Economia

Acordo Mercosul e UE deve alavancar exportações do agronegócio

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Nesta sexta-feira (06.11), os líderes do Mercosul e da União Europeia celebraram a conclusão do Acordo de Parceria entre os dois blocos, marcando um passo decisivo para a formação de uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. Com 449 milhões de consumidores e um PIB combinado de US$ 18,59 trilhões, o pacto promete ampliar significativamente o comércio, com destaque para os impactos positivos no agronegócio brasileiro.

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, destacou os benefícios econômicos do acordo, incluindo a projeção de um aumento de 0,34% no PIB brasileiro até 2044, o que equivale a R$ 37 bilhões. Além disso, o tratado deve elevar os investimentos em 0,76% (R$ 13,6 bilhões), reduzir a inflação em 0,56% e aumentar os salários reais em 0,42%, segundo estudos do governo.

“Este acordo ajuda o Brasil a crescer, aumentando exportações, renda e emprego, enquanto reduz a inflação. Após anos de negociação, esta conquista é extremamente positiva para o país”, afirmou Alckmin.

O agronegócio nacional será um dos maiores beneficiados. Em 2023, o setor exportou US$ 18,7 bilhões em produtos agrícolas para a União Europeia, representando 40% da pauta exportadora ao bloco. O acordo prevê a liberalização total ou parcial de 99% das exportações agrícolas brasileiras, com destaque para frutas frescas, café, carnes e etanol.

Tarifas e quotas

  • Frutas como abacates, limões e uvas terão tarifas eliminadas em até sete anos.
  • Café (verde, torrado e solúvel) terá tarifas zeradas no mesmo período.
  • Carne bovina terá quota de 99 mil toneladas com tarifa reduzida a 7,5%.
  • Etanol contará com quota de 650 mil toneladas, sendo 450 mil destinadas à indústria com tarifa zero.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, celebrou o momento como um marco histórico. “A conclusão deste acordo coloca o Brasil no centro de um dos maiores mercados globais, consolidando o agronegócio como um pilar estratégico. Vamos mostrar nossa competência para acessar este mercado tão importante”, destacou.

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O acordo inclui um capítulo dedicado ao desenvolvimento sustentável, reforçando compromissos com práticas agrícolas responsáveis e proteção ambiental. Ambos os blocos se comprometeram a seguir as diretrizes do Acordo de Paris, assegurando que regulamentos ambientais não sejam usados como barreiras protecionistas.

Além disso, o texto inclui salvaguardas ao chamado Princípio da Precaução, garantindo que medidas protetivas sejam baseadas em evidências científicas, revisadas periodicamente e compatíveis com o nível de proteção de cada país.

Um ponto estratégico para o Brasil é o reconhecimento de 37 indicações geográficas, como o Café da Alta Mogiana e a Cachaça da Região de Salinas. Em contrapartida, o Mercosul reconheceu 346 indicações europeias, criando condições para a valorização de produtos típicos de ambas as regiões.

Embora o Mercosul tenha concedido redução tarifária para 96% das importações europeias em até 15 anos, produtos sensíveis, como queijos, vinhos e chocolates, terão períodos de transição mais longos ou restrições específicas para proteger o mercado regional.

Além dos ganhos diretos, o acordo posiciona o Brasil como um parceiro estratégico em negociações globais, nivelando o acesso ao mercado europeu com outros concorrentes. Isso promete aumentar a competitividade e qualidade dos produtos brasileiros, fortalecendo o papel do país como um dos maiores exportadores agrícolas do mundo.

“Com este tratado, mostramos que o Brasil é essencial para a segurança alimentar global, atendendo aos mais rigorosos padrões sanitários e ambientais”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Este avanço consolida o agronegócio nacional como líder no comércio internacional, abrindo novos mercados e garantindo um crescimento sustentável e diversificado para o setor.

PRAZOS E TARIFAS – A redução das tarifas que o Mercosul cobra da UE pode ser imediata ou ao longo de prazos, que variam entre 4 anos a 15 anos. Para o setor automotivo, os períodos de redução tarifária são mais longos, variando de 18 anos a 30 anos para veículos eletrificados, movidos a hidrogênio e com novas tecnologias.

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Do lado da UE, a redução tarifária também pode ser imediata ou por períodos que vão de 4 anos a 12 anos, a depender do produto.

Estão previstas ainda cotas para produtos agrícolas e agroindustriais do Brasil. Ou seja, acima de determinada quantidade, alguns produtos começam a pagar a tarifa cheia para entrar no bloco. Entram nessa categoria produtos como carne suína, etanol, açúcar, arroz, mel, milho e sorgo, queijos, entre outros.

Para o professor Giorgio Romano Schutte, essa é a principal assimetria do acordo. “No caso dos produtos industriais da União Europeia, eles entram sem cotas, sem restrições ao volume. E no caso dos produtos agrícolas do Mercosul, tem cotas”, lembrou.

O Brasil exportou US$ 46,3 bilhões para a União Europeia em 2023:

Alimentos para animais – 11,6%

Minérios metálicos e sucata – 9,8%

Café, chá, cacau, especiarias – 7,8%

Sementes e frutos oleaginosos – 6,4%

Ferro e aço – 4,6%

Vegetais e frutas – 4,5%

Celulose e resíduos de papel – 3,4%

Carne e preparações de carne – 2,5%

Tabaco e suas manufaturas – 2,2%

O Brasil importou US$ 45,4 bilhões da União Europeia em 2023:

Produtos farmacêuticos e medicinais – 14,7%

Máquinas em geral e equipamentos industriais – 9,9%

Veículos rodoviários – 8,2%

Petróleo, produtos petrolíferos – 6,8%

Máquinas e equip. de geração de energia – 6,1%

Produtos químicos orgânicos – 5,5%

Máquinas e aparelhos especializados para determinadas indústrias – 5,3%

Máquinas e aparelhos elétricos – 4,7%

Materiais e produtos químicos – 3,6%

Ferro e aço – 3,4%

Fonte: Pensar Agro

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Destaque

Governo vai enviar projeto para Assembleia com RGA seguindo inflação do IPCA

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Previsão é que reajuste fique em torno de 4,7%, mas dado será divulgado oficialmente pelo IBGE no próximo dia 10

Assessoria

Laice Souza | Secom-MT

O Governo de Mato Grosso vai encaminhar para a Assembleia Legislativa um projeto de lei para pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos estaduais, conforme IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo), que será divulgado amanhã (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A previsão é que a Assembleia vote o projeto ainda neste mês para que a revisão seja incorporada no salário de janeiro.

A medida foi anunciada pelo governador Mauro Mendes, durante reunião com os secretários de estado, chefes de instituições e diretores de órgãos, que ocorreu nesta quarta-feira (08.01), no Palácio Paiaguás.

O governador explicou que o projeto original previa uma revisão no patamar de pouco mais de 3,85%, conforme apontavam as tendências de mercado. Contudo, a inflação teve alteração no decorrer de 2024 e deve fechar em torno de 4,7%. “Vamos pagar de acordo com o índice que será divulgado pelo IBGE, como está previsto na lei”, afirmou.

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A previsão é que o impacto mensal na folha de pagamento dos servidores, com essa revisão, seja em torno de R$ 75,3 milhões, o que equivale a R$ 849 milhões ao ano.

Com essa revisão, o governo se aproxima do limite prudencial da folha, conforme estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual. Os dados do Estado demonstram que a folha está crescendo acima da inflação, porque, além da RGA, existe o crescimento real pelas progressões de carreira. Dados apresentados pela equipe econômica do governo e da Secretaria de Planejamento e Gestão apontam que o aumento é superior a 3%. Além disso, há as despesas das novas contratações realizadas via concurso público, o que já acende uma luz amarela nos gastos com a folha.

Essa informação também foi compartilhada pelo governador a todos os secretários durante a reunião no Palácio.

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Cáceres e Região

Grupo Juba apoia possível vinda da Havan e reforça compromisso com o crescimento de Cáceres e recebe Luciano Hang

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O Grupo Juba, reconhecido por sua sólida presença e compromisso com o desenvolvimento de Cáceres, segue inovando em sua missão de fomentar o crescimento regional. Há pouco mais de três anos, o empresário Manuel Júnior, popularmente conhecido como Jubinha, em Santa Catarina, deu início a uma aproximação estratégica com o empresário Luciano Hang, proprietário da Rede Havan, com o objetivo de atrair investimentos para a cidade e fortalecer o comércio local.

Esse movimento representa a visão de futuro do Grupo Juba, sempre atento às oportunidades que tragam benefícios para o oeste de Mato Grosso. Após diversas reuniões e um diálogo promissor, Luciano Hang demonstrou grande interesse pelo potencial de Cáceres. Como resultado, em novembro de 2024, Manuel Jorge Ribeiro, fundador do Grupo Juba, recebeu Moacir Oliveira, gerente de expansão da Rede Havan no Brasil, para avaliar o município e estudar a viabilidade da instalação de uma loja da rede.

Manuel Jorge, em um gesto de confiança e apoio, apresentou um terreno próprio, localizado na lateral da Avenida São Luiz, como espaço para abrigar a grandiosidade da Havan e também percorreu a cidade mostrando outros imóveis que pudessem receber as instalações da loja de grande porte, entre eles uma área do empresário Walace Antunes, na entrada da cidade e outra do advogado Plínio Samaclay.  Essa iniciativa reforça o compromisso do Grupo Juba com o desenvolvimento socioeconômico da cidade, vislumbrando não apenas mais opções de compras, mas também novas oportunidades de emprego e maior circulação econômica.

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Luciano Hang visita Cáceres nesta quarta-feira

Na manhã desta quarta-feira (8/01), Cáceres recebeu a ilustre visita de Luciano Hang, de seus filhos Lucas e Matheus e membros da sua diretoria. O empresário e sua equipe foram  recebidos pelo diretor administrativo do Grupo Juba, Mirko Ribeiro, e por seu irmão Manuel Júnior (Jubinha), que ao lado do também empresário Walace Antunes, demonstraram o interesse em concretizar a parceria. Os secretários municipais Jeremias Pereira Leite e Gustavo Calábria, representando a prefeita Eliene Liberato Dias deram as boas-vindas ao proprietário da Havan.

Eliene destacou o impacto positivo que a vinda da Havan traria para a cidade. “A instalação de uma loja da Havan em Cáceres será um marco no nosso desenvolvimento. Além de gerar empregos, fortalecerá a economia local e colocará nosso município no mapa dos grandes investimentos. O Grupo Juba tem sido um parceiro essencial nesse processo, sempre buscando iniciativas que promovem o crescimento da nossa região,” afirmou a prefeita.

Manuel Jorge ressaltou a importância desse avanço. “A chegada de uma loja desse porte representa crescimento, novas possibilidades e, principalmente, a certeza de que Cáceres está no radar dos grandes investidores. Agora, só depende deles, vamos aguardar” destacou o fundador do Grupo Juba.

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Agora, a comunidade cacerense aguarda com expectativa o diagnóstico do estudo regional, que será fundamental para definir os próximos passos. Enquanto isso, o Grupo Juba mantém firme sua missão de ser um parceiro estratégico no desenvolvimento local, sempre em busca de avanços que beneficiem a todos.

Outro empreendimento que está a todo vapor  em Cáceres, é o Juba Center, construído anexo ao Jubão e deve gerar muitos empregos e renda para o município.

Esdras Crepaldi/Assessoria

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