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CST do Enfrentamento ao Feminicídio fará visitas a diferentes municípios para avaliar políticas públicas

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A Câmara Setorial Temática (CST) de Enfrentamento ao Feminicídio realizou a segunda reunião de trabalho na tarde desta quinta-feira (23). No encontro, foram apresentados dados sobre o crime de feminicídio no estado por integrantes do Observatório Caliandra, do Ministério Público de Mato Grosso (MP/MT), e houve exposições sobre conceitos e origens do feminismo e sobre feminismo negro. Também foi definido a realização de estudo em 19 municípios do estado com características diferentes para buscar um diagnóstico sobre políticas públicas e perfil das vítimas, entre outros fatores.

A decisão se deu a partir dos números mostrados pela iniciativa do Ministério Público, referentes ao período de 2022 a 2025. Nesse intervalo, foram registrados 185 casos consumados e mais de 750 tentativas. Em 2025, Mato Grosso já acumula 45 feminicídios. A situação de cada município do estado foi alvo de um levantamento do Observatório Caliandra, que sugeriu à CST aprofundar a análise em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Barra do Garças, por exemplo. Os locais foram escolhidos por apresentar mais ou menos casos, e ter características como rápido crescimento e presença de rede de enfrentamento à violência de gênero.

“O Ministério Público trouxe 19 municípios para a gente poder trabalhar neles nesta reunião em que combinamos de definir a territorialidade da CST. Alguns que são os maiores índices de feminicídio no estado. Também são os que estão perfilados como os que têm mais casos e os municípios com menos casos para a gente poder ver qual que é a diferença entre um lugar e outro”, disse a presidente da CST, Edna Sampaio.

Foto: Helder Faria

“A ideia é formar equipes pequenas, mas suficientes para fazer o trabalho, e ir até os municípios. Agora, a gente já vai ter condições de apresentar um orçamento para a presidência da Casa, sobre quanto vai custar isso. A deputada Janaina participou desta reunião de hoje [pelo sistema remoto] e já garantiu que, assim que a gente tiver o orçamento desenhado, a gente vai conversar com o presidente da Casa, com a Mesa Diretora, para viabilizar o trabalho em todos esses municípios”, completou.

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A gerente de dados do observatório, Luciene Oliveira, avaliou que algumas cidades mais desenvolvidas apresentam grande números de casos absolutos e taxa alta de feminicídios. “A gente pode observar que municípios estruturados, como Cuiabá, Sinop e Sorriso, que têm uma economia elevada, mas têm uma dificuldade de enfrentamento da violência de gênero. São municípios que têm um alto índice de outros crimes, crimes urbanos. Sorriso é um polo agronegócio, então você tem pessoas de fora, trabalhadores que vão para aquela região. Eu acho que isso impacta um pouco. A gente tem nessa localidade também, um avanço do crime organizado. Tudo isso acaba influenciando de uma forma direta ou indireta nessa violência de gênero”, afirmou.

No sentido oposto, há menor registro em cidades como Barra do Bugres, onde também a CST pretende fazer o estudo. “Barra do Garças é uma Risp [Regiões Integradas de Segurança Pública] muito bem estruturada. É a região onde se consolidou a primeira rede de enfrentamento de atendimento às vítimas de violência doméstica. Lá tem serviços voltados para os autores, há um baixo índice de reincidência de violência contra as mulheres e meninas. Por ser uma cidade menor, talvez tenha um envolvimento maior de toda a comunidade, e isso impacta também na violência de gênero”, comentou Luciene Oliveira.

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Uma das pesquisadoras a falar sobre feminismo negro na reunião, a professora da Universidade de Mato Grosso (UFMT) Ana Carolina da Silva enfatizou que mulheres negras são a maioria das vítimas de violência de gênero. “De acordo com os dados que a gente tem aqui de Mato Grosso, em torno de 66% das mulheres que sofrem feminicídio são negras. E um pouco mais, de 60% a 70%, são mulheres que estão em uma situação econômica de vulnerabilidade. Então, tem-se uma pergunta a fazer: se é o mesmo tipo de violência, mesmo que seja feminicídio, quando atinge uma mulher negra, é na mesma proporção? Quais são as políticas públicas que são implementadas para essas mulheres, haja vista que elas estão em uma situação de dependência econômica? Como o Estado se posiciona em relação a isso? O feminismo negro vem para problematizar e, ao mesmo tempo, pensar junto com o Estado quais são os encaminhamentos que podem existir para tentar diminuir e reduzir esse quadro”, declarou.

Ela também elogiou a abertura do espaço da CST para a universidade. “Eu acho que esse tipo de iniciativa tem um papel fundamental de dialogar com especialistas. Acho que tem que ampliar também para escutar um pouco mais a sociedade civil, sobretudo as mulheres que são vítimas dessas circunstâncias. É preciso entender quais os bairros que devem ser mapeados, onde estão essas mulheres”, reivindicou.

Fonte: ALMT – MT

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Em Colniza, Max Russi destaca valorização dos agentes de saúde e o apoio ao desenvolvimento da região

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O deputado Max Russi (PSB), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), reforçou seu compromisso com o desenvolvimento da região de Colniza e do distrito de Guariba durante encontro, neste domingo (16) com lideranças locais, agentes comunitários de saúde e representantes políticos.

O parlamentar destacou a valorização histórica da categoria, avanços estruturais em Mato Grosso e a importância estratégica do asfaltamento que integra o distrito ao município e lembrou que sua atuação em defesa dos agentes comunitários de saúde começou ainda quando era vereador e prefeito.

“Fui um dos primeiros prefeitos a efetivar os agentes. Depois, já na Assembleia, criamos o Programa Pró-Família e incluímos os agentes, criamos o curso profissional de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) , com ênfase em Endemias e trabalhamos muito pelo aumento salarial”, afirmou Max, reforçando que a valorização da categoria é uma prioridade constante.

O parlamentar celebrou o reconhecimento ao trabalho diário dos profissionais com entregas de moções de aplausos aos agentes de saúde.
“Eu tenho orgulho de defender essa categoria, porque vocês fazem um trabalho diferenciado na saúde pública”, disse.

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Max Russi reforçou a importância do distrito de Guariba, onde ouviu demandas sobre o asfaltamento da BR-174/MT-418 e a ligação com Colniza, obra aguardada há décadas pela população.

“Vou reforçar, todos os dias, a importância desse asfalto. A participação de vocês, que andaram mais de 100 km de estrada de chão para estar aqui hoje pela população. O asfalto não ajuda só o setor produtivo, ajuda a ambulância chegar mais rápido, ajuda o agricultor familiar a vender melhor seu produto e isso ajuda toda a população”, destacou.

Fonte: ALMT – MT

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Juca do Guaraná leva projeto Piscicultura no Campo para comunidade rural em Rosário Oeste

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O deputado estadual Juca do Guaraná (MDB) entregou neste sábado (15) o projeto Piscicultura no Campo à Comunidade Cedral, em Rosário Oeste, iniciativa viabilizada por meio de emenda parlamentar de R$ 700 mil e articulada junto à Secretaria de Agricultura do Estado. A ação fortalece a produção rural, amplia oportunidades de renda e marca mais um passo no apoio às famílias do campo, investimento que também contemplou a entrega da estufa no Assentamento Gamaliel, em Cuiabá, no último dia 1º.

Juca do Guaraná ressaltou a importância de apoiar iniciativas que impulsionem o crescimento das comunidades rurais. “Nosso trabalho é garantir que projetos como este cheguem onde realmente fazem diferença. A piscicultura oferece novas possibilidades de renda e fortalece quem vive da agricultura familiar”, afirmou o parlamentar.

O deputado também reforçou que continuará atuando para ampliar o alcance de programas voltados ao setor rural. “Nós acreditamos no potencial da zona rural e vamos seguir trabalhando para trazer mais ações que promovam desenvolvimento, autoestima e oportunidade para as famílias do campo”, completou Juca.

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Durante o evento, o prefeito Mariano Balabam (PSB) destacou o impacto positivo do projeto. “Esse projeto representa muito para o nosso município. É uma oportunidade de ampliar a renda das famílias, incentivar novas formas de produção e valorizar o trabalho do homem e da mulher do campo, que são a base da nossa economia e da nossa história. Nosso compromisso é continuar apoiando e trazendo ações que melhorem a vida de quem vive e produz na zona rural”, frisou o prefeito.

Assembleia Social – A programação também contou com o apoio da Assembleia Social, que levou à comunidade atendimentos médicos, serviços de manicure, maquiagem e trançar cabelos, ampliando o alcance social do evento. As ações paralelas atenderam dezenas de moradores, garantindo um momento de cuidado, acolhimento e valorização da autoestima das famílias da região.

“Além de incentivar a produção e a renda, nós fazemos questão de olhar para as pessoas. Levar atendimento, cuidado e serviços básicos reforça nosso compromisso com a qualidade de vida das famílias. A Assembleia Social tem sido uma grande parceira nesse propósito”, afirmou Juca do Guaraná.

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Psicultura no campo – O projeto Piscicultura no Campo leva conhecimento, incentivo e suporte técnico às comunidades, promovendo alternativas de renda e ampliando o potencial produtivo das famílias que vivem da agricultura e da criação de peixes. A iniciativa marca mais um passo para uma zona rural mais forte, estruturada e preparada para novos ciclos de desenvolvimento.

Fonte: ALMT – MT

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