Destaque
Ex-deputado de MT é condenado a devolver R$ 3,2 mi por “mensalinho”
O valor a ser ressarcido deverá ser atualizado com juros e correção monetária
Lucielly Melo | Ponto na Curva
O ex-deputado estadual Luiz Marinho de Souza Botelho foi condenado a ressarcir R$ 3,2 milhões aos cofres públicos por receber suposta propina na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, esquema que ficou conhecido como “mensalinho”.
A sentença, publicada nesta segunda-feira (27), foi proferida pela juíza Célia Regina Vidotti, da Vara Especializada em Ações Coletivas.
Conforme a decisão, o valor deverá ser ressarcido com juros e correção monetária.
Luiz Marinho foi acusado de receber vantagem ilícita durante seu mandato como parlamentar, entre 2011 e 2015. O “mensalinho”, segundo relatou o Ministério Público, era pago a deputados estaduais com recursos desviados de contratos simulados mantidos pela ALMT com empresas de diversos ramos, a fim de que os projetos do governo estadual fossem aprovados na Casa de Leis.
A ação teve como base as delações premiadas do ex-presidente da Assembleia, José Geraldo Riva, e do ex-governador Silval Barbosa.
Para se defender, o ex-deputado alegou que nem as acusações e nem as declarações dos delatores foram comprovadas nos autos. Contudo, a tese foi rechaçada pela magistrada.
Ao longo da sentença, Vidotti reconheceu a importância das declarações de Riva e de Silval, já que as delações foram corroboradas por outras provas.
“As colaborações das testemunhas José Geraldo Riva e Silval da Cunha Barbosa, se mostraram de suma importância, para possibilitar o rompimento desta sofisticada e influente “organização”, envolvendo o Poder Executivo e o Poder Legislativo do Estado de Mato Grosso, os quais relataram o pagamento de propina aos deputados estaduais, conhecido como “mensalinho”, entre os anos de 2005 e 2015, dando informações que guardam total consonância e harmonia com as planilhas; os supostos recebimentos de matérias gráficos; especialmente em relação ao requerido Luiz Marinho e demais elementos de prova”, frisou a juíza.
Além disso, a juíza destacou a quantidade excessiva de materiais para o gabinete do ex-parlamentar – que era uma característica do esquema para dar legalidade aos desvios – fato que, segundo ela, só reforça os depoimentos dos colaboradores.
“Não é crível que o requerido, pessoa esclarecida e com experiência política, não tivesse conhecimento da origem ilícita dos valores que recebia mensalmente, muito acima de sua remuneração regular como deputado estadual. O próprio colaborador José Geraldo Riva afirmou que todos os deputados que recebiam o “mensalinho” tinham pleno conhecimento do esquema e participavam ativamente dele, inclusive, atestando falsamente o recebimento de materiais que não eram efetivamente entregues, a fim de dar suporte aos pagamentos”, ainda reforçou a magistrada.
Nos autos, Botelho chegou a alegar que sofreu AVC no início do seu mandato e que, por isso, ficou afastado por um período considerável, situação que dificultaria a participação no esquema investigado.
O argumento foi rejeitado pela juíza. É que Riva afirmou que mesmo afastado, Botelho continuou recebendo o mensalinho.
“Ademais, mesmo após seu retorno, o requerido continuou exercendo seu mandato parlamentar, participando de sessões plenárias e de comissões (…). Se o requerido tinha condições de exercer seu mandato parlamentar, ainda que com limitações, também tinha condições de compreender a ilicitude dos valores que recebia mensalmente a título de “mensalinho”.
Desta forma, Vidotti julgou procedente o pedido de condenação.
VEJA ABAIXO A SENTENÇA NA ÍNTEGRA:
SENTENÇA – LUIZ MARINHO BOTELHO – MENSALINHO.pdf
Cáceres e Região
Cáceres será palco da 1ª edição da COP Pantanal na próxima segunda-feira (10)

Danielle Tavares | Unemat
A cidade de Cáceres vai ser sede da 1ª edição da COP Pantanal – Saberes e Ações pelo Clima, um encontro inédito que busca promover debates nacionais e internacionais sobre as mudanças climáticas, entre 10 e 12 de novembro. Acesse aqui a programação completa. O evento é organizado pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP) e pelo Impact Hub.
Mais de 1.500 pessoas já se inscreveram para participar das atividades, que incluem palestras, oficinas, painéis de debate, audiência pública e a construção coletiva da Carta do Pantanal, documento que reunirá compromissos, demandas e propostas regionais para dialogar diretamente com a agenda climática da 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP30, que será realizada em Belém, no Pará.
A programação também integra eventos satélites, como o Hackathon do Clima, a COP Pantanal Mirim, a Semana de Biologia da Unemat (SEMABIO) e a Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFMT (Jenpex).
Ao sediar a COP Pantanal, Mato Grosso reforça sua posição como protagonista nas agendas ambientais e insere a região no roteiro das negociações climáticas globais, permitindo que as vozes pantaneiras dialoguem diretamente com líderes e tomadores de decisão da COP30.
“O objetivo é promover um grande encontro integrador entre comunidades tradicionais, escolas, movimentos sociais e os setores público e privado, com o propósito de fortalecer o diálogo plural e colaborativo sobre as mudanças climáticas, a justiça ambiental e a valorização dos territórios pantaneiros como protagonistas na construção de soluções sustentáveis no contexto da agenda climática global representada pela COP30”, explicou o organizador-geral da COP Pantanal e professor da Unemat, Ernandes Sobreira.
Serviço
Datas: 10 a 12 de novembro, das 8h às 22h
Local: Auditório Maria Sophia Leite, na SEMATUR, Cáceres
Realização: Unemat, IFMT, Instituto nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP) e Impact Hub.
Informações: Danielle Tavares, assessora (65) 99660-2403.
Cáceres e Região
OPERAÇÃO MANUS LEGIS – Polícia Civil cumpre 24 mandados contra membros de facção criminosa atuante em Cáceres

Assessoria | Polícia Civil – MT
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nesta sexta-feira (7.11), em Cáceres, a Operação Manus Legis, com o objetivo de desarticular pontos de apoio e estruturas logísticas de criminosos ligados a facções que atuam na região. Foram cumpridos 24 mandados, sendo 12 de busca e apreensão e 12 de quebra de sigilo telefônico, decretados pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres, com parecer favorável do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
As ordens judiciais foram expedidas após investigações conduzidas pela Delegacia de Polícia de Cáceres, que identificaram pontos na zona urbana e rural do município utilizados como base de apoio e refúgio por integrantes da facção criminosa.
Prisões e Apreensões
A operação Manus Legis resultou na prisão em flagrante de 4 faccionados e na apreensão de 6 armas de fogo, um simulacro de arma de fogo, um veículo, entorpecentes, dinheiro e materiais de uso exclusivo das forças de segurança.
Durante a ação, um quinto suspeito resistiu à abordagem e reagiu contra os policiais, o que resultou em troca de tiros. Ele foi socorrido e encaminhado para atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Todo material apreendido foi levado junto com os quatro suspeitos à Delegacia de Cáceres. Os conduzidos foram interrogados e autuados em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse ilegal de arma de fogo e organização criminosa.
Conforme o delegado de Cáceres, Mauro Arruda de Moura Apoitia, a ação representa um importante marco no combate a crimes na região de fronteira e divisa com a Bolívia, e tem como objetivo enfraquecer e descapitalizar o crime organizado e obter provas que sustentem futuras responsabilizações penais.

“A Polícia Civil realiza um trabalho investigativo contínuo, técnico e comprometido, sempre em defesa da sociedade. O crime não compensa, e a lei sempre prevalece e alcança aqueles que tentam desafiar o Estado Mato Grosso que é tolerância é zero contra a criminalidade”, disse o delegado.
Integração
A Polícia Civil reforça a importância da participação da população por meio de denúncias. As informações repassadas pelos cidadãos têm se mostrado fundamentais para localizar criminosos, identificar rotas do tráfico e desarticular organizações criminosas.
“É a união entre a sociedade e as forças de segurança que garante resultados como este”, acrescentou o delegado Mauro Apoitia.
Trabalho Operacional
Participaram do trabalho operacional 60 policiais civis das delegacias da Regional de Cáceres com apoio tático da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), e suporte aéreo do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), garantindo precisão e segurança nas incursões.

Nome da Operação
“Manus Legis” é uma expressão em latim que significa “Mãos da Lei”.
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