Destaque
Artigo: Por que a Pesquisa Eleitoral Ainda É Indispensável: Um Olhar Sobre as Eleições de 2024
As eleições de 2024 deixaram claro que o papel da pesquisa eleitoral é mais profundo e estratégico do que as críticas recentes sugerem. Enquanto muitos se apressaram em desacreditar nas pesquisas eleitorais, apontando para suas aparentes falhas de precisão, é crucial entender que elas não são previsões estáticas. Marqueteiros renomados ao redor do mundo, como o consultor americano Mark Penn, conhecido por trabalhar com Bill Clinton, e o britânico Philip Gould, que assessorou Tony Blair, sempre reforçaram a importância da pesquisa eleitoral como um termômetro, não uma bola de cristal.
Em minha experiência em Mato Grosso, onde conduzi cinco campanhas majoritárias vitoriosas neste ano, utilizamos pesquisas eleitorais para guiar estratégias que permitiram entender os sentimentos dos eleitores em tempo real. Essa prática, amplamente endossada por grandes nomes da comunicação e do marketing político, como o saudoso Duda Mendonça, demonstra que o valor da pesquisa não está em uma previsão imutável, mas sim em sua capacidade de mostrar o pulso da população a cada momento.
Para Mark Penn, pesquisas eleitorais são fundamentais para captar mudanças de percepção em uma sociedade em constante transformação. O conceito de Penn é que o marqueteiro e sua equipe devem adaptar-se rapidamente, ajustando suas abordagens de acordo com o que a pesquisa revela sobre o contexto social e os desafios do momento. Em uma recente entrevista, Penn explicou que “as pesquisas não falham, falham as estratégias que se baseiam em números estáticos sem a interpretação de tendências e mudanças no humor do eleitorado”. Eu particularmente uso as pesquisas para segmentar a comunicação do candidato em relação a bairro, grupos, públicos, enfim, de acordo com as necessidades apontadas.
A pesquisa deve ser usada como um guia para entender os sentimentos mais profundos do eleitor. Costumo dizer que a pesquisa oferece uma “janela para a alma do eleitor”, uma visão que só se revela a quem compreende o poder das variáveis sociais e psicológicas por trás dos números.
Os franceses Patrick Buisson e Jacques Séguéla, influentes no marketing eleitoral da França, têm uma abordagem similar à que aplicamos em Mato Grosso. Ambos afirmam que a pesquisa é indispensável, mas é a sensibilidade do estrategista que traduz os dados em movimentos eficazes. Eu volto a dizer, “o valor da pesquisa está na interpretação e no timing, sem isso, ela é apenas um número”.
Na prática, essa interpretação estratégica foi o que guiou nossas campanhas em Cáceres, Santo Antônio do Leverger, Barão de Melgaço, Poconé e Barra do Bugres. Não usamos a pesquisa como um mapa definitivo, mas sim como um guia que mostrava os humores do eleitorado e as dinâmicas locais, permitindo-nos agir com precisão a cada movimento dos concorrentes.
Quero reforçar que a pesquisa eleitoral precisa ser “viva”, adaptável, interpretada no momento. O estrategista deve tratar cada pesquisa como uma parte de um todo mais amplo, entendendo as forças e pressões externas que afetam o eleitorado. A política é uma conversa em constante mudança entre o eleitor e o candidato, e a pesquisa é um reflexo dessa conversa.
Essa visão é essencial para compreender o papel da pesquisa. Em um mundo onde as dinâmicas mudam de um dia para o outro, atribuir à pesquisa uma precisão absoluta é ignorar sua verdadeira função. Nas campanhas que liderei, cada pesquisa se tornava um diagnóstico momentâneo, e interpretá-la com base nos eventos do cenário eleitoral foi fundamental para os resultados.
Embora muitos tenham apontado para as aparentes “falhas” das pesquisas eleitorais, eu defendo que elas são essenciais. A pesquisa é a espinha dorsal de uma campanha bem estruturada, pois é nela que o marqueteiro encontra o caminho para comunicar o que o eleitor quer ouvir. Como publicitário e com olhar aguçado sobre o comportamento humano, sempre digo que a pesquisa é uma base que, quando bem interpretada, permite criar campanhas memoráveis e efetivas no campo politico, eleitoral e muito na iniciativa privada para serviços, produtos e marca.
A pesquisa eleitoral não é infalível, mas isso não a torna descartável. Com interpretação cuidadosa e análise contextual, ela fornece insights preciosos sobre o que pensa e deseja o eleitor. É na habilidade de adaptar-se rapidamente e de interpretar esses dados que está o segredo de uma campanha vitoriosa.
Enquanto muitos continuam a “demonizar” as pesquisas, é preciso defender sua importância e esclarecer que seu valor está justamente na forma como são interpretadas. Nas mãos certas, a pesquisa transforma-se em uma ferramenta viva, estratégica e indispensável.
Destaque
Proprietários de Veículos Aéreos e Aquáticos em Mato Grosso Deverão Pagar IPVA até Junho de 2025
Por: Expressão Notícias
Com a publicação do Decreto nº 1.208/2024, os proprietários de veículos aéreos ou aquáticos em Mato Grosso devem se atentar à nova obrigatoriedade do pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). A medida abrange tanto os proprietários de veículos que já os possuem quanto aqueles que adquirirem novos bens dentro de um período específico.
Datas Importantes
- Para quem já possui veículos aéreos ou aquáticos em 1º de janeiro de 2025: o pagamento do IPVA deve ser realizado até o dia 30 de junho de 2025.
- Para quem adquirir esses veículos entre 1º de janeiro e 31 de maio de 2025: o vencimento também será em 30 de junho de 2025.
Declaração de Posse e Valor
Os proprietários deverão informar à Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ-MT) a posse e o valor de seus veículos entre os dias 1º e 30 de abril de 2025. Essa informação será essencial para o cálculo do imposto devido.
Regulamentação e Procedimentos
A SEFAZ ainda irá publicar uma Portaria regulamentando a forma de cumprir essa obrigação. Detalhes sobre o procedimento e os documentos necessários deverão ser divulgados nos próximos meses.
Fique Atento
Os proprietários devem acompanhar os comunicados da SEFAZ-MT para evitar atrasos ou penalidades no cumprimento da obrigação tributária.
A medida visa ampliar a arrecadação estadual e garantir a contribuição dos proprietários de bens de alto valor ao sistema tributário local.
Cáceres e Região
Unemat não pode revalidar diploma de Medicina por ter “conceito 2” no MEC
Um bacharel em medicina que se formou no exterior vem tendo dificuldades de revalidar seu diploma na Universidade do Estado de
Mato Grosso (Unemat). Segundo uma resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), a universidade precisa apresentar um conceito preliminar de curso (CPC) igual ou superior a 3. O curso de medicina na Unemat possui nota 2 no Ministério da Educação (MEC).
O bacharel, que já teve negado o processo de revalidação simples de seu diploma na primeira instância do Poder Judiciário de Mato Grosso, recorreu da decisão. Os autos foram analisados pela desembargadora da Primeira Câmara de Direito Público e Coletivo do Tribunal de Justiça (TJMT), Helena Maria Bezerra Ramos, que também negou o pedido.
Em decisão monocrática da última quinta-feira (16) a desembargadora relatou que não há o que fazer se a faculdade de medicina da Unemat possui apenas um conceito 2 no MEC. O índice vai até 5, e é atribuído somente aos melhores cursos.
“Deve-se compreender que Portaria nº 1.151/2023, determinou que instituições de ensino superiores, deverão apresentar o Conceito Preliminar de Curso igual ou superior a 3, ficando evidenciado nos autos que a apelada não possui nota suficiente para realizar a revalidação, um ver ter atingido o conceito 2 no MEC”, esclareceu a desembargadora.
A decisão ainda cabe recurso. O processo de revalidação simples do diploma de medicina para estudantes de universidades do exterior abrange alunos e instituições de ensino do Mercosul e Estados Associados (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile). A revalidação consiste apenas na “verificação da documentação comprobatória da diplomação no curso”.
A medida é uma alternativa ao chamado “Revalida”. O processo, que é público, é criticado por especialistas da saúde em razão de sua baixa aprovação. O último processo desta natureza realizado e homologado no Brasil, no ano de 2023, aprovou apenas 3,75% dos bacharéis que realizaram a prova, segundo avassessoria de comunicação do Senado Federal.
O lobby das universidades particulares de medicina, e a própria classe médica do Brasil, são considerados os principais responsáveis pelo “Revalida” possuir índices de aprovação “quase nulos”.
Por: folha max
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