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Infraestrutura rodoviária no Brasil desafia o escoamento da safra

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Com o início da colheita no Brasil, a logística de escoamento da produção agropecuária enfrenta desafios significativos, principalmente devido à precariedade de algumas rodovias e ao impacto das chuvas em importantes corredores de transporte. A infraestrutura rodoviária é um fator crucial para a competitividade do setor agropecuário, e investimentos em manutenção e ampliação são essenciais para garantir a fluidez no transporte de grãos, insumos e maquinário.

Uma das principais novidades para este ano é o novo leilão da BR-163/MS, um dos principais corredores logísticos do agronegócio no Centro-Oeste. A reestruturação do contrato de concessão, aprovada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), prevê investimentos de R$ 17 bilhões ao longo de 29 anos.

O projeto inclui a duplicação de 203 km, a construção de 147 km de faixas adicionais, 99 viadutos, 144 pontos de ônibus, 56 passagens de fauna e 22 passarelas, além de três pontos de parada para caminhoneiros. A medida soluciona desafios financeiros da concessionária atual e antecipa melhorias essenciais, evitando a divisão da rodovia em dois trechos.

Além da BR-163/MS, outras rodovias estratégicas também passam por reestruturação contratual. A ANTT acompanha ajustes em concessões como a BR-101/ES/BA e a BR-101/RJ, reforçando o compromisso com a infraestrutura essencial para o escoamento da produção agropecuária.

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Enquanto a logística rodoviária se reestrutura, o excesso de chuvas nas principais regiões produtoras já compromete o escoamento da safra. No Mato Grosso, estado líder na produção de grãos, caminhoneiros e produtores relatam dificuldades em estradas vicinais, com veículos atolando e trechos intransitáveis. A falta de infraestrutura adequada nesses corredores secundários gera lentidão e eleva custos logísticos.

A instabilidade climática também afeta a operação no campo. O atraso no plantio, provocado pela irregularidade das chuvas, resulta agora em uma colheita concentrada, pressionando ainda mais a capacidade de escoamento. Para mitigar perdas, produtores adotam estratégias como a dessecação escalonada das lavouras, permitindo a colheita em etapas e evitando grandes volumes de grãos prontos para colheita simultaneamente.

Outro gargalo logístico ocorre na travessia do Rio Tocantins, onde a ponte Juscelino Kubitschek (foto), que desabou em dezembro, ainda aguarda reconstrução. Enquanto isso, o transporte de passageiros entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) é realizado por barcos, medida emergencial adotada pelo governo estadual. A ausência de uma alternativa rodoviária eficiente impacta diretamente a mobilidade de caminhoneiros e produtores que dependem dessa rota.

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Para amenizar os efeitos da deterioração das estradas, prefeituras e governos estaduais intensificam ações de recuperação emergencial. A abertura de novas cascalheiras e a mobilização de maquinário pesado são estratégias para garantir melhores condições de trafegabilidade no período crítico da safra.

A infraestrutura de transportes segue como um dos maiores desafios para o escoamento da produção agropecuária brasileira. A necessidade de investimentos contínuos, aliada a um planejamento logístico eficiente, é fundamental para evitar gargalos que impactam a competitividade do setor. As concessões rodoviárias, embora representem avanços, precisam ser acompanhadas por iniciativas complementares, como a ampliação de corredores ferroviários e hidroviários, que possam oferecer alternativas mais sustentáveis e eficientes ao agronegócio nacional.

A expectativa é que as ações em andamento contribuam para a modernização da infraestrutura de transportes, garantindo maior segurança e eficiência para o escoamento da safra e fortalecendo a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado global.

Fonte: Pensar Agro

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Brasil teve aumento nas exportações de suínos reprodutores em 2024

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O Brasil registrou um crescimento significativo nas exportações de suínos reprodutores de raça pura em 2024. De acordo com o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) nesta quinta-feira (06.02), o país alcançou uma receita de R$ 5,08 milhões, marcando um aumento de 5,2% em comparação com o ano anterior.

Os estados brasileiros que mais se destacaram nas exportações de suínos reprodutores foram São Paulo, Paraná e Minas Gerais. São Paulo liderou o ranking com 44% das exportações, seguido pelo Paraná, que representou 37%, e Minas Gerais com 19%. O principal destino dos suínos brasileiros foi o Paraguai, responsável por 40,7% das vendas, seguido de perto pela Argentina com 40,2%. Outros mercados relevantes para os suínos reprodutores foram o Uruguai (17%) e a Bolívia (2,1%).

Dentre os estados exportadores, o Paraná se destacou por ser o único a exportar para todos os países compradores. O estado foi o maior fornecedor para o Paraguai, Uruguai e Bolívia. São Paulo, por sua vez, liderou as exportações para a Argentina, enquanto Minas Gerais destinou suas exportações exclusivamente ao Paraguai.

Enquanto as exportações de suínos reprodutores cresceram, as importações no Brasil apresentaram uma queda acentuada de 50% em 2024. O valor das importações passou de R$ 31,7 milhões para R$ 15,6 milhões. Os estados que mais importaram suínos reprodutores foram São Paulo (40%), Minas Gerais (31%) e Paraná (30%). Os principais fornecedores para o Brasil foram os Estados Unidos, Canadá, França, Dinamarca e Noruega.

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A redução nas importações reflete o fortalecimento da genética do rebanho nacional e o crescente reconhecimento da qualidade dos suínos reprodutores brasileiros no mercado internacional. O Brasil, que é um dos maiores produtores e exportadores de carne suína do mundo, tem investido fortemente em aprimoramento genético, o que contribui para a valorização das exportações no exterior.

A suinocultura brasileira tem ganhado destaque no cenário global, especialmente pela sua capacidade de atender às demandas específicas dos mercados internacionais. A valorização dos suínos reprodutores no exterior, somada ao investimento contínuo no aprimoramento genético, coloca o Brasil em uma posição estratégica no comércio global.

Os resultados positivos também refletem o esforço da indústria para atender às exigências dos mercados mais exigentes, como os países da América Latina. O Paraguai, por exemplo, tem se mostrado um importante parceiro comercial, representando uma fatia significativa das exportações brasileiras. Além disso, a presença do Brasil em mercados como Argentina, Uruguai e Bolívia demonstra a força e a competitividade do setor, que continua a se expandir e a se consolidar.

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A busca por maior sustentabilidade e inovação continua sendo uma prioridade no setor, com a adoção de práticas mais eficientes no manejo do rebanho e na utilização de tecnologias que visam aumentar a produtividade e reduzir impactos ambientais. Além disso, a suinocultura brasileira segue como um importante motor da economia agrícola, com uma contribuição significativa para as exportações do país e o fortalecimento da balança comercial.

Com um cenário promissor pela frente e o mercado internacional cada vez mais receptivo aos produtos brasileiros, a suinocultura brasileira tem tudo para continuar ampliando suas exportações e mantendo sua competitividade no mercado global.

Fonte: Pensar Agro

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Brasil terá primeira concessão hidroviária no Rio Paraguai

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O Brasil está prestes a inaugurar sua primeira concessão hidroviária, referente à Hidrovia do Rio Paraguai, que abrange um trecho de 600 km entre Corumbá e Porto Murtinho, no sul de Mato Grosso do Sul.

O projeto prevê um investimento inicial de R$ 63,9 milhões nos primeiros cinco anos, com foco na infraestrutura e segurança da navegação. A concessão, com duração de 15 anos e possibilidade de prorrogação, visa melhorar a logística de transporte, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a eficiência no escoamento da produção local.

O Brasil possui uma extensa rede hidrográfica, com aproximadamente 63 mil quilômetros de rios, dos quais cerca de 27 mil quilômetros são navegáveis. No entanto, apenas 19 mil quilômetros são utilizados para o transporte comercial de cargas e passageiros, representando cerca de 30% do potencial disponível.

O modal hidroviário é responsável por uma parcela significativa do escoamento da produção agrícola nacional. Estima-se que aproximadamente 25% das exportações de grãos, como soja e milho, sejam transportadas por hidrovias, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. A Hidrovia do Rio Paraguai, por exemplo, desempenha um papel crucial no escoamento de commodities agrícolas, conectando áreas produtoras a portos de exportação.

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Com a concessão, a previsão é de um aumento expressivo na movimentação de cargas, podendo atingir entre 25 e 30 milhões de toneladas anuais até 2030. Essa concessão da Hidrovia do Rio Paraguai representa um passo importante para a modernização da logística de transporte no Brasil, podendo servir de modelo para futuras concessões hidroviárias no país. A iniciativa busca impulsionar o desenvolvimento de uma malha de transporte mais eficiente e sustentável, reduzindo custos logísticos para o agronegócio e a indústria.

O modelo de concessão proposto pode servir de referência para outras hidrovias, impulsionando investimentos privados e reduzindo custos logísticos para o agronegócio e a indústria. Os próximos passos para a concessão incluem a realização de uma consulta pública no primeiro trimestre, o envio do projeto ao Tribunal de Contas da União (TCU) no segundo trimestre e a realização do leilão no quarto trimestre.

Fonte: Pensar Agro

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