Apesar de vencer o lanterna do Campeonato Brasileiro por 2 a 0, no segundo triunfo de Cristóvão Borges em três jogos à frente da equipe, o Corinthians não teve grande exibição em Belo Horizonte. Mesmo feliz pelo resultado contra o América-MG, que levou o time aos mesmos 22 pontos do líder Palmeiras na tabela, o novo técnico identificou as falhas do time.
? A partida não foi dentro do nosso potencial, erramos muitos
passes, e isso atrapalhou um rendimento mais regular e consistente. Mesmo
assim, a equipe conseguiu se defender bem, controlou o segundo tempo e saiu com
a vitória. Não houve displicência porque a equipe não tem esse perfil,
eles (jogadores) são muito aplicados, dedicados e têm boa concentração. Tivemos um pouco
de precipitação, e consequentemente erramos mais. O erro fez com que o América-MG
tivesse controle do jogo em alguns momentos. Depois estabilizamos o jogo ? destacou o treinador.
O Timão acertou 184 passes no jogo, errando outros 34. Marquinhos Gabriel, com sete, e Fagner, com oito, foram os jogadores que mais erraram toques para os companheiros.

? A precipitação não pode se repetir, principalmente na
construção de jogadas. Hoje erramos muito na saída, no último passe. Isso não é
da equipe, e domingo não vamos fazer isso.
Há dez dias no clube, o técnico ainda não conseguiu colocar suas preferências e seu estilo de jogo na forma de atuar do Timão. Depois de domingo, quando a equipe recebe o Flamengo, em Itaquera, o campeonato terá quatro rodadas com jogos apenas no fim de semana, o que dará ao técnico mais tempo para trabalhar.
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? Essas coisas a gente vai colocando aos poucos. A coisa do
controle do jogo, da troca de passes, isso eu exijo muito deles. Como temos
muito pouco tempo entre os jogos, não tivemos quase nada para treinar. Depois
do jogo contra o Flamengo, teremos mais tempo ? disse.
O técnico foi perguntado ainda sobre a reclamação feita por Guilherme após a vitória por 2 a 1 contra o Santa Cruz, no último sábado. Sacado do time para a entrada de Luciano, disse que não entendeu a decisão do treinador, mostrando insatisfação com o banco de reservas.
? São todos profissionais, adultos e responsáveis pelas
opiniões e posturas. Não há problema algum. Conversamos e tento lidar com
todos eles. A hierarquia tem de ser respeitada e será respeitada. Vamos seguir de forma harmônica. Isso não é nada de mais, são coisas que
acontecem, a gente resolve e fica tudo certo. Conversamos individualmente e depois com o grupo
inteiro. Estou chegando, nem todos me conhecem. Não tem necessidade de repreender, isso é coisa de colégio.
Aqui é profissional, falamos direto e claro, mostrando como as coisas vão ter
de ser. Sem problemas ? esclareceu.