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Pesquisas da Unemat apontam que a Amazônia já foi o lar de populações prósperas antes do descobrimento do Brasil

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Novamente a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) ganha o mundo por suas pesquisas. Os pesquisadores da Unemat Ben Hur Marimon Jr. e Beatriz Schwantes Marimon, professores no  câmpus de Nova Xavantina são coautores do artigo publicado na revista acadêmica britânica Nature Communications que está tendo uma enorme repercussão internacional. A constatação de que a Amazônia já foi o lar de populações prósperas de até um milhão de pessoas foi publicada em veículos como as revistas americanas Time e National Geographic, a revista brasileira Superinteressante, o site G1 da Rede Globo  e os jornais britânicos Daily Mail, The Guardian e The Independent.

“Nossos estudos revelaram uma civilização de cerca de um milhão de pessoas vivendo num trecho de 1800 km ao sul da Amazônia, antes do descobrimento do Brasil, de 1250 d.C. a 1500 d.C., em locais onde se pensava serem praticamente desabitados”, revela Ben Hur. A pesquisadora  Beatriz Marimon esclarece que a maior parte das pesquisas foram desenvolvidas em Mato Grosso, com a participação da Unemat, onde foram encontrados  os restos de aldeias fortificadas e valas feitas pelo homem com formas quadradas, circulares ou hexagonais chamados de geoglifos, em volta dessas aldeias.

Mas a grande contribuição da Unemat se dá por meio dos estudos das “terras pretas de índio”, objeto de estudo do pesquisador Ben Hur, desde 2010. “As terras pretas, as cerâmicas e os geoglifos, como os de Gaúcha do Norte, distantes quase 600 km da capital Cuiabá, revelaram estas populações indígenas”, contou Ben Hur. Os pesquisadores chegaram a estimativa populacional com base na quantidade de antigas aldeias de povos agricultores encontradas em Mato Grosso. “Nosso estado era, nas verdade, densamente povoado para os padrões da época, e em certos lugares, populações maiores do que as que existem atualmente”, admite Ben Hur.

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A professora e pesquisadora Beatriz Marimon contou que o trabalho foi realizado em equipe e liderado pelo professor José Iriarte, da Universidade de Exeter, do Reino Unido. “Ajudamos a revelar parte da descoberta, que pertence a centenas de antigas aldeias ainda escondidas na floresta tropical de nosso estado. É muito gratificante ver nossos trabalhos com vegetação e carbono no solo das terras pretas de índio contribuindo com tanto impacto para a arqueologia mundial fora o quanto é importante ter um trabalho da Unemat mundialmente divulgado e com elevado grau de interesse do público internacional”, comemora a pesquisadora que estuda a vegetação da transição Amazônia/Cerrado.

Mas nem tudo está esclarecido. Ainda há muito trabalho pela frente comentam os pesquisadores. Os arqueólogos ainda não sabem explicar exatamente quais povos eram estes e como viviam. A exceção se dá na bacia do Alto Xingu, onde as comunidades de língua arawakana ainda vivem em grandes aldeias circulares ligadas por uma rede de caminhos.

Segundo o professor José Iriarte, e seu doutorando, Jonas Gregório, primeiro autor do artigo, as aldeias Arawak se parecem muito com o que os arqueólogos acreditam ter sido as aldeias pré-colombianas reveladas pelo estudo. A diferença é que hoje as aldeias modernas são menores e não-fortificadas. De acordo com Ben Hur outra condição já sabida é a de que “eles eram agricultores que cultivavam as terras pretas, ricas em carvão vegetal, material que confere alta fertilidade a estes solos”.

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O cultivo das terras pretas de índio é praticado até hoje por pequenos agricultores da região Amazônica e em seus estudos o professor Ben Hur disse ter encontrado resultados surpreendentes de fertilidade, que servirão como modelo para novas tecnologias de fertilização do solo com base em carbono pirogênico.

A pesquisa financiada pelo National Geographic e pelo projeto Past do European Research Council vem sendo desenvolvida pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, pela Unemat, câmpus de Nova Xavantina, pela Universidade Federal do Pará, em Belém e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, São Paulo.

Para acessar o artigo: https://www.nature.com/articles/s41467-018-03510-7

por Hemilia Maia

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Penitenciaria Central do Estado – MT tinham fábrica de cachaça dentro de cela, revela operação

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Foto: Cáceres Notícias

A Polícia Civil descobriu uma fábrica de cachaça artesanal dentro de uma cela na Penitenciária Central do Estado (PCE). A descoberta ocorreu durante cumprimento de mandados da Operação Alcatraz contra líderes de facção criminosa que estavam ordenando crimes de dentro da prisão, na tentativa de ‘dominar’ o tráfico em Cáceres.

Foto divulgada mostra alguns equipamentos utilizados na fabricação da cachaça. No local, foram encontradas diversas garrafas organizadas para a fabricação do produto.

A ação resultou na apreensão de 13 aparelhos celulares, diversos carregadores e porções de drogas, entre maconha e cocaína, além de facas, cadernos de anotações e outros objetos, inclusive um mapa da cidade de Cáceres.

Os investigados, que atualmente cumprem pena na penitenciária, são apontados como lideranças e autores intelectuais de diversos crimes como homicídios, além de fomentarem uma disputa pelo domínio do tráfico de drogas na cidade de Cáceres.

As investigações conduzidas na 1ª Delegacia de Polícia de Cáceres estão em andamento há aproximadamente seis meses e apontam que detentos utilizam de aparelhos celulares de dentro do presídio para ordenar a prática dos crimes.

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Por:  Estadão Mato Grosso

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Cáceres e Região

Diego quer que fábricas norteamericanas de sistemas de irrigação se instalem na ZPE de Cáceres

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Foto/Divulgação

O deputado Diego Guimarães (Republicanos) convidou dirigentes das duas maiores empresas de sistemas de irrigação para se instalarem na Zona de Processamento e Exportação (ZPE) de Cáceres. O parlamentar, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária, representa a Assembleia Legislativa de Mato Grosso na terceira edição da Missão Nebraska, organizada pela Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT), que reúne representantes de diversas entidades em uma visita ao estado de Nebraska, referência mundial em tecnologia de irrigação.

Nesta segunda-feira (22.04), Guimarães visitou as fábricas da Valley Irrigation e da Lindsay. “Nestas reuniões ficou claro o interesse delas em expandir o mercado em Mato Grosso, já que temos um grande potencial de crescimento e nessa conversa nós mostramos para essas duas empresas os benefícios de se implantar na ZPE de Cáceres. Elas podem produzir e ali mesmo vender os produtos. O CEO da Lindsay assumiu o compromisso de ir a Mato Grosso, conhecer a realidade do estado e dialogar com o governo para ter uma possibilidade de firmar essa parceria e ter uma fábrica na ZPE”, explica Guimarães.

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O estado de Nebraska possui aproximadamente 3,5 milhões de hectares de áreas irrigadas com aproximadamente 100 mil poços perfurados. Diego destaca que há um acompanhamento diário dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos do estado o que proporciona segurança no plantio. “Eles fazem uma safra apenas e Mato Grosso, mesmo com uma área irrigada pequena já faz duas safras. Quando a gente fala em irrigação a gente não fala apenas em garantir uma segunda ou terceira safra, mas sim de garantir uma safra bem-feita. A importância disso ficou clara com a crise hídrica que tivemos nessa última safra”, pontua o deputado.

Atualmente, Mato Grosso conta com cerca de 200 mil hectares em áreas irrigadas e, de acordo com estudos técnicos, pode alcançar 4 milhões de hectares. “Desde o ano passado tenho trabalhado para que o Governo de Mato Grosso disponibilize kits de irrigação para agricultores, especialmente aqueles que atuam na agricultura familiar, em diversos municípios mato-grossenses, além de pedir pela criação de linhas de crédito para o financiamento de sistemas de irrigação”, ressalta Guimarães, presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da ALMT.

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Representando o Governo de Mato Grosso, o secretário adjunto de Agronegócios e investimentos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Anderson Martins Lombardi, explicou aos empresários norte-americanos os benefícios da ZPE. “Graças ao governador Mauro Mendes e ao secretário César Miranda esse sonho de 30 anos da ZPE de Cáceres virou realidade. A indústria que se implanta dentro da ZPE ganha diversos benefícios. O produto que vai ser industrializado lá para ser exportado não paga nada de imposto na matéria-prima e não paga nada de imposto na venda. E o produto vendido no mercado brasileiro tem os melhores benefícios fiscais do Brasil que são os benefícios do Prodeic”.

Na avaliação do presidente da Aprofir-MT, Hugo Garcia, além de vender os produtos para o mercado mato-grossense, as empresas podem exportar os kits de irrigação para o mercado sul-americano. “Outra grande vantagem para Mato Grosso é a geração de empregos que essas indústrias proporcionam. A gente vai conseguir ter mais irrigação próxima da gente e poderemos realizar estudos, desenvolver técnicas novas e, com certeza, a gente vai elevar a nossa produção”.

 

Por: Jornal MT Norte

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