitária providencie um relatório das condições da unidade.
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