Preocupado com o resultado de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral que pede a cassação dos registros das candidaturas de Eliene Liberato (PSB) e Odenilson Silva (Republicano), por prática de “Caixa 2” e abuso de poder econômico, em razão do exibicionismo com dinheiro e insinuação de compra de votos, divulgado em vídeo de whatsApp, o publicitário e apoiador da campanha Jonas Alves Cardoso Júnior, nega as afirmações.

Cobrado para desfazer o embaraço em que se envolveu, Júnior procurou a reportagem do site Expressão Notícias para publicação de uma “Nota de Esclarecimento/Direito de Resposta”.

Nela ele se diz surpreso com o pedido da Ação de Investigação Judicial Eleitoral, proposta pela coligação “Garantir as Conquistas, Avançar nas Mudanças”. Afirma que a gravação do vídeo em que ele aparece com dinheiro foi feita no dia 8 de setembro e que “até então não sabia que é proibido andar com dinheiro”.

Embora, haja na gravação uma conversa sobre compra de votos, ele nega: “E na própria filmagem não há referência nenhuma a compra de votos ou outro ilícito”. O publicitário diz que nada é verdadeiro. E, que “foi um “erro grosseiro iniciar um processo com uma imagem dessas”.

Ele não explicou, no entanto, outros pontos citados na ação, como por exemplo, a pesquisa fraudulenta montada por ele em que aparece a candidata Eliene com larga vantagem sobre os demais candidatos, pela qual foi condenado ao pagamento de multa de R$ 53 mil pela justiça eleitoral.

Júnior diz que desde a hora em que foi feita a publicação no site “tenho sido cobrado e interpelado por amigos, conhecidos e clientes, que sabem que a minha conduta jamais se desviou da legalidade” Abaixo a Nota de Esclarecimento e a matéria sobre a ação de investigação judicial eleitoral contra a coligação “De Mãos Dadas com Você” e os candidatos a prefeito e vice Eliene Dias e Odenilson José da Silva, além de Jonas Alves Cardoso Junior

Nota de esclarecimento/Direito de Resposta 

Eu, Jonas Alves Cardoso Junior, fui tomado de surpresa, no dia de ontem, 30/10, pela reportagem “Caixa Dois – Eliene é alvo de ação por abuso de poder econômico”, envolvendo meu nome em suposto esquema de abuso de poder econômico, em um vídeo onde eu manuseio certo volume de notas. Desde então, tenho sido cobrado e interpelado por amigos, conhecidos e clientes, que sabem que a minha conduta jamais se desviou da legalidade.

Primeiramente, desnecessário dizer que tudo parece ser fruto do desespero. Uma simples pesquisa “caixa térmica com dinheiro”, no google, localizaria a caixa térmica da imagem, em várias referências à operação Para Bellum, deflagrada no Pará, em junho deste ano, e que na caixa havia 750 mil reais em posse de Peter Cassol. Ou seja, erro grosseiro iniciar um processo com uma imagem dessas.

Já o vídeo, foi gravado e circulou em alguns grupos no início de setembro, e mostra apenas que eu estou com um volume de dinheiro na mão, tirando uma nota para o meu filho comprar um refrigerante. Em uma referência ao folclórico Dom Wagner, o Rei do Pacote de Poconé, um dos presentes fez essa brincadeira, de dizer que o “Rei do Pacote” havia chegado. A gravação foi feita no dia 08/09, e até onde eu saiba não é proibido andar com dinheiro. E na própria filmagem não há referência nenhuma a compra de votos ou outro ilícito.

Sendo assim, é lamentável que tal fato venha a movimentar inutilmente o judiciário, expor um prestador de serviços como eu e ainda tentar tirar o foco de uma campanha que já mostra o seu tamanho, dada a credibilidade e popularidade da minha candidata a prefeita, Eliene Liberato.

Por outro lado, apegar-se a um vídeo antigo e uma foto de internet também serve como atestado da lisura e seriedade da campanha, pois, se vão em busca de produzir ilícitos fictícios, é porque ilícitos reais não encontraram. Por medida de justiça com quem teve o seu nome incluído desnecessariamente em um processo e divulgado na sociedade, peço a publicação e divulgação desta nota, de modo a restabelecer a verdade dos fatos, e me coloco à disposição de qualquer cidadão e da justiça.

Jonas Alves Cardoso Junior

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Caixa Dois – Eliene é alvo de ação por abuso de poder econômico 

Da Redação

Na tarde de 28/10, em Cáceres, a coligação “Garantir as Conquistas, Avançar nas Mudanças” ajuizou uma ação de investigação judicial eleitoral contra a coligação “De Mãos Dadas com Você” e os candidatos a prefeito e vice Eliene Dias e Odenilson José da Silva, além de Jonas Alves Cardoso Junior, que faz parte da equipe de divulgação da campanha dos requeridos e é um apoiador que busca trazer votos a qualquer custo para seus beneficiados candidatos.

Jonas é intimamente ligado a campanha eleitoral de Eliene e Odenilson, chegando a, inclusive, utilizar seu veículo como carro de som nas reuniões políticas dos mesmos. Ele já foi objeto de diversas representações por divulgação de pesquisa fraudulenta em favor de além de outras representações por outras coligações.

Dessa vez, Jonas, por meio do telefone 65 – 9.9634-1347, que está em nome de sua empresa (Agência Jr Publicidades – Nome fantasia), divulgou um vídeo no grupo de WhatsApp “Clientes e amigos Monster” no qual ele mesmo aparece chegado de Cuiabá com uma grande quantia de dinheiro e começa a contar dizendo:

Terceira pessoa: “O rei do pacote acaba de chegar em Cáceres”.

(…) aparece o requerido Jonas pegando o dinheiro em seu carro e contando .(…)

Terceira pessoa: “Acho que dá”

(…) o requerido Jonas levanta o dinheiro e balança positivamente a cabeça. (…)

Terceira pessoa: “ahh cachorro.”

Em seguida Jonas divulgou no mesmo grupo de WhatsApp (Clientes e amigos Monster) uma foto de uma caixa térmica cheia de dinheiro em espécie, e comenta: “Desculpa ai bebê. Foi mal postei grupo errado”

Essas postagens deixam claro que o dinheiro em espécie será utilizado para utilização na campanha dos demais requeridos (caixa dois), principalmente na compra de votos. Tanto é, que o primeiro comentário após as postagens já demonstra esse sentimento, pois uma pessoa de nome Kennedy Campos, com o número de telefone nº 65 – 9807-8540 postou o seguinte: “Já dá de compra uns votos. Tchau bom domingo”.

Para a Coligação que ajuizou a ação de investigação, essas provas evidenciam a prática de abuso de poder econômico para desequilibrar o pleito municipal em favor dos candidatos Eliene e Odenilson. Paulo Donizete, candidato a prefeito de Cáceres e autor da ação de investigação judicial eleitoral, diz que “o abuso de poder político é algo de mais nefasto que não deveria acontecer mais nas campanhas eleitorais”.

Ele ressalta: “Será que nem com uma pandemia, com tanto sofrimento e mortes de pessoas amadas vamos aprender a agir de forma ética? Não permitiremos, de maneira nenhuma, que o abuso de poder econômico interfira na vontade do eleitor cacerense. Por isso, esperamos que a Justiça Eleitoral tome providências duras para que esse absurdo não volte a acontecer e puna os responsáveis”.

A petição inicial apresentada pelos advogados da coligação-autora narra que esse abuso está evidente nas ruas de Cáceres, uma vez que os candidatos-réus sustentam os gastos eleitorais de um grande número de candidatos ao cargo de vereador, o que demanda muito recurso financeiro e evidencia a utilização de vias ilícitas para obter e repassar tais recursos.

A petição diz ainda que: “Os documentos em anexo, demonstram que os requeridos Eliene e Odenilson se utilizam do requerido Jonas para operacionalizar os recursos financeiros que não serão contabilizados (caixa dois) na prestação de contas oficial, para que sejam injetados na hiper estrutura de campanha dos mesmos, bem como para utilização da compra de voto”.

Com essas alegações e provas, a coligação “Garantir as Conquistas, Avançar nas Mudanças”, de Paulo Donizete, pede que a Justiça investigue os réus e determine a cassação dos registros de candidaturas de Eliene e Odenilson, além de declará-los inelegíveis, estendendo as sanções a Jonas Alves Cardoso Junior, tudo isso pela prática de caixa dois e abuso de poder.

Sinézio Alcântara – Expressão Notícias