Cáceres e Região
Esquema de jogos de azar desarticulado pela Polícia Civil era divulgado por influenciadores e destinava 80% dos lucros para facção criminosa
Por Assessoria | Polícia Civil-MT
O esquema de uma facção criminosa para jogos de azar por meio de “raspadinhas”, comercializadas em mais de 20 cidades de Mato Grosso e desarticulado na Operação Raspadinha do Crime, deflagrada na última terça-feira (14.10), era divulgado por influenciadores digitais. Mais de 80% dos lucros arrecadados eram revertidos para o financiamento das atividades do grupo criminoso.
A engrenagem criada pela facção criminosa foi desarticulada após investigações conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil de Mato Grosso, em conjunto com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco).
As investigações identificaram que os faccionados instalaram núcleos regionais nas cidades onde eram revendidas as raspadinhas, coordenados pelos próprios integrantes do grupo criminoso, chamados de “irmãos da facção”, responsáveis diretos pelos pontos, que eram identificados como “quebradas”.
Parte dos envolvidos no esquema atuava como influenciadores digitais e pequenos empreendedores, promovendo os jogos em redes sociais e propagando a falsa ideia de que se tratava de uma ação promocional legítima.
Funcionamento do esquema
Foram identificados membros do grupo que desempenhavam funções cruciais para a sustentação da atividade ilícita, atuando na distribuição dos bilhetes aos comércios e efetuando a arrecadação dos valores, além de promover o controle contábil, a prestação de contas e a remessa dos valores ao núcleo superior.
A divisão dos lucros seguia a seguinte proporção: 10% ficavam com o distribuidor local (irmão da quebrada), 10% eram repassados ao comerciante revendedor e os 80% restantes eram encaminhados ao núcleo financeiro da facção, pelos “irmãos” que realizavam a transferência para a conta “laranja” indicada após o fechamento mensal.
Também era função dos “irmãos” intimidar os comerciantes, ou até mesmo acionar a “disciplina” da facção, sempre que houvesse descumprimento das normas ou ameaças à regularidade do “projeto”. Assim, os núcleos regionais e locais constituíam a base territorial da estrutura criminosa, assegurando sua capilaridade, lucratividade e a manutenção da ordem imposta pela facção.
Divulgação do projeto
A primeira publicação oficial da “Raspa Brasil” ocorreu em 23 de março de 2025, por meio do perfil no Instagram criado especificamente para divulgação do projeto, e percebeu-se, em seguida, o crescimento exponencial do seu alcance no interior do estado.
Para divulgação e expansão da atividade ilícita, a facção criminosa utilizava influenciadores digitais, inclusive menores de idade, que eram recrutados para divulgar os bilhetes nas redes sociais, criando uma narrativa de normalidade, sorte e êxito financeiro.
Diversos jovens, com grande número de seguidores nas redes sociais, foram cooptados pelo grupo criminoso para divulgar vídeos de supostos prêmios, normalizando a prática e expandindo o alcance da “marca” em toda a internet. Comerciantes e donos de bares e distribuidoras também atuavam na divulgação e expansão do produto no estado.
Uma jovem influencer se identificava como “representante” do projeto, responsável por gravar dezenas de vídeos promovendo o jogo e associando sua imagem à iniciativa. A estratégia buscava reduzir a percepção de ilicitude, mascarar o vínculo com o crime organizado e ampliar a aceitação social do produto, convertendo um mecanismo de financiamento da facção em uma suposta ação promocional legítima.
Distribuição das raspadinhas e prêmios
As remessas de raspadinhas eram enviadas por transportadoras comuns, acompanhadas de notas de carga simuladas para disfarçar o conteúdo dos malotes. A unidade era comercializada pelo valor de R$ 5, com promessas de premiação de até R$ 50 mil.
O pagamento de prêmios era realizado por meio de um QR Code, que direcionava os ganhadores a um número de WhatsApp, onde ocorria a comunicação direta para o resgate dos supostos prêmios.
Apesar dos valores prometidos, não foi identificado, no material apreendido durante diversas ações e operações da Polícia Civil, nenhum prêmio superior a R$ 100.
Cáceres e Região
Cáceres será palco da 1ª edição da COP Pantanal na próxima segunda-feira (10)

Danielle Tavares | Unemat
A cidade de Cáceres vai ser sede da 1ª edição da COP Pantanal – Saberes e Ações pelo Clima, um encontro inédito que busca promover debates nacionais e internacionais sobre as mudanças climáticas, entre 10 e 12 de novembro. Acesse aqui a programação completa. O evento é organizado pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP) e pelo Impact Hub.
Mais de 1.500 pessoas já se inscreveram para participar das atividades, que incluem palestras, oficinas, painéis de debate, audiência pública e a construção coletiva da Carta do Pantanal, documento que reunirá compromissos, demandas e propostas regionais para dialogar diretamente com a agenda climática da 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP30, que será realizada em Belém, no Pará.
A programação também integra eventos satélites, como o Hackathon do Clima, a COP Pantanal Mirim, a Semana de Biologia da Unemat (SEMABIO) e a Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFMT (Jenpex).
Ao sediar a COP Pantanal, Mato Grosso reforça sua posição como protagonista nas agendas ambientais e insere a região no roteiro das negociações climáticas globais, permitindo que as vozes pantaneiras dialoguem diretamente com líderes e tomadores de decisão da COP30.
“O objetivo é promover um grande encontro integrador entre comunidades tradicionais, escolas, movimentos sociais e os setores público e privado, com o propósito de fortalecer o diálogo plural e colaborativo sobre as mudanças climáticas, a justiça ambiental e a valorização dos territórios pantaneiros como protagonistas na construção de soluções sustentáveis no contexto da agenda climática global representada pela COP30”, explicou o organizador-geral da COP Pantanal e professor da Unemat, Ernandes Sobreira.
Serviço
Datas: 10 a 12 de novembro, das 8h às 22h
Local: Auditório Maria Sophia Leite, na SEMATUR, Cáceres
Realização: Unemat, IFMT, Instituto nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP) e Impact Hub.
Informações: Danielle Tavares, assessora (65) 99660-2403.
Cáceres e Região
OPERAÇÃO MANUS LEGIS – Polícia Civil cumpre 24 mandados contra membros de facção criminosa atuante em Cáceres

Assessoria | Polícia Civil – MT
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nesta sexta-feira (7.11), em Cáceres, a Operação Manus Legis, com o objetivo de desarticular pontos de apoio e estruturas logísticas de criminosos ligados a facções que atuam na região. Foram cumpridos 24 mandados, sendo 12 de busca e apreensão e 12 de quebra de sigilo telefônico, decretados pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres, com parecer favorável do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
As ordens judiciais foram expedidas após investigações conduzidas pela Delegacia de Polícia de Cáceres, que identificaram pontos na zona urbana e rural do município utilizados como base de apoio e refúgio por integrantes da facção criminosa.
Prisões e Apreensões
A operação Manus Legis resultou na prisão em flagrante de 4 faccionados e na apreensão de 6 armas de fogo, um simulacro de arma de fogo, um veículo, entorpecentes, dinheiro e materiais de uso exclusivo das forças de segurança.
Durante a ação, um quinto suspeito resistiu à abordagem e reagiu contra os policiais, o que resultou em troca de tiros. Ele foi socorrido e encaminhado para atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Todo material apreendido foi levado junto com os quatro suspeitos à Delegacia de Cáceres. Os conduzidos foram interrogados e autuados em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse ilegal de arma de fogo e organização criminosa.
Conforme o delegado de Cáceres, Mauro Arruda de Moura Apoitia, a ação representa um importante marco no combate a crimes na região de fronteira e divisa com a Bolívia, e tem como objetivo enfraquecer e descapitalizar o crime organizado e obter provas que sustentem futuras responsabilizações penais.

“A Polícia Civil realiza um trabalho investigativo contínuo, técnico e comprometido, sempre em defesa da sociedade. O crime não compensa, e a lei sempre prevalece e alcança aqueles que tentam desafiar o Estado Mato Grosso que é tolerância é zero contra a criminalidade”, disse o delegado.
Integração
A Polícia Civil reforça a importância da participação da população por meio de denúncias. As informações repassadas pelos cidadãos têm se mostrado fundamentais para localizar criminosos, identificar rotas do tráfico e desarticular organizações criminosas.
“É a união entre a sociedade e as forças de segurança que garante resultados como este”, acrescentou o delegado Mauro Apoitia.
Trabalho Operacional
Participaram do trabalho operacional 60 policiais civis das delegacias da Regional de Cáceres com apoio tático da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), e suporte aéreo do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), garantindo precisão e segurança nas incursões.

Nome da Operação
“Manus Legis” é uma expressão em latim que significa “Mãos da Lei”.
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