
Por duas vezes, o Fluminense, mesmo que não de forma
oficial, estimou fazer a estreia no estádio Giulite Coutinho, em Edson Passos:
Grêmio e Santos. Não ocorreu, respectivamente, na semana passada, empate em 1 a
1 no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, não vai ocorrer em 22 de julho,
jogo marcado para o Kleber de Andrade, em Cariacica, no Espírito Santo. Foram vários
motivos, o principal: a reforma do gramado e das instalações da casa do
America, em Mesquita, não estavam prontas. Como a chuva deu uma trégua no Rio,
puderam avançar. E, enfim, o Tricolor prevê mandar a partida diante do
Coritiba, em 2 de julho, na casa que escolheu dada a impossibilidade de usar
Maracanã e Nilton Santos.
Saiba mais: Edson Passos: Flu tenta acordo com CBF e projeta estreia contra o Santos
O trabalho mais árduo era melhorar o campo. Depois de rebaixar
e nivelar o terreno, houve o plantio da grama. A chuva, porém, prejudicou. O
calor e o sol são aliados para o rápido crescimento. Como faltam 20 dias até a
data do compromisso, o entendimento interno das Laranjeiras é de que até lá
haverá condições de jogar futebol. Mas não é só.
Há ainda os reparos no Giulite Coutinho. O novo circuito
interno de TV já foi instalado. A construção de dois camarotes está em
andamento, assim como a reforma de dois vestiários. O mais difícil era a
instalação de ar-condicionado, o que também está quase finalizado. O custo
total é de R$ 700 mil.
Pelo regulamento do Brasileirão, o clube mandante precisa
indicar o local da partida com 10 dias de antecedência. Terá de fazê-lo no dia
22 de junho, portanto, curiosamente a data do confronto com o Santos. Há um
último entrave a ser superado: a capacidade do estádio. O que vai gerar uma
autorização da CBF.
O Giulite Coutinho tem capacidade de 13.544 pessoas, de
acordo com o Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI). Como há necessidade de
alguns reparos nas arquibancadas, os Bombeiros haviam liberado 9.440 lugares
para o Carioca. O Flu irá fazê-las, então, poderá retomar a diferença. Por
questões de segurança, os Bombeiros não liberam 15 mil pessoas, o definido no
regulamento do Brasileirão. Este número teria de ser atingido com arquibancadas
móveis, o que, na avaliação tricolor, é caro. Isto geraria a necessidade de nova
vistoria, de novo laudo. A solução encontrada é pleitear uma liberação da CBF
usando como argumento a excepcionalidade do caso – Maracanã e Nilton Santos
estão cedidos à Rio 2016. Em caso de insucesso, não haverá remédio: as
arquibancadas moveis terão de ser construídas.
Pelo acordo, o Fluminense não pagará aluguel e tampouco
dividirá a renda dos jogos com o America. Usará o estádio mediante as reformas
que irá fazer. O acordo prevê ainda a concordância de usar o estádio no Carioca
de 2017. O Flu não sabe os rumos do Maracanã – a concessionária tenta devolver
o estádio ao governo do Rio de Janeiro. Desta forma, Edson Passos seria uma
solução aos jogos de pequeno porte.