Política Nacional
Medidas para conter alta dos alimentos geram debate entre governo e o agronegócio
Nos últimos 15 dias o governo federal tem discutido diferentes estratégias para conter a alta dos preços dos alimentos no Brasil. Entre as alternativas analisadas estão a redução da taxa de importação, negociações com redes de supermercados e investimentos em infraestrutura logística.
No entanto, algumas das propostas têm sido alvo de críticas por parte do setor agropecuário, que defende soluções voltadas ao estímulo da produção nacional. Uma das medidas cogitadas por setores do governo é a taxação das exportações de produtos agrícolas, na tentativa de segurar a oferta no mercado interno e reduzir os preços.
Nesta terça-feira (28.01) o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, descartou a possibilidade. A proposta também enfrenta forte oposição de representantes do agronegócio, que apontam impactos negativos para a competitividade do Brasil no mercado internacional.
Governo faz jogo de cena ao ameaçar reduzir tarifas de importação de alimentos – PENSAR AGRO
Em entrevista para o Canal Rural, Francisco Turra, ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), afirmou que a taxação das exportações nunca teve eficácia e que o país se consolidou como um dos principais fornecedores globais graças à sua competitividade. “A Lei Kandir nos salvou até hoje e tem de continuar”, declarou, referindo-se à legislação que isenta do ICMS a exportação de produtos primários.
Outro ponto em debate é a possibilidade de redução de impostos sobre importações de alimentos, medida que, segundo Turra, poderia beneficiar produtores estrangeiros em detrimento dos agricultores brasileiros. Para ele, a melhor forma de equilibrar o mercado é estimular a produção nacional, garantindo condições favoráveis para que os produtores aumentem sua oferta em resposta à demanda.
O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Sérgio Bortolozzo, criticou a ideia do governo federal de reduzir a alíquota de importação de milho e alertou para o risco de desabastecimento futuro do mercado interno. “Com certeza vai provocar uma dificuldade maior para o produtor rural brasileiro. Embora você aparentemente esteja resolvendo um problema, você está criando um grande outro no futuro, que é o desabastecimento interno”, afirmou.
O dirigente da SRB destacou que a competitividade da produção nacional está sendo ameaçada por produtos subsidiados do exterior. “Os preços lá fora dos produtores são subsidiados, na sua maioria. Essa política de tentar segurar os preços, entendendo que vai trazer benefício para o consumidor, vai desestimular a produção aqui dentro”, alertou.
Especialistas do setor ressaltam que investimentos em infraestrutura, como melhorias em rodovias e ferrovias para facilitar o escoamento da produção, são fundamentais para reduzir custos logísticos e tornar os alimentos mais acessíveis ao consumidor. Entretanto, como observou Turra, essas obras não têm impacto imediato sobre os preços.
Outro ponto defendido pelo setor agropecuário é a ampliação do seguro rural, especialmente diante dos desafios climáticos enfrentados pelos produtores. As enchentes no Rio Grande do Sul, por exemplo, afetaram diversas lavouras e dificultaram a recuperação de muitos agricultores que não contavam com cobertura securitária adequada. O fortalecimento do seguro agrícola é visto como um mecanismo essencial para dar segurança ao produtor e garantir a continuidade da produção em situações adversas.
Enquanto o governo avalia alternativas, o setor agropecuário segue atento aos desdobramentos das discussões, reforçando a necessidade de políticas que incentivem a produção e preservem a competitividade do Brasil no cenário global.
Fonte: Pensar Agro
Carros e Motos
Detran-MT alerta sobre notícias falsas de mudanças na “Lei da Cadeirinha”
O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) informa que não houve alterações na regra vigente que trata sobre o transporte de crianças em veículos automotores, a chamada “Lei da Cadeirinha”. Nos últimos dias, circularam notícias falsas pela internet informando sobre novas regras, porém são notícias inverídicas.
A última mudança da Lei de Trânsito, no que tange a alterações no transporte de crianças em veículos e motocicletas, está em vigor desde 12 de abril de 2021, sem alterações desde então.
As regras para transportes de crianças permanecem as mesmas:
- Bebê conforto: obrigatório para crianças de 0 a 1 ano de idade ou com peso de até 13 kg;
- Cadeirinha: obrigatória para crianças com idade de 01 a 04 anos e com peso entre 9 e 18 kg;
- Assento de elevação: obrigatório para crianças com idade entre 04 a 07 anos e meio ou com altura inferior a 1,45 metro ou peso entre 15 e 36 kg.
Para as crianças com mais de 07 anos e meio e até 10 anos de idade e que tenham atingido 1,45 m de altura, o transporte deve ser realizado no banco traseiro do veículo utilizando o cinto de segurança.
Transporte em motos
A regra para transporte de crianças em moto é para maiores de 10 anos e com condições de cuidar da própria segurança. No transporte, o uso do capacete de segurança de tamanho adequado, com viseira ou óculos protetores para piloto e passageiro, também são obrigatórios, conforme o artigo 54 do Código de Trânsito Brasileiro.
“É importante que os condutores busquem sempre informações nos órgãos oficiais de trânsito para obter informações precisas e confiáveis, e não replicar falsas notícias, e até mesmo circular de forma irregular”, alerta o presidente do Detran-MT, Gustavo Vasconcelos.
O cidadão pode tirar dúvidas e buscar informações pelo site do Detran-MT (www.detran.mt.gov.br), ou pela central de atendimento Disque Detran, pelo telefone (65) 3615-4800 e pelo WhatsApp (65) 9 9933-9318.
Fonte: Governo MT – MT
Destaque
Lula admite “simpatia” por Fávaro e o mantém ministro da Agricultura

Reprodução
Apesar das reclamações do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDMG), o Planalto tem sinalizado que deve manter Alexandre Silveira (Minas e Energia) na reforma ministerial, prevista para acontecer após a eleição das presidências do Congresso.
O que aconteceu
Apesar de colega de partido e conterrâneo no estado, o ministro de Minas e Energia é alvo de queixas do presidente do Senado e do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que deve ser eleito presidente da Casa em fevereiro, por ter se afastado dos parlamentares, dos interesses da Casa e por servir apenas o governo. Interlocutores de Pacheco disseram que o parlamentar informou ao Planalto que Silveira não representa mais os senadores.
Pacheco e Alcolumbre avalizaram o nome de Silveira para o ministério na montagem do governo Lula. Na Esplanada, o ministro se aproximou do presidente e da primeira-dama, Janja. Integrantes do Planalto afirmam que o petista “gosta muito” de Silveira e não pretende trocá-lo. Senadores e deputados do PSD afirmaram ao UOL que também estão satisfeitos com o mineiro na pasta.
Agricultura também deve ficar com Carlos Fávaro. O ministro da Agricultura é alvo de críticas da bancada ruralista e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas o PSD já sinalizou o desejo de mantê-lo no posto. Assim como Silveira, Fávaro tem a simpatia de Lula.
A poucos dias de deixar a presidência da Casa, Pacheco é cotado para assumir algum ministério. Entre as apostas, estão o Ministério da Justiça, por conta de sua atuação profissional no direito. Aliados do parlamentar, no entanto, dizem que a pasta poderia trazer desgaste para uma eventual disputa ao governo de Minas Gerais por tratar de temas sensíveis, como a segurança pública. Por outro lado, poderia abrir caminho para uma possível indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal) a partir de 2028, quando o ministro Luiz Fux se aposenta por idade. O indicativo dependeria também de Lula disputar a reeleição e vencer em 2026.
Por: UOL
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