
O
América-MG corre contra o tempo. Quase no fim do primeiro turno do Campeonato
Brasileiro e um dia após a chegada de cinco reforços, o clube apresentou o novo treinador: Enderson Moreira. O principal desafio é tirar o time da lanterna do Campeonato Brasileiro e, depois, da zona de rebaixamento.
Enderson Moreira, que foi para campo orientar o primeiro trabalho logo após a apresentação oficial, se mostrou disposto a utilizar os reforços já no primeiro compromisso do time sob o comando dele: segunda-feira, contra o Flamengo, às 20h (de Brasília), em Cariacica-ES. Mas observou que vai analisar caso a caso e esperar que todos estejam regularizados junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
– Ainda
vou me inteirar. Vai ser uma coisa muito rápida, estamos aguardando, temos
tempo até segunda. Tempo hábil para poder regularizar os jogadores, e vamos
aguardar. Acho que uma coisa que pode limita-los é o treinamento, a parte
física. Temos que verificar se tem condições físicas de participar do
jogo e, caso contrário, ter paciência para esperar que entrem da melhor forma
possível.
Resquícios do antecessor
Enderson
Moreira garantiu que continuará com alguns dos aspectos usados pelo antecessor, Sérgio Vieira. Mas avisou que
dará ao time mais características de sua comissão técnica.
– Nesse primeiro instante, tem que aproveitar o que já foi feito. Tenho
certeza que
o Sérgio já desenvolveu conceitos importantes. E, a partir de agora, tem que ter
também a cara da nova comissão técnica, a cara que acreditamos. Teremos
modificações, dentro de uma conduta. Futebol não é feito de modificações
constantes, tem que manter a mesma base. O calendário te obriga a mudar algumas
peças, por lesão, advertência ou cansaço, mas tem que ter padrão e confiança.
Com
apenas duas vitórias, dois empates e duas derrotas, o time se demonstrou muitas
vezes apressado, cometendo erros grotescos por ansiedade. Acostumado a lidar
com as categorias da base, o novo treinador falou da importância de se
trabalhar com a pressão em cima dos jogadores, que muitas vezes, mesmo com
experiência, não sabem lidar com ela.

–
Não acredito em desânimo. O que pesa nesse momento é a pressão. A pressão é
muito forte, e os jogadores são seres humanos que sentem o momento, como
os torcedores. Sabem que o trabalho e a qualidade pesam muito. Sei que estão se empenhando ao máximo. Quando as coisas dão errado, já entram
desanimado parecem que as pernas não obedecem.
Olho em 2017
Na
quarta-feira, quando o pacote de cinco reforços foi apresentado, o presidente
Racilan disse que o perfil de treinador que procuravam era alguém que começasse
com o clube neste ano, e permanecesse até 2017. Enderson
garantiu que pretende fazer este trabalho, independentemente da divisão que o
time esteja disputando.
–
Tenho objetivo claro de contribuir para que, no início de 2017, o América tenha
equipe melhor, mais forte em todos os aspectos. Não venho aqui fazer trabalho a
curto prazo, mas contribuir a longo prazo. Isso vai ser muito importante,
independentemente de Série A ou B. Tenho que aproveitar o momento de todas as
formas, para ter equipe mais forte, ter base mais alinhada, buscar boas
alternativas no mercado para ficar na Série A.
(*) Sob supervisão de Valeska Silva