A história da partida contra o Internacional, no último domingo, se repetiu nesta quarta-feira, e o São Paulo, pela segunda partida consecutiva, sai de campo lamentando o resultado. A equipe foi superior ao Coritiba em vários aspectos: finalizou mais (13 a 12), teve mais chances reais de gol (7 a 5), cometeu menos faltas (12 a 18), errou menos passes (28 a 31) e teve mais jogadas pelas laterais (8 a 4). Então, por que não passou de um empate por 1 a 1 (veja os melhores momentos acima).
Time do São Paulo que começa a partida contra o Coritiba, no estádio Couto Pereira
O primeiro aspecto a ser ressaltado é a excelente atuação de Wilson, goleiro da equipe paranaense, que praticou cinco defesas difíceis. Além disso, Centurión, no segundo tempo, teve uma grande oportunidade cara a cara, mas errou o domínio de bola. O que deve ser ressaltado é que, mesmo com um time misto, o São Paulo teve padrão de jogo, o que mostra que cada vez mais a equipe está acostumada aos métodos de trabalho do técnico Edgardo Bauza.
A cada partida, fica mais claro que a marcação tricolor está encaixada. A imagem abaixo, de lance ocorrido aos 14 minutos do primeiro tempo, mostra que todas as peças do Coritiba estavam bem vigiadas. Desde o lateral Ceará, que tinha a bola, até os atacantes Vinícius e Kleber. Mérito de Bauza, que só teve um treino para trabalhar com a equipe que entrou em campo neste meio de semana.
Marcação do São Paulo estava encaixada no primeiro tempo da partida contra o Coritiba (Foto: Reprodução)
A equipe que iniciou a partida tinha Kelvin e Centurión aberto pelas pontas, Lucas Fernandes centralizado e Alan Kardec funcionando como referência. Thiago Mendes e Wesley, que eram os volantes, não se preocupavam apenas em marcar. Ora um, ora outro era visto no ataque encostando nos companheiros. A equipe criou três boas jogadas em 19 minutos. Nas duas primeiras, Wilson trabalhou bem. Na terceira, Kardec cabeceou por cima do gol. Na etapa inicial, o Coritiba só levou perigo em dois lances de bola parada.
No segundo tempo, o São Paulo perde uma chance incrível logo em seu primeiro ataque. Wilson brilhou em chute de Lucas Fernandes e Centurión, no rebote, errou o domínio e permitiu o corte da defesa adversária. Aliás, vale ressaltar que o argentino, após a brilhante partida que fez contra o Toluca, pela Taça Libertadores da América, voltou a cair muito de rendimento e já tem sido muito criticado pelo torcedor tricolor. Wilson brilhou de novo aos cinco minutos, desta vez em chute de Kelvin, de pé esquerdo.
No momento em que tinha o controle das ações e parecia próximo do primeiro gol, o São Paulo foi surpreendido ,provando do veneno de sua principal jogada: a bola parada. Juan cobrou escanteio do lado direito, Alan Santos subiu mais alto que Thiago Mendes e cabeceou no canto direito de Denis, que nada pôde fazer. Em desvantagem, Bauza partiu para as alterações. E mandou o time para o ataque.
Ele tirou o lateral-direito Auro, recuou Wesley do meio-campo para a
lateral-direita e montou o time no 4-1-4-1, com praticamente cinco
homens de frente: Kelvin, Centurión, Ytalo, Rogério e Alan Kardec. A
estratégia deu certo. Aos 33 minutos, em belo chute de fora da área,
Rogério deixou tudo igual. Bauza, imediatamente, mexeu
novamente na equipe, tirando Kelvin e colocando o lateral-direito Bruno.
Com isso, Wesley retornou ao meio-campo para reforçar a marcação ao
lado de Thiago Mendes.
Time do São Paulo após as alterações feitas pelo técnico Edgardo Bauza
O jogo ganhou em emoção, e o Coritiba, no último lance de perigo da partida, só não fez o gol da vitória porque Denis brilhou em finalização de Negueba. O resultado foi frustrante para o Tricolor, que criou chances para vencer, mas teve de engolir um empate amargo.
Fonte: Globo Esporte