Cáceres e Região

AÇÃO RÁPIDA “Forças de segurança de MT esclareceram assassinato de adolescente grávida em menos de 24 horas”, destaca secretário

Published

on

Fabiana Mendes | Sesp-MT

       As forças de segurança esclareceram em menos de 24 horas o homicídio que vitimou uma adolescente de 16 anos, grávida de nove meses, no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. Uma mulher de 25 anos assumiu a autoria do crime e foi presa em flagrante nesta quinta-feira (13.3).  Ela foi autuada por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, mediante crueldade e com recurso que dificultou a defesa da vítima —, além de ocultação de cadáver e por registrar como próprio um parto alheio.

      Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (14), o secretário de Segurança Pública, coronel PM César Roveri destacou a importância do trabalho das equipes da Polícia Militar, Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e também dos profissionais do Hospital Santa Helena.

    “As forças de segurança de Mato Grosso esclareceram o assassinato da adolescente grávida em menos de 24 horas. Desde o início do atendimento, todas as nossas forças de segurança atuaram de forma célere. A Polícia Militar atendeu a ocorrência no Hospital Santa Helena, onde os profissionais de saúde tiveram um papel fundamental na resolução deste caso. O casal foi encaminhado para delegacia e a Polícia Judiciária Civil iniciou as investigações e localizou o corpo da vítima, juntamente com a Politec. Foi um trabalho rápido, intenso e técnico desde o primeiro momento”, afirmou Roveri.

Christiano Antonucci – Secom – MT

O delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Caio Fernando Albuquerque, explicou que, na noite anterior à entrada do casal no hospital, uma família de Várzea Grande havia registrado no Núcleo de Pessoas Desaparecidas o sumiço de uma adolescente grávida de nove meses. “As ocorrências se conectaram, indicando que aquela adolescente desaparecida poderia ser a mãe da criança que estava no hospital”, afirmou o delegado.

Christiano Antonucci – Secom – MT

“Toda a equipe do Núcleo de Desaparecidos e da DHPP iniciou as buscas pela adolescente e, rapidamente, com o trabalho dos investigadores, conseguimos localizar o local onde a vítima havia entrado, no bairro Jardim Florianópolis, infelizmente atraída para esse ambiente. A partir disso, descortinou-se este ato macabro que todos viram”, disse o delegado.

Leia mais:   Prefeitura comemora sucesso do Dia D de vacinação contra a gripe e divulga números

A Politec fez a remoção do corpo e confirmou que se tratava da adolescente desaparecida, cuja filha estava no hospital sob a guarda de um casal que se apresentava como os pais da criança. O diretor-geral da Politec, Jaime Trevizan Teixeira afirmou que toda equipe realizou um trabalho preciso para obter o máximo de provas técnicas possível.

“O caso todo foi esclarecido em menos de 24 horas. Foi um trabalho rápido, com muitas informações chegando e precisando ser compiladas. Fomos até o local e fizemos um trabalho bastante apurado, com bastante detalhamento, para coletar todos vestígios. Os peritos que realizaram os exames no corpo têm mais de 10 anos de experiência, com amplo conhecimento técnico”, ponderou o diretor-geral.

Segundo Jaime Teixeira, outros exames seguem em andamento, pois o caso está apenas começando. “Tem muita investigação para acontecer. A Politec continua à disposição da Polícia Civil e da Segurança Pública para contribuir com os exames pertinentes ao caso. Além disso, está sendo analisado um conjunto de objetos encontrados na residência da suspeita, incluindo uma sacola e um fio de internet, para verificar se há indícios que possam apontar a participação de outras pessoas no crime”, afirmou.

Christiano Antonucci – Secom – MT

       O marido da suspeita e mais dois homens foram encaminhados à DHPP para prestar esclarecimentos e, posteriormente, liberados, pois, naquele momento, não havia elementos suficientes para a prisão em flagrante. Contudo, as investigações continuam, e todas as informações estão sendo verificadas para identificar possíveis participações de outras pessoas, tanto na execução da vítima quanto em qualquer outro crime relacionado. Caso sejam confirmados novos envolvidos, as autorias serão devidamente individualizadas.

Leia mais:   Operação Integrada resulta em 13 prisões por embriaguez ao volante em Cáceres

Entenda

A adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, estava desaparecida desde o início da tarde de quarta-feira (12), quando saiu de sua casa em Várzea Grande para buscar doações de roupas na casa de uma mulher, em Cuiabá, e não entrou mais em contato com a família. Já durante a noite, o casal deu entrada no Hospital Santa Helena com um bebê recém-nascido no colo, relatando que o parto havia ocorrido em sua residência. A equipe médica realizou o atendimento da criança, mas a mulher se recusou a ser atendida.

Depois de certo tempo, a mulher aceitou o atendimento, ocasião em que foram realizados exames ginecológicos e laboratoriais, que constataram que a paciente não estava em estado puerperal. Quando ela foi amamentar a criança, também foi verificado que ela não estava produzindo leite materno, sendo identificada a possibilidade de a paciente não ser a mãe da criança.

Diante das suspeitas, a equipe do hospital acionou a Polícia Militar, e o casal foi conduzido para a Central de Flagrantes para prestar esclarecimentos. Após a oitiva do casal e com as informações do desaparecimento da jovem gestante, a equipe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas foi até a residência dos suspeitos para continuidade das investigações.

Na casa, os policiais encontraram o corpo da adolescente enterrado em uma cova rasa, com parte da perna visível. A vítima estava com o ventre aberto, com um corte grande, indicando uma situação de parto forçado.

 

Comentários Facebook

Cáceres e Região

Franco Valério indica doação de cascalho para socorrer casas de famílias em situação de vulnerabilidade social no município

Published

on

Sinézio Alcântara – Expressão Noticias

Após indicar a construção de centenas de poços artesianos, em comunidades rurais, para garantir o fornecimento de água nas lavouras, principalmente, dos pequenos produtores, o vereador Franco Valério (PSB), indicou na última sessão junto a administração municipal, estudos de viabilidade para a aquisição de uma cascalheira municipal.

O projeto tem por finalidade, destinar fornecimento gratuito de cascalho para famílias de baixa renda em situação de vulnerabilidade, residentes em diversos bairros, cujas moradias teriam sido construídas sem a devida orientação técnica, o que estaria resultando em sérios problemas estruturais.

“Essa cascalheira serviria para distribuir cascalho gratuito aos moradores das casas com sérios problemas estruturais, especialmente, em períodos chuvosos, quando tem as residências inundadas” explica Franco assinalando que “esse desconforto acometem as famílias em vulnerabilidade social que não tiveram outras alternativa de moradia”.

O autor da indicação assinala que “a aquisição da cascalheira possibilitará a administração fornecer material de maneira contínua e gratuita, permitindo melhorias na infraestrutura básica, reduzindo os riscos à saúde pública e garantindo mais dignidade e segurança à essas famílias”.

Leia mais:   EM PONTES E LACERDA - Corpo de Bombeiros resgata vitima presa às ferragens de caminhão após acidente na BR-174

Franco Valério enfatiza que diante da sensibilidade e do comprometimento da prefeita Eliene Liberato Dias, com as demandas sociais do município, terá a indicação atendida. “Tenho certeza que a prefeita Eliene compreenderá a relevância dessa ação e certamente irá atender a nossa indicação”.

Comentários Facebook
Continue Reading

Cáceres e Região

Preso injustamente por 6 anos, aposentado de Araputanga exige R$ 5 milhões de indenização

Published

on

João Eliotério Veda, de 64 anos, foi condenado sem provas; Justiça de Mato Grosso reconheceu erro após quase seis anos de sofrimento

Por ANGELA JORDÃO/MIDIA JUR COM ADAPTAÇÃO QM

Araputanga (MT) — Após passar quase seis anos preso injustamente, o aposentado João Eliotério Veda, de 64 anos, morador de Araputanga, entrou na Justiça com um pedido de indenização de R$ 5 milhões por danos morais e existenciais. A ação foi protocolada na Vara Única do município no último dia 17 de abril e relata as graves consequências que ele enfrentou em razão de um erro judiciário que só foi corrigido no fim de 2023.

Condenado em janeiro de 2019 a 44 anos, 11 meses e 24 dias de prisão por abuso sexual de vulnerável, João Eliotério sofreu as consequências de uma sentença embasada em acusações falsas, mesmo após as denunciantes se retratarem e negarem os fatos. Em dezembro de 2023, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) finalmente reconheceu a inocência do aposentado, pondo fim a uma das páginas mais trágicas da história recente da Justiça em Mato Grosso.

Leia mais:   Comitiva de vereadores e deputado estadual fiscalizam instalações do Hospital Regional de Cáceres

Tentativa de suicídio e trauma irreversível

Durante o período de prisão, o aposentado sofreu danos profundos em sua saúde mental e física, chegando a tentar suicídio dentro da unidade prisional. De acordo com a ação, ele desenvolveu depressão severa e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), além de enfrentar abandono familiar, exclusão social e dificuldades extremas para se reintegrar à sociedade.

A defesa argumenta que o valor pedido de R$ 5 milhões leva em consideração a gravidade do erro, o impacto vitalício sobre a dignidade de João Eliotério e a necessidade de medidas que inibam novas injustiças. “O valor representa, em média, R$ 1 milhão por cada ano injustamente passado atrás das grades”, explica o advogado João Mateus Freitas Costa, que conduziu a revisão criminal.

Acusações falsas e processo injusto

As acusações partiram de duas enteadas do aposentado. Durante a investigação e o julgamento, ambas admitiram ter mentido, motivadas por influência de colegas da escola e desentendimentos com o padrasto, considerado rígido em casa. Elas chegaram a relatar a verdade a familiares e gravaram as confissões, provas que, surpreendentemente, foram desconsideradas pelo sistema de Justiça.

Leia mais:   Prefeita de Cáceres fala de machismo na política e chora: "Fui taxada como fraca" (Vídeo)

Apesar das retratações registradas perante a polícia e o juiz, João Eliotério foi condenado. O TJMT, na época, manteve a sentença, aprofundando a tragédia pessoal do aposentado. Foi apenas pela insistência de sua filha, que buscou nova defesa jurídica, que a Justiça reverteu a condenação anos depois.

“O erro judiciário é claro. As vítimas negaram os fatos em três momentos distintos, inclusive em juízo. Não havia provas materiais que sustentassem a acusação. Ainda assim, ele foi condenado. Trata-se de um erro grotesco”, afirma o advogado.

Buscando justiça e reparação

A ação de indenização relata todo o sofrimento de João Eliotério e pede que o Estado de Mato Grosso reconheça a responsabilidade pela falha brutal. Segundo o advogado, a decisão de buscar a reparação não foi fácil para o aposentado, ainda muito abalado.

“Ele hesitou muito. Mas chegou um momento em que percebeu que precisava disso para, de alguma forma, restaurar sua honra e tentar seguir em frente”, explicou o defensor.

Enquanto aguarda a decisão judicial, João Eliotério tenta reconstruir a vida em Araputanga, onde, por muito tempo, carregou a injusta marca de um crime que jamais cometeu.

Comentários Facebook
Continue Reading

Cáceres e Região

Policial

Política MT

Mato Grosso

Mais Lidas da Semana