
Não podia ser diferente. Ao comemorar a vitória por 1 a 0 em cima do rival Atlético-PR, o auxiliar técnico Márcio Goiano, que comandou o Coritiba do banco de reservas, já que o técnico Pachequinho cumpria suspensão, quase só falou sobre o atacante que estreou com a camisa alviverde.
Em português ou no idioma do futebol, Goiano fez questão de afirmar que Kazim, mesmo só arranhando a língua brasileira, “entendeu perfeitamente” o recado. Tanto é que entrou no segundo tempo e decidiu a partida no Couto Pereira.
? Antes de entrar, foi pedido para ele ficar mais próximo do gol. Ele tem estrela e a bola acabou sobrando pra ele. Estava no lugar certo, na hora certa. Mostra que o cara tem pé quente. O Kazim está totalmente adaptado. Já é bem querido pelos colegas. É brincalhão e divertido. É um cara que vai dar uma contribuição para a gente dar uma bela arrancada no campeonato. Ele veio para ser destaque no brasileiro – disse em entrevista coletiva à imprensa.
Mas não foi só o estrangeiro decisivo que mereceu os elogios do auxiliar técnico. Iago estreou pelo Coritiba na semana passada e entrou em todas as partidas desde então. O atacante foi trazido ao clube pelas avaliações positivas de Goiano, que o observou na Série A3 do Campeonato Paulista.
? O Iago eu já conhecia, porque estava como observador e chamei ele para vir. No potencial dele eu sempre acreditei. Faz a função perfeita do lado esquerdo. Fechou o lado esquerdo perfeitamente, não teve mais ações com o Léo e acabamos com o controle do jogo. Destaco o Iago como um atleta que veio para vencer, veio com fome.
Em relação à estratégia para vencer o maior rival em um clássico diferente, Goiano falou sobre a importância do referencial dentro da área. A entrada de Kazim permitiu que o meio de campo pudesse trabalhar de forma mais aberta, assim como assustou a defesa atleticana, pelo porte físico do gringo.
? Você coloca um atacante, um cara de área. A primeira coisa é ficar mais próximo do gol, porque a bola vai sobrar ali. Está sem ritmo de jogo, toque refinado. Quando você coloca um cara forte, impõe respeito na zaga, porque ele vai fazer o papel de pivô. Ainda mais com a bola aérea, rebatida, que acaba sobrando pra ele. O jogo de hoje foi tipicamente um Atletiba. Dificilmente você tem um clássico com aquela qualidade técnica. Geralmente é na garra e, o que prevalece, é a definição tática ? avaliou Goiano.
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A vitória em cima do Atlético-PR tira, momentaneamente, o Coritiba da zona de rebaixamento. O time ainda depende de jogos desta quinta-feira para escapar da degola nesta rodada, mas o clima de “missão cumprida” é o que afina o discurso do elenco. O auxiliar técnico acredita que o resultado, depois de três empates consecutivos, é o que o Alviverde precisava para embalar no Brasileiro.
? Agora, é olhar pra cima. Somamos três pontos importantíssimos para a autoestima do elenco. Vamos olhar para o meio da tabela e, depois, começar a olhar a parte de cima. Não tem nenhum bicho papão no Brasileiro. É perfeitamente possível o Coritiba brigar lá em cima. É jogo a jogo. O nível de aplicação nos treinamentos é que dá tranquilidade para gente sonhar. Para sonhar, não paga. É de graça. O que custa a gente sonhar em chegar mais na frente? E nós vamos conseguir, porque trabalho não vai faltar. Vai ter empenho de todos os envolvidos e da torcida. O torcedor vai ser o nosso 12º jogador a partir de agora ? pregou o auxiliar direto de Pachequinho.
Na subida no Campeonato Brasileiro, o Coritiba agora enfrenta o Fluminense, no Raulino de Oliveira. A partida da 13ª rodada da competição está marcada para às 16h (horário de Brasília) do próximo sábado.
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