Paulo Bento segue escondendo escalação para enfrentar o América-MG (Foto: Maurício Paulucci)
Paulo Bento segue adotando o modelo do sigilo total no Cruzeiro. Nada de adiantar a escalação do time para clássico contra o América-MG, neste sábado, às 16h (de Brasília), no Mineirão, para a partida válida pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. No entanto, o treinador vai ter duas novidades na lista de relacionados, Riascos e Robinho estarão à disposição do comandante para o jogo contra o Coelho. Ambas equipes têm um ponto e ocupam a zona de rebaixamento do competição.
A escalação da Raposa só será revelada nos vestiários do jogo deste sábado. O português, no entanto, explica que pode surpreender na lista dos 11 titulares que enfrentam o América-MG.
– Todos os jogadores que estão na convocação têm possibilidade de jogar, já
avaliamos o que fizemos. Temos que avaliar o treino de hoje, as condições
dos jogadores e depois, amanhã, comunicaremos aos jogadores qual será a nossa
decisão.
Pelas observações da comissão técnica do Cruzeiro, Paulo Bento concluiu que o América-MG é uma equipe que não tem um padrão tático definido. Por isso, talvez a Raposa tenha dificuldade de entender o comportamento do adversário neste sábado.
– É uma equipe que tem uma forma variada no desenho tático, não joga no mesmo
sistema. Em termos estratégicos temos dificuldade de saber como o adversário vai
jogar, ainda mais com pouco tempo para preparar o cenário possível. Equipe que
está com os mesmos pontos, equipe que Cruzeiro não venceu nos jogos que fez
esse ano. Por ser um clássico, será um jogo diferente, complicado. Mas vamos
jogar em casa e temos também urgência para ganhar, não há o que esconder, e
vamos fazer de tudo para ganhar amanhã.
Robinho pode ser opção para a partida contra o Coelho, pela terceira rodada (Foto: Maurício Paulucci)
Agressividade na finalização
Sobre o modo de jogar do Cruzeiro na partida, Paulo Bento não faz tanta questão que o time tenha domínio absoluto da posse de bola. O português explica que não adianta ter o domínio da bola, mas não criar chances e ser efetivo. Aliás, o comandante pede mais agressividade na hora de colocar a bola nas redes.
– A questão da posse de bola tem a ver, não é algo da porcentagem da posse de
bola, faz parte do modelo de jogo, é para nós essencial o que faremos com a
posse. Que ela sempre ande pela linha defensiva, não teremos objetividade.
Depois temos uma posse para criar desequilíbrio, criar fatores de jogo que
entendemos fundamentais. Creio que temos feito em muitos momentos do jogo bem,
creio que temos feito essa posse de bola para criar situações de gol. Criar é
difícil, mas é criar para marcar. Creio que isso não temos conseguido fazer com
eficácia. Três gols em dois jogos creio que seja um objetivo, mas pela
oportunidade que criamos creio que não tenha sido um bom objetivo. Creio
que temos que ser mais agressivos, em termos de finalização.
Fonte: Globo Esporte