O Vitória empatou em 1 a 1 com o Atlético-MG na tarde deste domingo, na Arena Fonte Nova, pelo Campeonato Brasileiro, e repetiu uma escrita que tem marcado presença em todos os jogos do time na competição. Nas quatro rodadas disputadas até aqui, o Leão saiu atrás no placar e teve que correr para recuperar o prejuízo. No jogo deste domingo, o esforço foi compensado com um gol, mas não o bastante para sair com o triunfo.
Após o empate, o técnico Vagner Mancini admitiu o prejuízo com o fato de ter de correr atrás do resultado e afirmou que os próprios jogadores têm se cobrado pelos gols sofridos.
Mancini revelou cobrança dos jogadores após o fim do primeiro tempo (Foto: Bruno Cantini/CAM)
– A gente tem que mudar essa tônica. Não dá para toda hora eu chegar no vestiário e alterar o que tem sido feito. Houve agora no vestiário muita cobrança dos atletas sobre isso. Eu não tinha nem começado a falar quando houve entre eles muita cobrança deles mesmos. O Vitória mostrou muito potencial, mostrou isso diante do Corinthians. É uma equipe que tem jogado muito bem em determinado momento do jogo e caído em outros. Nós temos que fazer alguma coisa e esse é o meu papel.
Mancini também fez duras críticas ao gol sofrido nesta tarde. No lance, Patric aproveitou cobrança de escanteio rasteira e bateu de primeira da entrada da área, sem marcação.
– É inadmissível uma equipe que tem nove jogadores dentro da área tomar um gol daquele lá. Eu nem vi na televisão. Mas certamente vou ficar revoltado. Estamos jogando uma série A onde você não pode errar. Diferente de outros torneios, campeonatos. O Vitória tem que estar mais atento a isso aí. Isso é falta de concentração. Houve um lance antes onde o Diego, na minha opinião, recebeu a falta. Na sequência, houve o escanteio. Nós perdemos o foco. São oito gols sofridos [no Brasileirão], sendo que quatro seriam evitados. Daqui para frente daremos ênfase a essa fase defensiva – disse Mancini.
Mancini vê uma série de fatores responsáveis pelo desempenho defensivo da equipe, mas prometeu ajustes.
– Não é só de ajustar no treinamento. No jogo, tem uma variável quando você enfrenta equipe de qualidade muito grande. Óbvio que quando você enfrentar certas equipes você é mais testado. Uma coisa que eu vi de fora foi que o encaixe da marcação ofensiva fazia com que tivesse uma sobrecarga em Diego Renan, que não pode acontecer. Sobre a parte individual, isso depende do dia do atleta. O meu setor defensivo vai ser ajustado. Incomoda o fato de todo jogo a gente ter tomado o gol. Neste momento, a gente tem que corrigir o sistema defensivo para que não ofereça tantas chances.
Com o empate deste domingo, o Vitória foi a cinco pontos. Mesmo com mais um jogo sem triunfo, o treinador do Vitória afirma que ficou feliz com a disposição da equipe.
– Eu saio daqui feliz. Feliz porque nós enfrentamos uma equipe que jogou esse ano a Libertadores, estava sem A, B ou C. E o risco a ser corrigido vai existir sempre. Eu tive um sentimento no primeiro tempo de um pouquinho de falta de força. No segundo tempo, vi uma equipe que brigou, se expôs, teve riscos e eu acho que tem que correr. Saio satisfeito porque vi uma reação, o estádio interior cantando. Abre-se uma nova oportunidade de você usar o segundo tempo contra o Corinthians, contra o Atlético-MG. Hoje, a gente sai com a sensação de que faltou só um pouquinho.
Confira outros trechos da entrevista coletiva do técnico Vagner Mancini:
– Primeiro tempo a gente tinha um sistema que não funcionou em determinado momento. Óbvio que atacante sai da área para achar o espaço dele. Kieza, obviamente, vendo o espaço, caía no setor. No intervalo a gente tentou acertar isso, para que ele ficasse mais dentro da área. Ele não tem necessidade de outro atleta encostar para ele fazer a jogada do gol. É um atleta dotado de força para sair na cara do gol. Estamos em um momento para achar uma melhor formação. O Vitória não pode sofrer tanto. Após o gol do Atlético-MG, eles passaram a mandar o jogo. No segundo tempo, o Vitória foi melhor e teve chances até para sair com o resultado.
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Escolha por iniciar com David
– O Dagoberto junto com Leandro Domingues seriam dois atletas que teriam dificulta no setor de marcação. Não posso que minha equipe jogue com equipe veloz, recuar tanto. Por isso a opção do David, para que a gente tivesse um equilíbrio maior nas subidas de Marcos Rocha e que a gente tivesse peças para entrar no jogo.
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Substituição de Leandro Domingues
– Nós tínhamos uma certa dificuldade. Achei que Leandro Donizete, Rafael e Patric tinham muito domínio no meio-campo. E eu sei que o Leandro não é um atleta de marcação. Ele tem muito a oferecer. Naquele momento, era fundamental que eu reforçasse a marcação no meio-campo e tivesse velocidade maior.
– Eu acho até que hoje a gente teria mais público se não fosse um final de semana de feriado. Obvio que eu não sei dizer se é por preço de ingresso, porque a pessoa viajou. Mas eu quero dentro do estádio a torcida que venha e apoie o time. E tem sido assim. Nós vamos sentar e vamos ver o que é melhor. Se essas equipes se sentem mais desconfortável no Barradão, vamos jogar no Barradão.
– Não gosto de falar sobre isso porque, às vezes, a gente é mal interpretado. Acho que alguns lances ele foi equivocado e prejudicou o Vitória. Fruto, talvez, de lances muito rápidos e de não pedir opiniãodos auxiliaries. De resto, esse negíco de faltinha aqui, ali, a gente vê em todos os jogos. Não estou aqui metendo o pau em ninguém. Certamente, ele tentou fazer uma boa arbitragem.
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Fonte: Globo Esporte