O convite é bem claro: ”O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, convida para o ato de assinatura de parceria com os clubes Botafogo e Fluminense”. A data marcada é esta terça-feira, às 11h, em Brasília. Mas, pelo menos até agora, não há nada definido entre o Tricolor e o banco estatal. O panorama dos últimos dias segue o mesmo: ainda existem pontos de divergência entre as partes no contrato. Um representante do clube das Laranjeiras vai embarcar para a capital federal nas primeiras horas desta terça para uma última conversa. A parceria corre o risco de nem sair do papel.
– No momento está mais para não assinar – disse uma pessoa ligada à diretoria tricolor na tarde da última segunda-feira.
O Fluminense nunca se manifestou oficialmente sobre o possível patrocínio da Caixa. De fato, foi o banco que fez o convite para a assinatura do contrato no último sábado. Uma pressão sobre a diretoria tricolor que até agora não deu resultado. Se a assinatura estivesse marcada para a última segunda, não teria acontecido, por exemplo. E o mesmo pode acontecer nesta terça. Os contatos por telefone entre o clube e o banco desde o anúncio da assinatura não representaram qualquer avanço.
Na mesma segunda, o Diário Oficial da União publicou o aval para a Caixa fechar um contrato de patrocínio de R$ 1 milhão ao Fluminense até o fim do ano. O valor corresponde a dois meses (outubro e novembro) e dois jogos (o último de setembro, contra o Corinthians, e o único de dezembro, contra o Internacional) de exposição da marca na camisa tricolor. A quantia, aliás, é uma das divergências entre as partes. A publicação não representa a efetivação da parceria, trata-se apenas de uma autorização necessária para o investimento.
Uma das discordâncias iniciais, no entanto, já foi resolvida. Caso o contrato seja firmado, a Caixa queria que o inicio da parceria se desse no jogo de quarta-feira, contra o Corinthians, pela Copa do Brasil. O Fluminense não aceitou porque terá uma novidade em sua camisa nesse confronto. Assim, o Tricolor pediu para que o contrato tivesse validade apenas a partir da partida do dia 25, contra o mesmo Corinthians, também em São Paulo, mas pelo Campeonato Brasileiro. O banco estatal aceitou. Resta agora acertar os outros pontos de divergência no contrato.