Compactação. Esta é a palavra do momento no futebol. É o que os técnicos desejam de seus times e os comentaristas gostam de exaltar ou criticar em uma equipe. E foi exatamente na compactação que o Cruzeiro apresentou seu principal defeito na goleada diante do Santa Cruz. O time celeste foi derrotado por 4 a 1 e terminará a terceira rodada do Campeonato Brasileiro na zona de rebaixamento.
Como o Cruzeiro iniciou o jogo contra o Santa Cruz (Arte: GloboEsporte.com)
Para o jogo dessa quarta-feira, o técnico Paulo Bento mexeu na formação tática em relação ao time da estreia e colocou três volantes: Henrique, Ariel e Bruno Ramires. Apesar da alteração, o time não ficou defensivo e teve um bom primeiro tempo, com o argentino caindo pelo lado esquerdo e Bruno Ramires do lado direito, auxiliado sempre pelos laterais. Apesar do bom rendimento na primeira etapa, controlando sempre a posse de bola, o time não foi para o vestiário vencendo. No segundo tempo, mesmo com o gol de Arrascaeta, o time não conseguiu jogar bem e deu muito espaço para o Santa Cruz.
No meio de campo, Henrique, por várias vezes, voltou muito para tentar sair jogando. Mas com Bruno Ramires abrindo pela direita e Ariel Cabral pela esquerda, o Cruzeiro mostrava um buraco no meio de campo, pecando na compactação. Na hora da recomposição, o time cedeu terreno de jogo para o Santa Cruz, que começou todos os seus gols em jogadas na intermediária – além das falhas individuais.
Cruzeiro enfrentou problemas para sair jogando no primeiro tempo (Arte: GloboEsporte.com)
No primeiro, Grafite ganhou de Bruno Viana e partiu em velocidade. Ganhou facilmente de Bruno Rodrigo até ser derrubado por Fábio na área. Com todos os jogadores de meio avançados, foi difícil para o atacante Coral. No segundo gol, Léo Moura teve muito espaço para lançar Grafite, mais uma vez vencer Bruno Rodrigo e fazer o segundo. No quarto gol, com o Cruzeiro já desarrumado, mais um lançamento, desta feita para Keno, que correu livre para fechar o placar em 4 a 1 (veja os lances do jogo no vídeo abaixo).
Outro pecado cruzeirense na goleada foi o aproveitamento ruim nas chances criadas. Apesar da descompactação do time, quando foi melhor no jogo, em grande parte do primeiro tempo, o Cruzeiro controlou as ações. No total, o time mineiro teve 21 finalizações, sendo sete chances reais de gol, e marcou uma vez. Do outro lado, o Santa Cruz teve nove oportunidades de gol, sendo quatro reais e guardou todas.
Na 19ª colocação, o técnico Paulo Bento terá pouco tempo para trabalhar os erros apresentados pelo Cruzeiro. O time celeste volta nesta quinta-feira para Belo Horizonte, mas não treina. A única atividade antes da partida contra o América-MG será na sexta-feira. O clássico mineiro será no sábado, às 16h (de Brasília), no Mineirão.
Problema na saída de bola do Cruzeiro permaneceu no segundo tempo (Arte: GloboEsporte.com)
Fonte: Globo Esporte