Sinezio Alcântara – Expressão Notícias/Assesssoria

A véspera da eleição da nova Mesa Diretora da Câmara de Cáceres, a Chapa Compromisso com Cáceres, se mantém coesa, devendo eleger o vereador Flávio Negação (MDB) para a presidência do parlamento, em substituição ao vereador Luiz Landim (UB) que deixa a Casa, para tomar posse como vice-prefeito, na chapa da prefeita reeleita, Eliene Liberato Dias (PSB).

Ligado ao ex-prefeito Francis Maris Cruz (PL), adversário de Eliene, Negação terá como vice-presidente na chapa, o vereador Isaias Bezerra (Republicanos); Elis Enfermeira (PL) como primeira secretária, o lider petista Cesare Pastorello, 2º secretário, e Pacheco Cabeleireiro (PP), 3º secretário. O grupo, composto até agora com 8 vereadores, conta ainda com os vereadores Jerônimo Gonçalves (PL), Pastor Júnior (PL) e Marcos Ribeiro (PP).

A eleição ocorre na manhã de 1º de janeiro. A nova Mesa Diretora será eleita para presidir o Legislativo Municipal no biênio 2025/2026. O grupo é composto por, pelo menos, um ex-secretário da prefeita Eliene: o vereador Jerônimo Gonçalves, um líder da prefeita na Câmara, Cesare Pastorello e um dos principais apoiadores da administração, Isaias Bezerra.

Defesa da independência e autoonomia

Uma das “bandeiras” do vereador Flávio Negação, será a defesa da independência e autonomia da Câmara. “Nosso objetivo é representar todos os vereadores, defender as prerrogativas e manter um trabalho legislativo de forma independente e autônoma. Não houve veto à participação dos partidos PSB e UB, que fazem parte da coligação que elegeu a prefeita Eliene (PSB). Pelo contrário, todos os vereadores foram convidados a fazer parte desse projeto. No entanto, decidiram criar outra chapa, o que é legítimo, pois cada um é dono do seu voto. Após a eleição, não existirá mais lado A ou B, e todos os vereadores irão trabalhar por Cáceres”, explica o candidato à presidência, Flávio Negação.

Negação também refuta os boatos de que membros da chapa estariam cogitando a presidência em uma chapa contrária, explicando que todas essas possibilidades já foram discutidas e que os vereadores mantêm sua palavra.

Em relação aos demais vereadores, espera que não haja desgaste na disputa, já que irão trabalhar juntos por 4 anos. A última vez que houve disputa de duas chapas para a presidência da Câmara foi em 2017, quando o vereador Cláudio Henrique foi derrotado pelo vereador Domingos Oliveira por 9 votos a 6. A disputa foi acirrada, e, à época, alguns vereadores queriam realizar votação secreta. O vereador Cézare Pastorello, que presidiu a sessão por ter sido o mais votado, argumentou que a publicidade era a regra e o sigilo, a exceção, e manteve a votação aberta.

A Lei Orgânica do Município de Cáceres estabelece, em seu artigo 2º, que “São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo”. Essa é a tônica que a chapa Compromisso com Cáceres pretende dar nos próximos anos na relação entre os poderes. (Assessoria)

INGRATIDÃO
Após se eleger vereador, Jorge Augusto abandona ex-aliado e discurso de renovação em Cáceres

O ex-prefeito de Cáceres Francis Maris Cruz(PL) manifestou pela primeira vez em um grupo de whatsapp sobre a ida do seu ex-fiel pupilo Jorge Augusto(PP) para ser Presidente do grupo de vereadores que apoiam a prefeita Eliene Liberato(PSB). Jorge Augusto que se elegeu estando no partido do progressista Dr. Sérgio Arruda, mas pedindo votos para o ex-prefeito Francis Maris fechou voto com o grupo governista para a Câmara de Cáceres.

“Agora o Jorge tem que vir pra este grupo [de oposição]. O tanto que eu ajudei ele, até secretário meu ele foi. Se tiver um pingo de consideração, ele virá. Política é grupo e ele fazia parte do nosso grupo”, contou Francis num grupo de whatsapp.

Jorge Augusto foi o 13º dos 15 mais votados em Cáceres com 623 votos e surgiu na política em 2013 quando se tornou braço direito do ex-prefeito Francis Maris e ocupando a vaga de Secretário de Governo e coordenador de Trânsito e Fazenda na primeira gestão do empresário. Assim como o educador físico Cláudio Henrique Donatoni que esperou ser eleito com o apoio do ex-prefeito para abandonar o grupo de Francis, Jorge após a eleição adotou uma postura semelhante ao abandonar o ex-aliado e o discurso de oposição que o fez se eleger na cidade.