Em busca de explicações para a derrota por 2 a 1 para o Flamengo, na manhã deste domingo, no Majestoso, jogadores da Ponte Preta e o técnico Eduardo Baptista apontaram os vacilos defensivos e a atuação inspirada do goleiro Alex Muralha como determinantes para o resultado negativo. Foi o segundo revés consecutivo da Macaca no Campeonato Brasileiro – antes, havia perdido por 3 a 0 para o Corinthians, em Itaquera.
Depois de um início forte, com gol de Wellington Paulista logo aos 11 minutos, a Ponte não soube aproveitar o melhor momento no jogo e cedeu o empate em um lance de infelicidade de Felipe Azevedo, que fez contra, aos 20 minutos. Ainda no primeiro tempo, João Carlos afastou mal uma cobrança de escanteio, Ravanelli não acompanhou Jorge, e o lateral-esquerdo virou. Com a expulsão de Fernandinho aos 16 minutos do segundo tempo, a Ponte foi para cima, alugou o campo de defesa do Fla, mas a pressão parou nas participações de Muralha, principalmente em chute de Felipe Azevedo, já nos acréscimos.
Brasileirão é isso: num jogo igual, ou até com domínio da Ponte, que foi soberana, duas faltas de atenção custam a derrota
Eduardo Baptista, técnico da POnte
– Dá para ressumir assim o jogo: dois erros da Ponte, dois gols do Flamengo. Tivemos um bom início, com pegada e troca de bola, como treinou, como queremos, e fizemos o gol. Mas tivemos duas bobeadas na bola parada e acabamos levando os gols. O segundo tempo foi praticamente um jogo de ataque contra defesa. Pela ansiedade, faltou rodar mais um pouco, criamos situações importantes e não fomos felizes na conclusão. O Flamengo marcou bem, e o Muralha estava em um dia inspirado. Brasileirão é isso: num jogo igual, ou até com domínio da Ponte, que foi soberana, duas faltas de atenção custam a derrota – analisou o técnico Eduardo Baptista.
Os jogadores compartilharam da visão do treinador e não esconderam a frustração com o placar final. Para o goleiro João Carlos, que admitiu o erro no segundo gol do Flamengo, a Ponte poderia ter ao menos empatado a partida.
– Não merecíamos sair com a derrota hoje. A bola não saiu como eu queria no segundo gol, mas agora é levantar a cabeça e trabalhar para a sequência da competição.
Roger lamentou descuidos da Macaca contra o Flamengo: segunda derrota seguida (Foto: Fabio Leoni/ PontePress)
– Ficamos frustrados. Em casa, não podemos perder esse jogo. Jogamos com um a mais, batalhamos o jogo inteiro. É sair de cabeça erguida. Fizemos um bom primeiro tempo, pressionamos no segundo. Nós tentamos tudo, mas não fomos felizes – completou o lateral-esquerdo Reinaldo, um dos mais irritados com Ravanelli no lance do segundo gol flamenguista.
Além das bobeadas defensivas, o atacante Roger citou a falta de capricho na “última bola” como outro problema da Macaca na partida. Por ter o domínio territorial no segundo tempo, a Ponte teve espaços para criar, mas faltou ser um pouco mais incisiva, preferindo passes curtos na povoada entrada de área do Flamengo em vez de arriscar para o gol.
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– Faltou colocar a bola para dentro. Tivemos um domínio, mas poderíamos ter caprichado mais no último passe. É melhorar, início de campeonato, estamos acertando ainda. Foram duas bolas paradas, tem de estar atento. Já há algum tempo que (bola parada) decide no futebol, e acabou fazendo a diferença hoje de novo – disse o camisa 19.
Com quatro pontos, a Ponte aparece na 15º colocação. O próximo desafio está marcado para quinta-feira, contra o América-MG, às 19h30, em Belo Horizonte. Trata-se de mais um duelo direto entre aqueles times que estão fora do grupo dos favoritos. O Coelho tem dois pontos e ocupa o 18º lugar no momento.
Fonte: Globo Esporte