
Há muito tempo que João Paulo não sabe o que é ser meia ofensivo no time do Santa Cruz. A última vez que ele exerceu a função de armar as jogadas e chegar com força ao ataque foi no dia 26 de março, no empate sem gols contra o América-PE, na Ilha do Retiro, pelo Campeonato Pernambucano. De lá para cá, com a chegada do técnico Milton Mendes, ele se tornou volante de fato – já tinha desempenhado este papel outras vezes no ano passado, mas nunca com tanta sequência. Nesta quinta-feira, diante da Ponte Preta, ele deve voltar a antiga posição.
Uma das convicções de Milton Mendes é que João Paulo é um ótimo volante. Mas deve deslocá-lo para o meio campo porque as últimas experiências não foram boas – Daniel Costa e Lelê foram os últimos testados na armação.
– Eu já falei outras vezes isso de jogar como segundo volante ou até mais adiantado. São funções que eu me sinto mais à vontade para fazer. É claro que eu tenho mais características ofensivas porque joguei a maior parte da minha carreira desse jeito. Mas cabe a Milton decidir. E o que ele optar, será melhor para nós – disse João Paulo.
O meia afirmou que o elenco não sente o peso de ter entrado na zona de rebaixamento. Para João Paulo, o que é sentido é a sequência negativa – nas últimas sete rodadas, o Santa perdeu seis e ganhou uma. Diante da Ponte Preta, será a primeira vez que o time entrará em campo estando no Z-4.
– O que pesa não é ter entrado na zona de rebaixamento, mas ter perdido seis dos últimos sete jogos. Essa sequência preocupa. Mas também temos a consciência de que não estamos jogando mal. Fizemos jogos conscientes, mas claro que o resultado é o que importa. Contra o Figueirense, até teve torcedor que vaiou, mas a gente venceu. Às vezes, é mais importante o resultado do que a própria atuação.
Para ele, a pressão que o elenco sente neste momento não é maior que a sentida no início da temporada, quando quase não se classifica na Copa do Nordeste. Na competição regional, o Santa Cruz se classificou na penúltima colocação e acabou campeão.
– Eu acho que no início do ano foi mais complicado pela expectativa que a gente tinha de conseguir as coisas com mais facilidade. No Brasileiro, todo mundo esperava que fosse mais difícil pelo nível da competição. Mas eu acho que é um momento passageiro.