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Cáceres fecha ciclo de audiências sobre feminicídio

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Após audiências públicas em Cuiabá e Rondonópolis, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) levou o debate sobre altos índices de feminicídio no estado para a cidade de Cáceres na noite de quinta-feira (18). Na Câmara Municipal, participaram da audiência, requerida pela deputada em exercício Edna Sampaio (PT), autoridades locais e sociedade civil.

De acordo com a secretária de Assistência Social de Cáceres, Janete Mendes, no serviço de acolhimento de mulheres oferecido pelo município já passaram 1500 mulheres este ano. A representante da prefeitura na ocasião ainda estimou que a cada dez atendimentos, seis estão relacionados à violência doméstica.

Em Cáceres, três mulheres foram vítimas de feminicídio em 2025, segundo a delegada Bruna Laet. Ela ressaltou a complexidade para se conseguir evitar crimes ligados à violência de gênero. “É uma violência multifatorial. Para trabalhar a redução dos números não depende só da polícia, mas de muitos outros fatores, desde a questão cultural, social, familiar, a educação, o sistema de assistência”, afirmou.

A diretora regional de educação, Soeli Rossi, afirmou que a questão já é trabalhada nas escolas como forma de prevenção e que há determinação legal para isso. “A escola, nesse contexto, tem a oportunidade e o papel de abrir de dar a visibilidade que o tema exige. Não há como avançarmos enquanto sociedade se não mudarmos a cultura. E a escola é um espaço de cultura e de humanização. Precisamos trabalhar o respeito e formar cidadãos que respeitam as mulheres, as diferenças e o próximo”.

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Foto: GILBERTO LEITE/SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

 

Em casos em que a violência já é realidade, a comunicação às autoridades competentes faz muita diferença na proteção das vítimas. “Em Cáceres, a Patrulha Maria da Penha, desde seu início, em 2021, até hoje, não registrou nenhum caso de feminicídio entre as assistidas. Portanto, esse é um número bastante expressivo, 100%, digamos assim, de efetividade do nosso trabalho”, destacou a tenente coronel da Polícia Militar Rosana Mendes. A patrulha atua fiscalizando o cumprimento de medidas protetivas, incluindo visitas às vítimas e aos agressores.

Um dos direitos da mulher vítima dos diferentes tipos de violência de gênero (como física e psicológica), a medida protetiva pode ser solicitada para proibir o agressor de se aproximar ou entrar em contato, por exemplo. A concessão pode ocorrer de forma imediata por autoridade policial ou judicial. “Pedimos que a mulher não espere que tenha uma agressão, uma lesão grave, mas procure logo no início para que se evite chegar a um ponto de um feminicídio”, alertou a delegada Bruna Laet.

A repórter Márcia Pache, que já foi vítima de agressão no ambiente de trabalho, reforçou: “Para as mulheres como eu, que eu tenho certeza que são muitas, infelizmente, denunciem”, disse. Conforme relembra, na primeira ocorrência, ela foi atingida por um tapa por um vereador em 2010 em Pontes e Lacerda. “Mas eu acredito que a Assembleia está com os olhos voltados para essa situação. O feminicídio é só uma vertente. A violência contra a mulher no ambiente corporativo também deve estar em foco. É preciso que exista uma lei específica para tratar disso. As empresas têm de ter esse cuidado”, completou.

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A deputada Edna Sampaio avaliou positivamente a participação da sociedade nas três audiências públicas realizadas. “Eu acho que foi muito importante esse circuito de audiências públicas. Muitas questões foram levantadas. Por exemplo, a questão do letramento em gênero e a proposta de criar uma cartilha, inclusive voltada para as próprias mulheres, pois muitas vezes elas não identificam as violências. Também reproduzem machismo sem saber. A educação em gênero é fundamenta. É preciso também conscientizar os homens, ampliar rodas de comversa”, citou.

“Além disso, foi levantada a questão da criação de um fundo para mulheres, que permita políticas com financiamento adequado. Nós temos incentivos para vários setores da economia de Mato Grosso, mas falta um fundo específico para investir em políticas públicas de proteção às mulheres” continuou a parlamentar.

Entre os encaminhamentos está ainda a indicação para que as delegacias especializadas funcionem 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana e criação de uma delegacia regional para atender a região de Cáceres. “Aqui também tem um alto índice de violência não apenas contra a mulher, mas contra crianças e adolescentes, pessoas LGBTQIAPN+”, afirmou Edna Sampaio.

A deputada também frisou que o debate sobre feminicídio e violência contra mulher continuará na Câmara Setorial Temática a ser instalada na Assembleia. “Essas audiências permitiram que conhecêssemos melhor as mulheres em cada local e criássemos uma rede para que elas possam participar dessa Câmara Setorial”, concluiu.

Fonte: ALMT – MT

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Polícias Civil e Militar apreendem armamentos pesados, munições e drogas em Cáceres

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Assessoria | Polícia Civil – MT

Um arsenal de armamento pesado, munições e drogas foram localizados na zona rural do município de Cáceres, pela Polícia Civil e Polícia Militar, na manhã desta terça-feira (23.9).  A operação integrada “Águas do Jordão” foi deflagrada pelas forças de segurança pública de Mato Grosso, com o objetivo de combater facções criminosas instaladas na região de fronteira.

      Durante investigações para apurar os homicídios registrados em Cáceres, a Polícia Civil identificou uma fazenda situada na Serra do Boi Morto, usada pelos criminosos para guardar armas de grosso calibre e recepcionar faccionados oriundos de outras localidades.

Com base nas informações foi representado pelo mandado de busca e apreensão deferido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres. Com a ordem judicial os policiais civis em conjunto com os militares foram até o local e realizaram o adentramento tático na propriedade.

      No momento da abordagem, dois homens que estavam na fazenda reagiram e efetuaram disparos de arma de fogo contra os policiais. Diante da injusta agressão e para garantir a integridade houve o confronto e os dois suspeitos foram atingidos.

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Em seguida ambos foram socorridos e encaminhados para o Hospital Regional de Cáceres, mas foram a óbito na unidade de saúde.  No local foram apreendidos um fuzil calibre 5.56, uma espingarda calibre 12, diversas munições para revólver e pistola, coletes balística e drogas.

      Conforme o delegado regional de Cáceres, Higo Rafael Ferreira de Oliveira, essa operação reforça a importância da integração entre as instituições da Segurança Pública, fortalecendo as ações e o reafirmando o compromisso com a ordem pública e o bem-estar da população.

Participaram da operação integrada “Águas do Jordão”, os policiais civis da Delegacia Regional de Cáceres, da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira, da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), em conjunto com militares do 6º Comando Regional, Bope, Rotam, Força Tática e Gefron.

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Pontes e Lacerda: Preso acusado por seis homicídios, ex-PM é condenado por execução

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O ex-policial militar Edvan de Souza Santos foi condenado a 22 anos e nove meses de prisão, em regime inicial fechado, pelo Tribunal do Júri da comarca de Pontes e Lacerda (a 448 km de Cuiabá). O julgamento ocorreu na última quinta-feira (18).

O réu não terá direito de recorrer em liberdade.Ele já havia sido condenado em março deste ano por outro homicídio em Rondonópolis e está preso desde 2022.

De acordo com a Justiça, Edvan responde a pelo menos seis processos por homicídio e voltará ao banco dos réus na próxima quinta-feira (25), também em Pontes e Lacerda, para mais um julgamento.

As investigações apontam que ele integrava um grupo de extermínio com atuação em diferentes regiões de Mato Grosso.

O crime Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o crime ocorreu em dezembro de 2020, na BR-174B, próximo a uma distribuidora de gás.

A vítima, Vanderson de Almeida Castro, havia acabado de descer do carro para ir a uma oficina mecânica quando foi surpreendida. “Edvan de Souza Santos, com consciência e vontade, mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, matou a vítima com diversos disparos de arma de fogo”, descreve a denúncia.

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O executor estava em uma motocicleta e fugiu logo após o crime.

Operação Letífero

Edvan foi um dos alvos da Operação Letífero, deflagrada em janeiro de 2022. A investigação desmantelou um grupo de pistolagem que atuava na fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, além de outras regiões do estado. A sentença desta semana também determinou a perda do cargo público do ex-policial militar.

 

Por: hnt

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