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Júnior Rocha analisa empate na estreia da Série B e elogia elenco do LEC

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O Luverdense estreou na Série B do Brasileirão com um empate em 1 a 1 diante do Joinville no Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde. O gol do Verdão do Norte que valeu o primeiro ponto dos mato-grossenses na competição foi marcado pelo meia Vitinho aos 36 do segundo tempo.

Apesar do empate dentro de casa, o treinador Júnior Rocha se mostrou satisfeito com a atuação da equipe que teve cinco mudanças em relação ao time campeão mato-grossense no último final de semana.

– Temos uma possibilidade grande de evolução, as mudanças surtiram efeito e os que entraram jogando foram muito bem. Podemos ter uma equipe ofensiva sem ser vulnerável. Mas temos que saber que temos que evoluir muito ainda. O comprometimento tem sido muito bom. Mas vamos em busca da melhora – disse Júnior Rocha em entrevista à Rádio Atitude. 

Sobre sofrer o gol logo após ter aberto o placar, Júnior Rocha pede atenção nas bolas paradas.

– Estávamos bem melhor no jogo e merecíamos a vitória. Mas ficamos de cabeça boa e sabemos que estamos no caminho certo. Na bola parada tem que ter atenção. Não pode deixar o atleta seguir, temos que proteger nosso goleiro. Não adianta achar um culpado. O time como um todo foi bem e tivemos muito mais chances de sair vitoriosos.

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O treinador elogiou também os atletas que entraram no segundo tempo e deixou o recado de que todo elenco é importante ao longo da temporada.

– Quem entrar tem que estar preparado, são nessas situações que vamos mudando o time dentro de uma partida em busca do melhor resultado. Quem está de fora que se prepare, é um campeonato longo e contamos com todos. Temos que nos aperfeiçoar para na hora que precisar eles estejam preparados.

O Verdão do Norte volta a campo já na próxima terça-feira diante do Bragantino fora de casa. Sobre está partida Júnior Rocha elogia o adversário, mas acredita que o Luverdense pode pontuar em Bragança Paulista (SP).

– Será um jogo difícil, perderam a primeira fora de casa, mas jogaram muito bem taticamente. É um time tradicional e lá é um campo difícil de jogar. Mesmo assim acredito que temos condições de ir lá e incomodá-los como o Joinville fez aqui.

Fonte: GE/MT

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Pioneira no Ensino Superior para indígenas, Unemat segue no compromisso com a inclusão dos povos originários

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Um dos principais compromissos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) é atender às populações indígenas de Mato Grosso com Ensino Superior de qualidade.

Para atender este propósito, a Unemat oferta cursos superiores específicos e diferenciados desde 2001, além de disponibilizar cotas de 5% das vagas de todos os cursos para estudantes indígenas, pelo Programa de Integração e Inclusão Étnico-Racial (Piier).

A Unemat é a primeira instituição pública a colocar em prática a política de reserva de vagas para estudantes indígenas em todos os seus cursos de graduação de entrada regular: em 2016, antes mesmo de ser uma política adotada em nível federal ou estadual, a Universidade do Estado de Mato Grosso incluiu na sua resolução de Ações Afirmativas a reserva de 5% das vagas.

A ação vem trazendo resultados concretos, nos diferentes câmpus da Universidade espalhados pelo Estado: a Unemat conta atualmente com 396 alunos indígenas matriculados na graduação, sendo 104 nos cursos de oferta contínua, 98 em turmas especiais de oferta única e 19 nos cursos de ensino a distância, somados aos 175 alunos dos cursos específicos ofertados pela Faindi.

Na mais recente temporada de colações de grau, referente ao período letivo 2024/2, uma das formandas foi Kokokangro Metuktire, que recebeu seu diploma de bacharel em Direito em cerimônia realizada no dia 12 de fevereiro. De etnia Mebengokre (Kayapó) da Terra Indígena Kapoto-Jarina, Kokokangro é bisneta do Cacique Raoni, tendo cursado a graduação na turma especial de oferta única da Unemat em Colíder.

A conquista foi celebrada pela Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt). “Foi um momento muito importante para a família e para o povo indígena Mebengokre (Kayapó)”, disse a Federação em publicação nas redes sociais.

“Cada indígena formado é uma missão cumprida e cada indígena que se matricula é uma missão que começa. Testemunhar a formação desses acadêmicos é um motivo de alegria para todos que estão trabalhando nesta missão”, conta o diretor da Faculdade Indígena Intercultural, José Wilson Pires Carvalho.

UNEMAT: PIONEIRA NA FORMAÇÃO INDÍGENA

Com mais de 20 anos de história na área, a Instituição é pioneira na oferta de graduação específica e diferenciada para indígenas na América Latina e serviu de referência a diversas iniciativas similares de valorização e respeito à diversidade étnica e cultural.

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Todos os cursos são desenvolvidos em articulação constante com o movimento indígena, tendo como valores centrais: discussão de território dos povos indígenas, valorização da identidade e cultura, diálogos interculturais entre diferentes conhecimentos, saberes, valores e princípios dos povos originários do Brasil.

Os cursos obedecem a um regime especial e são desenvolvidos de forma presencial nos períodos de férias e recessos escolares. Há também o denominado “Tempo Aldeia”, em que os cursistas desenvolvem atividades orientadas, nos períodos em que estão ministrando aulas nas respectivas escolas indígenas. O currículo é flexível e definido com ampla participação de todos os envolvidos no processo.

Hoje a Faculdade Indígena Intercultural (Faindi) oferta cursos em Barra do Bugres, Canarana, Ribeirão Cascalheira e Luciara. Para a formação de professores indígenas, a Instituição oferece os cursos de Pedagogia Intercultural Indígena e Licenciatura Intercultural Indígena com três habilitações: Línguas, Artes e Literatura; Ciências Matemáticas e da Natureza; e Ciências Sociais.

Atualmente, a Universidade oferta o inovador bacharelado em Enfermagem Intercultural Indígena, iniciativa inédita no País; além de uma turma de licenciatura em Matemática exclusiva para indígenas.

A Instituição também atende aos indígenas em seus programas de pós-graduação, com destaque para o Programa de Pós-Graduação em Ensino em Contexto Indígena Intercultural (PPGecii), que oferta mestrado acadêmico exclusivo para os povos originários.

Dentre as 48 etnias indígenas existentes em Mato Grosso, 32 são atendidas pela Unemat. Mais de 600 estudantes já concluíram a graduação, 140 obtiveram titulação de especialista e 120 professores conquistaram o título de mestre ou doutor.

A formação de indígenas rende frutos inclusive dentro da própria Universidade: em julho de 2024, a professora Eliane Boroponepá Monzilar tomou se tornou a primeira indígena a tomar posse como coordenadora de curso. Formada pela primeira turma da Faindi em 2006, Eliane é mestre em Desenvolvimento Sustentável junto a Povos de Terras Indígenas e doutora em Antropologia pela Universidade de Brasília (UnB).

CONQUISTAS ATUAIS E FUTURAS

Em outubro do ano passado, a Universidade e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) assinaram um Termo Aditivo ao Acordo de Cooperação Técnica, dando continuidade à parceria iniciada em 2001, que tem sido fundamental para a formação de professores indígenas. A assinatura foi realizada pela presidente da Funai, Joenia Wapichana, e pela reitora da Universidade, Vera Maquêa.

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Em 2001, a Funai e a Unemat criaram o primeiro curso de Licenciatura Intercultural do país. Com a assinatura do novo Termo Aditivo, a parceria se estende até 2029, e beneficiará cerca de 300 alunos de 30 diferentes povos indígenas.

E o trabalho não para: além das turmas já em desenvolvimento, este ano será aberta uma nova turma de Pedagogia Intercultural Indígena para mais 30 alunos.

As vagas são destinadas a indígenas que atuam como educadores nas escolas das comunidades, especificamente em turmas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Em toda a Rede Estadual, existem 70 escolas estaduais indígenas que atendem as 43 etnias e mais de 12 mil estudantes de todas as regiões.

“Reafirmando seu compromisso com os povos indígenas mato-grossenses, este ano a Faindi também chega a uma marca histórica. É um passo a mais no fortalecimento da formação de professores indígenas”, explica Adailton Alves da Silva, diretor de Educação Indígena da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg). “Assegurar aos povos originários seu lugar de direito dentro da Universidade, construindo ciência e conhecimento ancestral é um dos pilares da Unemat”, garante Fernanda Martins, assessora de Formação Diferenciada da Proeg.

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Os estudantes dos cursos específicos para indígenas ofertados pela Faindi recebem alimentação e alojamento durante as aulas presenciais, e os alunos indígenas aldeados matriculados nos demais cursos de graduação da Unemat também podem receber auxílio moradia e alimentação.

RELACIONAMENTO FORTE

Além dos diversos projetos de pesquisa e extensão realizados nas aldeias e comunidades indígenas, a Unemat também participa de discussões, eventos e defesa de reivindicações dos povos originários.

A Unemat foi a responsável pela realização da 1ª Conferência Livre Ciência, Tecnologia e Inovação de Povos Tradicionais, Quilombolas e Indígenas do Estado de Mato Grosso, ocorrida em Cáceres em abril do ano passado, com mais de 230 bolsistas de Iniciação Científica Júnior, representantes de comunidades tradicionais e professores colaboradores de escolas públicas.

Em 2023, a Universidade também promoveu a 1ª edição do Congresso Internacional Intercultural Indígena em Barra do Bugres, além de participar do evento ‘O Chamado do Raoni’ com lideranças indígenas de 54 etnias na aldeia Piaraçu, no Parque Nacional do Xingu.

Por: Unemat/Assessoria

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O pequeno grande guardião do Pequi no Caramujo: A história de Roberto Florentino Silva

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No coração do Distrito de Santo Antônio do Caramujo, a 30 quilômetros de Cáceres (MT), um pequeno produtor rural mantém viva a tradição, a esperança e a riqueza do cerrado. Roberto Florentino Silva, 51 anos, nascido em Paranavaí (PR), chegou à região ainda menino, com 12 anos, e carrega consigo as memórias, os desafios e as conquistas de quem ajudou a transformar a paisagem local.

(Roberto Florentino Silva – Foto: Wilson Kishi)

Roberto é filho de Pedro Florentino Silva e Maria José Florentino Silva, e cresceu cercado por uma numerosa família que contribuiu para a construção da história da região. Entre seus irmãos estão Manoel Florentino, Pedro Florentino, José Florentino Sobrinho, Antônio Florentino, Luíz Florentino, Paulo Florentino e Gilberto Florentino, além de João Florentino Neto, já falecido e lembrado com saudade por todos. Ele é o penúltimo dos filhos. Casado com Roseli Aparecida Silva Florentino, Roberto forma com ela um casal dedicado ao campo e à comunidade do Caramujo, ainda que o casal não tenha filhos.

Em maio de 1986, Roberto desembarcou no Caramujo junto da família, fugindo das chuvas irregulares que atormentavam lavouras em Mato Grosso do Sul. “Viemos para cá porque aqui as chuvas eram intensas, o que ajudava muito na agricultura”, conta. O vilarejo recém-chegado mal passava de cinquenta edificações, com ruas sem pavimentação e uma escola modesta oferecendo apenas as primeiras séries do ensino fundamental. A natureza, lembra, era 70% preservada — um verde quase intocado que se tornou palco de sua vida.

Roberto guarda boas lembranças dos desfiles do aniversário do Caramujo, tradicionais em setembro, que, segundo ele, deveriam ser resgatados para fortalecer a identidade local.

(Roberto conta que iniciou as atividades de plantio por volta de 2003 – Foto: Wilson Kishi)

De seus irmãos, Roberto conta que tem dois residindo em Rondônia, na cidade de Alta Floresta D Oeste e Ji-Paraná. Em Mato Grosso, além de Roberto, são quatro, em Alta Floresta, Sinop, Várzea Grande e Cuiabá. E, um irmão que mora em Paranavaí PR.

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A trajetória de Roberto como produtor de mudas começou em 2003. No início, as dificuldades eram muitas: “Na época quase não existia informação sobre produção de mudas de pequi. Tive que testar técnicas, aprender sobre tamanho de embalagem, substrato, espaçamento, controle de pragas e comercialização”, relembra. As dicas iniciais, conta, foram do saudoso amigo José Antônio Cabral e da sua curiosidade pelo manejo correto que o transformaram em referência local no cultivo do pequi.

Apaixonado pelo fruto símbolo do cerrado, Roberto se especializou em variedades da região e também do Xingu. “Quis diversificar a oferta de mudas aos clientes. O pequi do Xingu, por exemplo, antecipa a produção. Enquanto o pequi típico daqui só colhe em janeiro, o do Xingu já começa em novembro”, explica.

A diferença mais marcante, contudo, está na germinação: a do Xingu é de cerca de 60% e sua produção de mudas é mais fácil, enquanto o pequi regional tem índice de 20%. No campo, porém, ambos se desenvolvem de maneira semelhante.

(foto reprodução / Wilson Kishi)

A sustentabilidade é uma preocupação constante. “Procuro minimizar o impacto dos recursos que uso. Em vez de herbicidas, controlo plantas invasoras com roçada manual. Quero ainda integrar culturas anuais nos novos plantios”, pontua Roberto, ciente de seu papel de guardião da terra.

A produção de mudas de pequi movimenta a economia do Caramujo, gerando renda para famílias da comunidade durante a safra. Na propriedade de Roberto, cerca de 2.000 mudas são comercializadas anualmente — uma fatia importante no orçamento familiar.

Se hoje Roberto produz apenas mudas de pequi, o futuro promete bons frutos. “Pretendo ampliar ainda mais minha produção de pequi. Outras espécies? Por enquanto não, mas nunca digo nunca”, revela com o tom sonhador de quem acredita no amanhã.

O Caramujo de hoje é bem diferente daquele vilarejo de 40 anos atrás. Estradas, casas, escolas, comércio e saúde – tudo avançou. “Agora temos duas escolas, um posto de saúde moderno e comércio que atende tudo o que precisamos. As casas hoje têm excelente padrão e as propriedades rurais estão bem estruturadas”, resume Roberto, orgulhoso do progresso da terra que escolheu para criar raízes.

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Roberto Florentino Silva não apenas cultiva mudas de pequi, mas também cultiva história, sustentabilidade e futuro em Caramujo. Entre desafios e vitórias, sua jornada mostra a força da agricultura familiar e a importância de valorizar o cerrado e suas tradições. Em cada muda, germina um pouco da esperança de toda uma comunidade.

(Vista aérea parcial do Santo Antônio do Caramujo, Distrito de Cáceres, localizada 30 km de Cáceres – Google Earth)

Sobre o Pequi

O pequi (Caryocar brasiliense) é um fruto símbolo do Cerrado brasileiro, cujo nome em tupi remete à sua característica “pele espinhenta”. Sua árvore, o pequizeiro, chega a 12 metros de altura e produz frutos do tamanho de uma maçã, com casca verde e polpa amarela macia envolvendo um caroço repleto de espinhos finos. A colheita ocorre de novembro a janeiro, destacando-se pela dificuldade de germinação – menos da metade dos caroços vingam e o processo pode levar até um ano. Entre os frutos nativos do Cerrado, o pequi é o mais comercializado, exercendo papel essencial na renda e cultura das comunidades rurais, especialmente em estados como Goiás, Mato Grosso e Norte de Minas.

O pequi é ingrediente principal de pratos típicos, como arroz com pequi, e também usado para temperos, conservas, licores e sorvetes. Além de ser saboroso, destaca-se pelo alto valor nutricional, possuindo o dobro de vitamina C em relação à laranja, além de ser rico em vitaminas A e E e carotenóides, que ajudam na prevenção do envelhecimento e de doenças da visão. Sua amêndoa fornece um óleo com propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes e gastroprotetoras, ampliando ainda mais a importância do fruto tanto para a alimentação quanto para a saúde das populações do Cerrado.

 

Por: Zakinews – Wilson Kishi – fotos

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