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Há quem acredite que a Mercedes trabalha para o campeão ser Rosberg

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Nem todos creem que as dificuldades de Hamilton são apenas resultado do acaso

Pronto, agora para muitos fãs da F1 a coisa ficou totalmente clara: a substituição do câmbio no carro de Lewis Hamilton no GP da China, levando-o a perder cinco colocações no grid, faz parte de uma conspiração da Mercedes para que este ano o campeão seja o seu companheiro, Nico Rosberg, vice de Hamilton em 2014 e 2015.

Nem todos acreditam que as dificuldades de Hamilton não apenas nas duas etapas do campeonato em curso, Austrália e Bahrein, como nas três seguintes ao título de 2015, México, Brasil e Abu Dabi, todas vencidas por Rosberg, são apenas o resultado do acaso. Seria muita coincidência.

Lewis Hamilton, Nico Rosberg, Lewis Hamilton, GP do Bahrein, Fórmula 1 (Foto: AP)Lewis Hamilton, Nico Rosberg, Lewis Hamilton, GP do Bahrein, Fórmula 1 (Foto: AP)

Quando Hamilton deixar os boxes nesta quinta-feira, às 23 horas, no primeiro treino livre do GP da China, terceiro do calendário, saberá que na melhor das hipóteses vai largar, domingo, na sexta colocação no grid. O grupo de técnicos coordenados por Paddy Lowe, diretor técnico da Mercedes, concluiu, depois da prova de Bahrein, dia 3, que o câmbio do seu Mercedes W07 Hybrid apresentava desgaste não esperado.

Provavelmente a causa foi a maneira como Hamilton teve de pilotar na corrida disputada em Sakhir, ao ser atingido na primeira curva pela Williams de Valtteri Bottas. O choque danificou os defletores laterais, criando assimetrias aerodinâmicas no W07 Hybrid. Como nos 5.451 metros do traçado de 16 curvas do Circuito Internacional de Xangai as ultrapassagens são possíveis, Lowe orientou a troca do câmbio, a fim de reduzir os riscos de um abandono.

O fato é que, ao menos na teoria, Rosberg tem no fim de semana chances de ampliar a diferença para Hamilton na classificação do campeonato. O alemão soma 50 pontos das duas vitórias e Hamilton, 33, do segundo lugar em Melbourne e o terceiro em Bahrein. O terceiro colocado é Daniel Ricciardo, da RBR, com 24.

Acidente Hamilton X Bottas GP do Bahrein 2016 Fórmula 1 (Foto: Getty Images)Acidente Hamilton X Bottas no GP do Bahrein de 2016 (Foto: Getty Images)

Logo depois dos primeiros testes da pré-temporada, em fevereiro, no Circuito da Catalunha, em Barcelona, já havia quem dissesse que 2016 seria o ano de Rosberg na F1. Mais maduro por disputar dois campeonatos ao lado de Hamilton e tendo realizado um trabalho científico na sua evolução como piloto, seria um adversário mais difícil de ser superado.

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Mas além de Rosberg ter crescido, em todas as áreas, a Mercedes teria mais interesse em vê-lo campeão a Hamilton. Para a escuderia, se Rosberg conquistar o título, a opinião pública entenderia não ser necessário um piloto supertalentoso, como o inglês, para ser campeão com a Mercedes. Mesmo um bom piloto, tenaz, inteligente, seria capaz de ganhar o Mundial, tal a excelência do chassi, da unidade motriz e da eficiência geral de operações do grupo da Mercedes.

Tudo isso não passa de uma reação natural de parte da torcida depois de Hamilton ser campeão duas vezes seguidas e a Mercedes continuar dispondo do melhor equipamento no compromisso potência e confiabilidade. Mas na realidade é difícil imaginar que as lideranças da Mercedes, Toto Wolff e Niki Lauda, ambos ex-pilotos, possam privilegiar um piloto em detrimento do outro. A prudência recomenda, no entanto, não dizer “jamais acontecerá”, apenas ser pouco provável.

Toto Wolff, chefe da Mercedes, e Niki Lauda, diretor não-executivo da equipe, na Malásia (Foto: Getty Images)Toto Wolff, chefe da Mercedes, e Niki Lauda, diretor não-executivo da equipe, na Malásia (Foto: Getty Images)

Desde a introdução da tecnologia híbrida na F1, em 2014, a Mercedes domina a competição. Ganhou os quatro títulos disputados, dois de pilotos com Hamilton e os dois de construtores. O inglês e Rosberg venceram 16 das 19 etapas nas duas temporadas já realizadas.

Este ano, Hamilton não largou bem nos dois GPs. Essa é a maior causa de estar 17 pontos atrás de Rosberg na classificação. É verdade, também, que o alemão não tem contrato para 2017 e está reunindo todas as suas forças para disputar um grande campeonato.

Rosberg deseja um novo contrato e sabe que este ano poderá ser o seu último com elevadas possibilidades de conquistar o primeiro título. Com a mudança radical no regulamento, em 2017, não há nenhuma garantia de que a Mercedes conseguirá se impor sobre Ferrari e RBR, por exemplo, como tem feito desde 2014.

Apesar de o histórico de Wolff e Lauda sugerir não haver teoria da conspiração em favor de Rosberg ser campeão este ano, como explicar que depois do GP dos EUA, em outubro, Hamilton viu o companheiro celebrar a vitória nas cinco corridas disputadas, as três de 2015 e as duas desta temporada?

‘Hamilton foi favorecido’

Os adeptos da hipótese de a Mercedes desejar ver Rosberg ganhar o campeonato se apegam, ainda, a sua suspeita de o time alemão ter, talvez, favorecido Hamilton até 2015. Na prova decisiva de 2014, por exemplo, em Abu Dabi, uma inesperada perda de potência impediu Rosberg, depois de largar na pole position, de lutar com Hamilton pela vitória e o título. Enquanto o inglês venceu, Rosberg recebeu a bandeirada em 14.º, com uma volta a menos do companheiro.

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No ano passado, no GP da Rússia, 15.º do calendário, Rosberg largou na pole position, liderava e ainda na sétima volta começou a perder potência. Foi ultrapassado por Hamilton e depois abandonou. Isso criou o primeiro match point para o inglês, na prova seguinte, em Austin, nos Estados Unidos. E Hamilton o aproveitou.

Lewis Hamilton passa Nico Rosberg no GP da Rússia (Foto: Getty Images)Lewis Hamilton passa Nico Rosberg no GP da Rússia (Foto: Getty Images)

O que poucos se lembram é que a vitória veio por causa de um erro de Rosberg. Na 48.ª volta, a oito do fim, o alemão, líder, rodou e Hamilton o ultrapassou. A vitória lhe garantiu o bicampeonato, terceiro título da brilhante carreira. Não há nenhum indício de que Rosberg foi prejudicado pela equipe. Ele mesmo reconheceu, mais tarde, “cometi um erro”.

As cinco vitórias seguidas de Rosberg, desde a prova de Austin, podem ser explicadas também, em parte, pelas duas más largadas de Hamilton este ano, como mencionado, e em 2015 à natural perda de foco do inglês em seguida a celebrar o segundo título pela Mercedes no GP dos EUA. Nunca é demais lembrar que se um piloto for alguns milésimos de segundo mais lento do que vinha sendo, algo quase imperceptível, já é suficiente para a diferença no trabalho aparecer.

É tudo muito no limite na F1

Para quem aprecia assistir a uma corrida com ultrapassagens e o vencedor só ser definido próximo da bandeirada, a punição a Hamilton representa quase a garantia de que a prova não deverá ser monótona. O esperado avanço do inglês ao longo das 56 voltas do GP da China já é uma das atrações da competição, somada a grande variedade de estratégias que a disputa vai ter diante da diferença no número de jogos de pneus escolhido pelos pilotos.

A Pirelli levou para o Circuito Internacional de Xangai os pneus médios, macios e supermacios, estes pela primeira vez na pista chinesa. Não devem resistir mais de cinco voltas. A exemplo do que a F1 apresentou em Melboure e Sakhir, na China também as equipes vão adotar estratégias bem distintas, gerando as incertezas que a FIA tanto deseja para a F1.

INFO formula 1 Circuito China (Foto: Editoria de Arte)
Horários - GP da China de Fórmula 1 (Foto: Divulgação)
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A urgente necessidade de um Plano Safra comprometido com a realidade do campo

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Em um contexto de incertezas climáticas, alta nos custos de produção e queda nos preços das commodities, o agronegócio brasileiro enfrenta desafios gigantescos. Recentemente, a deputada federal cuiabana, Rúbia Fernanda Diniz Robson Santos de Siqueira, mais conhecida como Coronel Fernanda (foto), publicou um importante artigo no site da Câmara dos Deputados, no qual denuncia a situação de abandono em que se encontram os produtores rurais do Brasil. No texto, ela destaca a importância do setor agropecuário para a economia nacional, afirmando que “o Brasil que dá certo começa no campo”, mas que, infelizmente, o que se observa hoje é um cenário de desamparo por parte das políticas públicas. O que ela descreve, Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), endossa completamente.

Conforme apontado pela deputada, o Plano Safra deveria ser uma política robusta de apoio ao campo, mas se transformou em uma plataforma de discursos ideológicos, sem compromisso real com a realidade do agro brasileiro. Rezende concorda com essa análise, afirmando que “o Plano Safra, tal como está, não oferece segurança ou suporte ao produtor rural, e é exatamente essa falta de apoio que coloca em risco a sustentabilidade da nossa produção agrícola”.

A situação do seguro rural, outro ponto mencionado pela deputada, é um exemplo claro dessa falha do governo. Como ela bem coloca, a “falta de recursos para o seguro rural é uma tragédia anunciada”, e isso só agrava os riscos enfrentados pelos produtores. Rezende reforça essa preocupação, destacando que o pequeno e médio produtor, que já não tem acesso às grandes estruturas financeiras ou ao capital estrangeiro, acaba sendo o mais prejudicado. “Sem um seguro adequado, sem crédito acessível, o produtor está à mercê de fatores que estão fora do seu controle, como as condições climáticas e as flutuações de mercado”, observa Rezende.

Isan Rezende, presidente do IA

Outro ponto importante citado pela deputada é a insistência do governo em empurrar o agronegócio para o mercado de capitais, com soluções que, embora funcionem em nichos específicos, não atendem à grande maioria dos produtores brasileiros. Coronel Fernanda critica o que chamou de “financeirização do campo”, uma estratégia que pode agradar a investidores internacionais, mas que não resolve os problemas concretos das regiões produtoras do Brasil, que lidam com seca, excesso de chuvas, pragas e falta de infraestrutura básica. Rezende, compartilhando dessa crítica, acrescenta: “A realidade do produtor rural brasileiro é bem diferente da visão que o governo tem do setor. A financeirização do campo pode ser uma solução para alguns, mas não resolve os problemas de quem está na linha de frente da produção”.

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Além disso, a questão da segurança jurídica, outro ponto levantado por Rúbia Fernanda, é essencial para garantir a estabilidade do setor. Ameaças de novas demarcações, morosidade na regularização fundiária e a imposição de moratórias sem diálogo apenas ampliam a incerteza no campo, afastando investimentos. “A falta de uma segurança jurídica clara é um dos maiores obstáculos para o crescimento do agronegócio”, aponta Rezende. “Sem um ambiente estável e previsível, o setor não pode se expandir de forma sustentável”, completa.

Isan Rezende também concorda com a deputada no que se refere à necessidade de uma reforma no Plano Safra 2025/2026. O plano precisa ser mais do que uma “peça publicitária”, como menciona Fernanda, para agradar a organismos multilaterais. O presidente do IA reforça que “o agro não é vilão. Pelo contrário, é o herói da economia nacional”. Ele destaca que é preciso tratar o produtor rural com o respeito e a seriedade que ele merece, criando políticas públicas que o enxerguem como parceiro e não como inimigo.

No final de seu artigo, a deputada Coronel Fernanda deixa claro que “o campo pede socorro”. E Isan Rezende faz um chamado similar: “É hora de parar de brincar com o futuro do Brasil. O agronegócio não pode continuar sendo tratado com indiferença. O campo exige políticas públicas que realmente apoiem o produtor rural brasileiro”.

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O presidente do IA conclui com um alerta: “O agronegócio brasileiro está pronto para continuar a sua contribuição para o país, mas para isso, precisa de um Plano Safra que ofereça crédito acessível, seguro rural fortalecido e, acima de tudo, segurança jurídica. Só assim conseguiremos enfrentar os desafios e continuar sendo a potência agrícola que o Brasil precisa ser”.

Fonte: Pensar Agro

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Déficit de chuvas ameaça lavouras e preocupa agricultores em pleno ciclo produtivo

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A irregularidade das chuvas nas principais regiões agrícolas do Brasil está deixando o produtor em alerta, especialmente quem apostou na segunda safra de milho. Relatório divulgado nesta semana pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostra que a estiagem voltou a comprometer o ritmo das lavouras em estados como Mato Grosso do Sul e Paraná, onde os volumes de chuva variaram entre 1 e 10 milímetros — e, em muitos pontos, sequer foram registrados.

No Mato Grosso, maior produtor de milho do Brasil, até choveu um pouco mais: algumas áreas chegaram a receber 50 milímetros. Mas o acumulado desde o início do ano ainda está abaixo do esperado, alcançando apenas 73% da média histórica. Isso significa menos umidade no solo num período crítico para o desenvolvimento das plantas.

A situação é ainda mais preocupante no Sul do país. No Paraná, o milho se desenvolve com dificuldade, enquanto no Rio Grande do Sul a seca tem castigado o campo por meses. Segundo o boletim, as chuvas na região sul representaram só 60% do volume considerado normal. Essa escassez hídrica pode comprometer seriamente a produtividade da safrinha, que hoje responde por mais de 30% de toda a produção nacional de milho.

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Apesar disso, um fator vem ajudando a conter os prejuízos: as temperaturas mais amenas registradas nos últimos dias. Com o clima menos quente, a evaporação da pouca umidade presente no solo foi reduzida, o que tem amenizado um pouco o estresse das lavouras em algumas áreas.

No Rio Grande do Sul, embora a seca ainda preocupe, chuvas entre 25 e 50 milímetros chegaram nos últimos dias e deram um pequeno alívio ao campo. A melhora na umidade é vista como um sinal positivo, especialmente para o plantio do trigo, que deve começar nas próximas semanas.

O cenário, no entanto, ainda é de cautela. O produtor está de olho no céu, acompanhando a previsão do tempo e avaliando os próximos passos com atenção. Com os custos de produção em alta e margens apertadas, cada milímetro de chuva (ou a falta dele) pode fazer toda a diferença no resultado final da safra.

Fonte: Pensar Agro

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