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Mais de 70% das máquinas estão paradas por falta de manutenção
Secretaria de Viação, Obras e Urbanismo, aponta dificuldades na infraestrutura de Várzea Grande e anuncia medidas emergenciais
A infraestrutura de Várzea Grande enfrenta um cenário crítico, de acordo com o secretário de Viação, Obras e Urbanismo, Celso Luiz Pereira. O gestor revelou que a maior parte do maquinário da prefeitura municipal está fora de operação devido à falta de manutenção, com equipamentos comprometidos.
“Nós temos mais de 70% das máquinas paradas devido à manutenção. Simples manutenção. Então, dos 40 equipamentos de grande porte aqui, hoje nós temos apenas 14 que estão operando e o restante a gente pretende agora ter uma flexibilização para que possamos fazer a manutenção e colocar todos em operação. Apuramos que das sete motoniveladoras dessa secretaria, apenas uma estava operando e em estado precário ainda”, afirmou.
Ele ainda contou que a pasta está trabalhando para sanar esse problema nesta semana, com o objetivo de deixar 100% da frota de maquinários em funcionamento. Além da falta de equipamentos operacionais, a ausência de insumos impacta ainda mais as obras em comunidades rurais. Segundo o secretário, não há uma jazida licenciada de cascalho para a prefeitura, o que dificulta a recuperação das estradas não pavimentadas.
“Primeiramente nós precisamos resolver a questão de fornecimento de insumos, principalmente aterro e cascalho, para prover as obras de motoniveladora nas comunidades rurais. A população está bastante carente nessa parte das pistas não pavimentadas, porém, eu não posso simplesmente passar, fazer o nivelamento sem fazer a recomposição do cascalho, do aterro correto, porque senão eu vou estar escondendo argila, a situação torna-se praticamente insustentável no médio prazo”, explicou.
Para amenizar o problema, a secretaria pretende mobilizar equipes para garantir o mínimo de trafegabilidade nas vias rurais. O gestor destacou que o objetivo imediato é a atuação das equipes de patrulhamento e cascalhamento para melhorar a trafegabilidade das vias vicinais da cidade.
Diante dos desafios apresentados, a secretaria está agindo rapidamente para garantir melhorias na infraestrutura e no serviço prestado à população, visando solucionar problemas crônicos relatados por moradores de regiões afetadas pelas fortes chuvas registradas.
IRREGULARIDADE – Outro problema destacado por Pereira é o descarte irregular de lixo em Várzea Grande, agravado pela ação dos chamados “caçambeiros”. O secretário reforçou a importância da população em denunciar esse tipo de prática e anunciou medidas para reforçar a fiscalização.
“Grande parte dos nossos problemas são agravados pelo descarte de lixo de forma incorreta, via caçambeiros. Isso a gente precisa que a população denuncie. Planejamos uma campanha de conscientização e ainda alterar nosso processo de fiscalização para o trato do descarte inadequado dos resíduos sólidos”, concluiu.
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Brasil teve aumento nas exportações de suínos reprodutores em 2024
O Brasil registrou um crescimento significativo nas exportações de suínos reprodutores de raça pura em 2024. De acordo com o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) nesta quinta-feira (06.02), o país alcançou uma receita de R$ 5,08 milhões, marcando um aumento de 5,2% em comparação com o ano anterior.
Os estados brasileiros que mais se destacaram nas exportações de suínos reprodutores foram São Paulo, Paraná e Minas Gerais. São Paulo liderou o ranking com 44% das exportações, seguido pelo Paraná, que representou 37%, e Minas Gerais com 19%. O principal destino dos suínos brasileiros foi o Paraguai, responsável por 40,7% das vendas, seguido de perto pela Argentina com 40,2%. Outros mercados relevantes para os suínos reprodutores foram o Uruguai (17%) e a Bolívia (2,1%).
Dentre os estados exportadores, o Paraná se destacou por ser o único a exportar para todos os países compradores. O estado foi o maior fornecedor para o Paraguai, Uruguai e Bolívia. São Paulo, por sua vez, liderou as exportações para a Argentina, enquanto Minas Gerais destinou suas exportações exclusivamente ao Paraguai.
Enquanto as exportações de suínos reprodutores cresceram, as importações no Brasil apresentaram uma queda acentuada de 50% em 2024. O valor das importações passou de R$ 31,7 milhões para R$ 15,6 milhões. Os estados que mais importaram suínos reprodutores foram São Paulo (40%), Minas Gerais (31%) e Paraná (30%). Os principais fornecedores para o Brasil foram os Estados Unidos, Canadá, França, Dinamarca e Noruega.
A redução nas importações reflete o fortalecimento da genética do rebanho nacional e o crescente reconhecimento da qualidade dos suínos reprodutores brasileiros no mercado internacional. O Brasil, que é um dos maiores produtores e exportadores de carne suína do mundo, tem investido fortemente em aprimoramento genético, o que contribui para a valorização das exportações no exterior.
A suinocultura brasileira tem ganhado destaque no cenário global, especialmente pela sua capacidade de atender às demandas específicas dos mercados internacionais. A valorização dos suínos reprodutores no exterior, somada ao investimento contínuo no aprimoramento genético, coloca o Brasil em uma posição estratégica no comércio global.
Os resultados positivos também refletem o esforço da indústria para atender às exigências dos mercados mais exigentes, como os países da América Latina. O Paraguai, por exemplo, tem se mostrado um importante parceiro comercial, representando uma fatia significativa das exportações brasileiras. Além disso, a presença do Brasil em mercados como Argentina, Uruguai e Bolívia demonstra a força e a competitividade do setor, que continua a se expandir e a se consolidar.
A busca por maior sustentabilidade e inovação continua sendo uma prioridade no setor, com a adoção de práticas mais eficientes no manejo do rebanho e na utilização de tecnologias que visam aumentar a produtividade e reduzir impactos ambientais. Além disso, a suinocultura brasileira segue como um importante motor da economia agrícola, com uma contribuição significativa para as exportações do país e o fortalecimento da balança comercial.
Com um cenário promissor pela frente e o mercado internacional cada vez mais receptivo aos produtos brasileiros, a suinocultura brasileira tem tudo para continuar ampliando suas exportações e mantendo sua competitividade no mercado global.
Fonte: Pensar Agro
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Brasil terá primeira concessão hidroviária no Rio Paraguai
O Brasil está prestes a inaugurar sua primeira concessão hidroviária, referente à Hidrovia do Rio Paraguai, que abrange um trecho de 600 km entre Corumbá e Porto Murtinho, no sul de Mato Grosso do Sul.
O projeto prevê um investimento inicial de R$ 63,9 milhões nos primeiros cinco anos, com foco na infraestrutura e segurança da navegação. A concessão, com duração de 15 anos e possibilidade de prorrogação, visa melhorar a logística de transporte, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a eficiência no escoamento da produção local.
O Brasil possui uma extensa rede hidrográfica, com aproximadamente 63 mil quilômetros de rios, dos quais cerca de 27 mil quilômetros são navegáveis. No entanto, apenas 19 mil quilômetros são utilizados para o transporte comercial de cargas e passageiros, representando cerca de 30% do potencial disponível.
O modal hidroviário é responsável por uma parcela significativa do escoamento da produção agrícola nacional. Estima-se que aproximadamente 25% das exportações de grãos, como soja e milho, sejam transportadas por hidrovias, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. A Hidrovia do Rio Paraguai, por exemplo, desempenha um papel crucial no escoamento de commodities agrícolas, conectando áreas produtoras a portos de exportação.
Com a concessão, a previsão é de um aumento expressivo na movimentação de cargas, podendo atingir entre 25 e 30 milhões de toneladas anuais até 2030. Essa concessão da Hidrovia do Rio Paraguai representa um passo importante para a modernização da logística de transporte no Brasil, podendo servir de modelo para futuras concessões hidroviárias no país. A iniciativa busca impulsionar o desenvolvimento de uma malha de transporte mais eficiente e sustentável, reduzindo custos logísticos para o agronegócio e a indústria.
O modelo de concessão proposto pode servir de referência para outras hidrovias, impulsionando investimentos privados e reduzindo custos logísticos para o agronegócio e a indústria. Os próximos passos para a concessão incluem a realização de uma consulta pública no primeiro trimestre, o envio do projeto ao Tribunal de Contas da União (TCU) no segundo trimestre e a realização do leilão no quarto trimestre.
Fonte: Pensar Agro
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