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CFAEO instala grupo de trabalho para atuar no “Orçamento Mulher”

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A Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), presidida pelo deputado Carlos Avallone (PSDB), realizou nesta quinta-feira (8) reunião para a instalação do grupo de trabalho para debater o “Orçamento Mulher”, que tem como objetivo elaborar metodologia de acompanhamento dos programas e ações destinados às mulheres.

O parlamentar apresentou propostas de trabalho que estão dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS 5 e META C, que consistem em alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas, e acabar com todas as formas de discriminação contra esse público referentes ao usufruto de direitos, oportunidades e recursos, independente das diferenças e necessidades.

“Estamos montando hoje o grupo de trabalho para atuar no Orçamento Mulher. Vamos identificar dentro do orçamento existente todas as ações que dizem respeito às mulheres. Temos apenas 0,01% do orçamento da segurança pública, o que nos dá 500 mil reais. Vamos identificar e cobrar fiscalizar ações do município e do governo”, disse Avallone.

O presidente da CFAEO e membro da Procuradoria Especial da Mulher no Poder Legislativo estadual, Carlos Avallone, disse também que “Mato Grosso é o estado que mais mata mulher, e que tem o maior número de feminicídio no Brasil. Isso é uma vergonha para nós, precisamos agir diretamente, e discutir alternativas para as mulheres, na saúde, no planejamento das suas ações, para que elas fiquem menos dependentes dos homens, e que elas possam se qualificar melhor, terem independência e terem autonomia e donas do seu futuro, gerenciando sua vida, independentemente de ter ou não ter um homem ao seu lado”, explicou Avallone.

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Foto: Helder Faria

A subprocuradora da ALMT, Francieli Brustollin, disse que a Procuradoria Especial da Mulher tem a finalidade pensar dentro de qualquer questão ligadas a mulher e ligadas a questão ligada ao gênero. Estamos aqui para ajudar nessa articulação, para pensar as políticas públicas, de uma maneira objetiva para que cheguem na ponta e traga a efetividade a toda a gama de problemas que as mulheres têm”, contou.

A defensora pública Rosana Leite explicou que em relação ao sistema de justiça, o Brasil é referência na aplicação da Lei Maria da Pena, mas no que diz respeito ao Poder Judiciário, Defensoria Pública e Ministério Público é preciso avançar.

“É necessário ter um olhar de todos os poderes e instituições no enfrentamento a qualquer violência contra a mulher, discriminação, preconceito, garantindo a verdadeira igualdade. Eu acho que hoje aqui nós estamos tomando um passo muito importante com o Orçamento Mulher, garantindo as políticas públicas, não basta só boa vontade, mas um plano estadual de política para as mulheres, que foi publicado, que foi homologado pelo Estado e que não está aplicado”, enfatizou a defensora.

Entre as apresentações de propostas na discussão do Orçamento Mulher, a juíza da 1ª Vala de Violência Contra Mulher, Ana Graziella Alves Correia, destacou a importância de discutir políticas públicas e chamar as autoridades que lidam com esse público e ver onde as autoridades competentes estão errando.

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“Temos que ver onde estamos errando. Não adianta punir só o agressor, não queremos que ocorram novas mortes. Precisamos investir na educação e na prevenção. Trabalhar com equidade de gênero e tratar mulher igual a homem, ser promovida, ter a mesma quantidade de cargos públicos e que acima de tudo, que a mulher mato-grossense deixe de ser vítima de violência doméstica”, explicou a juíza Ana Graziela.

Representando o Conselho Estadual de Direitos da Mulher, Ana Carolina de Jesus, explicou a necessidade de incluir no orçamento o trabalho de prevenção no estado. “Enquanto Conselho Estadual, é preciso um olhar para os municípios menores que são onde apontam os maiores números de violência contra a mulher. Precisamos de boa vontade política, de um trabalho coletivo para que possamos construir esse orçamento”.

Emenda à LDO 2024

O deputado Carlos Avallone apresentou emenda a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2024 para o Orçamento Mulher que prevê publicidade na elaboração, na aprovação e na execução do orçamento a serem  divulgados nos sítios eletrônicos pelo Poder Executivo até o dia 30 de abril de 2024, o relatório anual referente ao exercício anterior, da execução orçamentária do Orçamento Mulher que tenham impacto positivo ou negativo relevante sobre a desigualdade de gênero, com notas explicativas dos tipos e pesos do impacto.


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: [email protected]


Fonte: ALMT – MT

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Gestantes poderão ter acompanhamento de fisioterapeutas pélvicas sem custo durante parto

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Foto: Freepik/Reprodução

O governador Mauro Mendes (União) sancionou uma lei que autoriza hospitais públicos, filantrópicos e privados de Mato Grosso a permitirem o acompanhamento de fisioterapeutas pélvicos durante o pré-parto, parto e pós-parto. Conforme a publicação, as gestantes que desejarem o acompanhamento devem comunicar previamente o hospital, que não poderá cobrar qualquer taxa pelo serviço. A presença da fisioterapeuta não substitui o direito ao acompanhante já garantido por lei federal. Para atuar, o profissional deve comprovar
formação em fisioterapia, registro no conselho profissional e participação no pré-natal da paciente.

 

Por: Olhar Direto

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Botão do Pânico já preservou a vida de 16 mil mulheres em MT

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Otmar de Oliveira

Desde que foi implementado, em junho de 2021, até início de dezembro de 2024, o “SOS Mulher Botão do Pânico Virtual” preservou a vida de mais de 16 mil mulheres vítimas de violência doméstica. Dados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso indicam que uma média de 12 mulheres solicitaram a ferramenta por dia. Do total de 16.048 pedidos de botão do pânico deferidos neste período, 1.622 mulheres tiveram que acionar a ferramenta de proteção por terem a vida ameaçada, correspondendo a 10% das vítimas. O quantitativo é apenas de quatro cidades onde o botão do pânico funciona.

Titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, a delegada Judá Maali Pinheiro Marcondes explica que o botão pânico é uma ferramenta digital criada pela Polícia Civil em parceria com a Secretaria de Segurança Pública. ‘É um dispositivo que viabiliza e traz uma segurança às mulheres. Toda mulher de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Cáceres que solicita a medida protetiva, tem direito ao botão do pânico’, enfatizou.

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A delegada complementa que, a partir do momento que a Justiça defere a medida protetiva com o botão do pânico, a mulher coloca uma senha dentro desse aplicativo, que funciona no celular. E quando ela se vê na situação de descumprimento de medidas, numa situação de perigo, ela pode acionar o botão do pânico, onde o chamado é integrado diretamente com o Ciosp. ‘Uma viatura é mandada imediatamente ao local e o agressor pode ser preso em flagrante delito. Se não conseguir prendê-lo, é dada toda a assistência mulher, levando a vítima até a delegacia para que ela registre a ocorrência de descumprimento. Além dessas quatro cidades que têm o botão do pânico é importante enfatizar que a mulher que tem a sua medida protetiva descumprida em qualquer lugar do Estado, pode ligar no 190’, destacou.

Judá finaliza orientando que a mulher, ao menor sinal de violência, deve procurar a delegacia e denunciar. ‘O que estamos observando é que boa parte dos feminicídios que ocorreram, o que prevaleceu foi o crime de violência psicológica. Esses pequenos sinais nós naturalizamos e acabamos romantizando, dizendo que é amor, que é cuidado, quando na verdade está se tratando de um crime grave de violência psicológica que pode culminar no feminicídio’, reforçou Judá Malli.

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Por: Aline Almeida

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