Cáceres e Região

Com salários atrasados há mais de seis meses, médicos e funcionários do Hospital São Luiz ameaçam paralisação

Published

on

Sinézio Alcântara – Expressão Notícias

            Antes referência em saúde pública na região Oeste do Estado, hoje o Hospital São Luiz, em Cáceres, é o retrato fiel do abandono. Em plena pandemia, com centenas de infectados e mais de 100 mortes, o hospital fechou a ala de atendimento para tratamento pacientes de Covid-19.

Faltam equipamentos de trabalho para os profissionais de saúde e medicamentos básicos como Buscopan, Dipirona, Dramin, entre outros. Os salários dos médicos estão atrasados há mais de 6 meses e os dos funcionários há dois. Funcionários afirmam que não existem sequer copos descartáveis.

“Infelizmente foi instalado o caos em nosso hospital” lamenta uma antiga enfermeira que não se identifica, segundo ela, para evitar represália. “Se não houver uma interferência do governo estadual ou federal o hospital certamente terá que fechar” prevê um médico sob anonimato.

A insatisfação é geral. E, nesta segunda-feira, a partir das 10h os funcionários, juntamente, com os médicos, pretendem realizar uma mobilização em frente ao hospital. A proposta é chamar a atenção da população e as autoridades para o grave problema.

Além do atraso dos salários os servidores reclamam que não recebem o vale alimentação há mais de três meses.

“É até vergonhoso dizer isso. Mas, é a realidade: infelizmente, temos colegas que estão passando necessidade. O salário está atrasado, o vale alimentação, que antes socorria, não está saindo há três meses. E, além disso, não existe sequer previsão do pagamento do13º salário” reclama um enfermeiro.

A direção do Hospital Regional confirma que os pacientes de coronavirus  estão recebendo tratamento na unidade porque o hospital São Luiz fechou a ala de Covid. A Secretaria Municipal de Saúde admite que constantemente faz empréstimo de medicamentos e até equipamentos para o São Luiz.

Leia mais:   Enfermeiros afirmam terem encontrado carrapato em marmita servida na Cozinha Comunitária de Cáceres

O prefeito Francis Maris Cruz, articula uma intervenção estadual ou federal para evitar o fechamento do hospital. Ainda hoje ele estará mantendo contatos com representantes dos governos estadual e federal, no sentido de viabilizar a proposta.

“Está claro que essa empresa não dá conta de manter o hospital. Essa situação de penúria já se arrasta há vários meses. E, no final quem paga o pato é a população. Se não houver uma intervenção estadual ou federal, certamente, o hospital baixará as portas”.

            A direção da empresa Pró-Saúde que administra o São Luiz atribui a situação caótica ao governo do Estado. Em Nota a empresa disse que

“O Hospital São Luiz informa que aguarda o recebimento de repasse para equacionar parte de seus débitos junto aos colaboradores, prestadores de serviço e fornecedores. A unidade informa que segue buscando junto aos seus credores soluções para superar esse período de dificuldade, agravado pelas consequências da pandemia do novo coronavírus”.

Por outro lado, em Nota a Secretaria de Estado de Saúde (SES) esclarece que “os repasses para o Hospital São Luiz – unidade contratualizada pela gestão estadual – estão regulares até o mês de julho de 2020. O mês de agosto será pago na próxima semana. Os pagamentos relativos a setembro e outubro de 2020 dependem da documentação a ser enviada pela própria unidade hospitalar, que fundamenta a efetivação do repasse.

 

NOTA À IMPRENSA

O Hospital São Luiz informa quer causou surpresa a declaração do prefeito Francis Maris Cruz, uma vez que a Prefeitura de Cáceres não contribui com nenhum recurso financeiro para que a unidade realize atendimento a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), em especial gestantes com risco habitual ou alto risco.

Conforme noticiou a imprensa, a Prefeitura de Cáceres, por decisão do prefeito, não integra CISOMT (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Mato Grosso). Ou seja, o atendimento SUS realizado pelo Hospital São Luiz recebe repasses somente dos governos Estadual e Federal.

Leia mais:   Polícia Federal prende homem em Porto Esperidião durante operação contra o tráfico de drogas na fronteira; outro suspeito foi preso em Várzea Grande

Porém, esses recursos — que muitas vezes demoram 90 dias para serem efetivamente repassados — não cobrem as despesas dos serviços contratualizados. Por exemplo: o pagamento de serviços médicos consumiu 90% do total de repasses que o hospital recebeu, desde maio, para atender a pacientes com covid-19. Vale lembrar que, até julho, o São Luiz foi a única unidade de saúde do município a atender casos leves e graves de Covid-19. Este serviço, continua sendo feito até o dia 27/11/20, conforme o contrato.

Sobre os medicamentos Buscopan, Dipirona e Dramim, citados na reportagem, o Hospital São Luiz informa que os estoques estão regulares. Portanto, a informação sobre a falta desses medicamentos não procede.

Assim como não procede a informação sobre atraso de seis meses no pagamento da prestação de serviços médicos. Este pagamento é feito conforme a entrada de receitas. Atualmente, o descompasso é de apenas um mês. Até o dia 25/11, o São Luiz realiza o pagamento da Folha de outubro e parte dos valores em aberto relativo ao Vale Alimentação.

Vale ressaltar que, mesmo diante da crise agravada pela pandemia, que impediu a realização de exames e procedimentos em pacientes eletivos, diminuindo a receita em aproximadamente R$ 9 milhões até o momento, o São Luiz informa que tem conseguido superar as dificuldades para manter o atendimento.

O esforço sempre foi — e continuará sendo — alcançar o equilíbrio financeiro para seguir avançando na melhoria dos serviços de saúde para a população de Cáceres e região.

Att.,

Assessoria de Comunicação

Hospital São Luiz

Comentários Facebook

Cáceres e Região

Carrapato – Empresa atribui a UPA responsabilidade pelo aparecimento do parasita na marmita do enfermeiro

Published

on

Sinézio Alcântara – Expressão Notícias

Nutricionista e responsável técnica da Cozinha Comunitária, de Cáceres, Angélica Villerá Ruza, em Nota de Esclarecimento, enviada na manhã desta quinta-feira (18/05), ao site Expressão Notícias, atribui possível responsabilidade pelo caso do carrapato, encontrado no fundo de uma marmita, durante refeição servida a uma técnica de enfermagem, na última segunda-feira (15/04), a direção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

“A refeição passa na mão de vários colaboradores, processo rigoroso de fabricação, realizamos todo o controle de segurança é impossível um inseto estar dentro da refeição daquela maneira, análise feita pela foto que nos foi apresentada, o inseto estava integro” diz Angélica.

E, acrescenta: “se o inseto esteve no fundo da marmita como nos foi relatado, ele estaria muito provavelmente cozido, pois as marmitas seguem acima de 60° Celsius, esse inseto estaria cozido devido à alta
temperatura. A caixa térmica onde ficam acondicionadas as marmitas após a entrega são de propriedade e responsabilidade do órgão recebedor (UPA). E, foi observado pelo entregador, que haviam insetos, restos de comida entre outras coisas estranhas, sendo que a higienização da mesma é de responsabilidade do órgão recebedor”.

Abaixo a íntegra do esclarecimento da empresa.

Cáceres, 18 de abril de 2024
Nota de Esclarecimento

O Restaurante Cozinha Comunitária Mistura do Sabor vem, por meio desta esclarecer pelo inconveniente ocorrido na Unidade de Pronto Atendimento na data de 15 de abril de 2024, onde a colaboradora encontrou um inseto no fundo da marmita fornecida no almoço do dia em questão. Nossa Unidade de Alimentação e Nutrição, conta com profissionais devidamente treinados e capacitados para garantir a qualidade Higiênico Sanitária dos alimentos servidos pela nossa empresa.

Leia mais:   Polícia Federal prende homem em Porto Esperidião durante operação contra o tráfico de drogas na fronteira; outro suspeito foi preso em Várzea Grande

Seguimos todas as normas da ANVISA no que diz respeito a produção de alimento seguro, todos os colaboradores receberam treinamento de Boas Praticas de Fabricação, respeitando a RDC nº 216 de 15 de setembro de 2004.  Nossa Unidade conta com Procedimento Operacional Padronizado (POPs), que se inicia desde o recebimento, seleção, pré preparo, preparo e segue até o produto final, e seguimos à risca o Manual de Boas Práticas, garantindo
assim um produto final de qualidade e principalmente seguro.

Nossa Unidade recebeu na data de 07/02/2024 a visita da equipe de Vigilância Sanitária do município, que vistoriou as instalações da Cozinha, apresentamos toda a documentação (dedetização, controle de potabilidade de
água, entre outros), foi constatando as adequadas condições higiênicosanitárias e boas práticas na manipulação de alimentos, recebemos desta forma a Licença Sanitária para atuarmos.

Sobre o ocorrido, o cardápio do dia foi: arroz branco, feijão carioca, polenta, carne ao molho salada de repolho com cenoura, inclusive temos registro da refeição servida para comprovar. A refeição passa na mão de vários colaboradores, processo rigoroso de fabricação, realizamos todo o controle de segurança é impossível um inseto estar dentro da refeição daquela maneira, análise feita pela foto que nos foi apresentada, o inseto
estava integro.

Leia mais:   Unemat desenvolve aplicativo premiado para comunidade surda em parceria com o Corpo de Bombeiros

Gostaria de ressaltar que se o inseto esteve no fundo da marmita como nos foi relatado, ele estaria muito provavelmente cozido, pois as marmitas seguem acima de 60° Celsius, esse inseto estaria cozido devido à alta
temperatura. A caixa térmica onde ficam acondicionadas as marmitas após a entrega são de propriedade e responsabilidade do órgão recebedor (UPA).

Foi observado pelo entregador, que haviam insetos, restos de comida entre outras coisas estranhas, sendo que a higienização da mesma é de responsabilidade do órgão recebedor. Temos registros para comprovar. A mesma deveria estar limpa e higienizada, é um fator que se deve ser levado em consideração, a Mistura do Sabor não tem a responsabilidade dessa higienização, a caixa deveria estar limpa e higienizada.

Ressalvo o comprometimento da empresa Mistura do Sabor e reforçamos o nosso compromisso em servir com Segurança e Qualidade todos os nossos produtos. Vamos intensificar todos os nossos processos, para sempre garantir o alimento seguro para todos os nossos usuários. Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Angélica Villerá S. Ruza
Nutricionista e Responsável Técnica CRN1-6299

Comentários Facebook
Continue Reading

Cáceres e Região

Lançada a implantação do Escritório Social de Cáceres e do projeto de recuperação e utilização do espaço da antiga Escola Dom Galibert

Published

on

Aconteceu na tarde desta quarta feira, (17), no Plenário do Júri da Comarca do Forum de Cáceres o lançamento do projeto de recuperação e utilização do espaço da antiga Escola Dom Galibert.

Por Pedro Miguel/Ripa nos Malandros e Jornal Oeste

O evento contou com a presença de vários segmentos da sociedade organizada, bem como, do Desembargador e supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF/MT), Dr. Orlando Perri, da Juíza de Direito e Diretora do Forum, Dra. Joseane Carla Ribeiro Viana Quinto Antunes, do Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal Dr. José Eduardo Mariano, do Presidente da Câmara Municipal de Cáceres, o Vereador Luiz Paz Landim, entre outros. Além da banda do Exército Brasileiro que abrilhantou o evento.

Segundo o Dr. José Eduardo Mariano, a recuperação e utilização do espaço Dom Galibert, pelo período de 10 (dez) anos, renováveis por mais 10, a Vara de Execuções de Cáceres/MT, por meio do Conselho da Comunidade e a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, por meio da Diocese de Cáceres/MT, celebraram um acordo, visando à implantação no espaço, do Escritório Social da comarca de Cáceres/MT e do Conselho da Comunidade, que servirão como ponto de apoio aos (as) recuperandos (as) que estiveram em cumprimento de pena em livramento condicional, regime semiaberto, aberto e prisão domiciliar, bem como seus familiares.

Leia mais:   Operação combate extração ilegal de ouro na Terra Indígena Sararé em Pontes e Lacerda

O mencionado espaço poderá, ainda, ser integrado à comunidade como espaço cultural, com realização de feiras, exposições, apresentações teatrais, etc., transformando o local em um espaço harmônico a todos que ali frequentarem.

A recuperação do espaço patrimonial será executada pelos reeducandos do regime fechado, por meio de diferentes oficinas de produção, usando técnicas adequadas, tais como, madeiramento, pedreiro, ajudante, eletricista, serralheiro, hidráulica, elétrica, pintura e paisagismo, todas serão sempre orientados por um profissional habilitado na execução da obra.

 

 

Comentários Facebook
Continue Reading

Cáceres e Região

Policial

Política MT

Mato Grosso

Mais Lidas da Semana