Rubro-negro desde criança e cria da base do Sport, o meia Everton Felipe sempre se sente à vontade na Ilha do Retiro. Em constante evolução, o meia de apenas 18 anos conta com a ajuda de dois personagens importantes do clube para amadurecer. O técnico Oswaldo de Oliveira e o meia Diego Souza. O primeiro dá a confiança que um pai daria em momentos difíceis, enquanto o segundo usa sua experiência para orientar o camisa 97 e muitas vezes cobrar de forma aberta em jogos e treinamentos.
Diego Souza e Everton Felipe concentram no mesmo quarto e quase sempre estão juntos (veja no vídeo) nos trabalhos em dupla dos aquecimentos. A amizade rendeu até um apelido dado pelo próprio técnico Oswaldo de Oliveira.
– Ele me chama de rabiola, que é uma parte da pipa. Ele diz que eu e Diego não andamos sozinhos e precisamos estar juntos para poder voar. Diego gosta de brincar e eu também. Estamos juntos sempre que tem resenha – comentou Everton.
Apesar da amizade entre os dois, Everton Felipe confessa que não esperava isso de Diego Souza. De longe, ele acompanhava o camisa 87 do Sport e imaginava que se tratasse de um jogador marrento e que fazia mal ao grupo. Mas mudou completamente a impressão quando o conheceu.
– Eu disse a ele que achava que era marrento e chato porque foi um cara que rodou o mundo. Achei que era ruim para o grupo, mas quando ele chega e você olha, é a maior humildade. Nem parece que é jogador de futebol e que jogou onde jogou. É um cara espetacular e eu gosto de ficar perto dele. Só me dá conselhos para o bem.
Elogiado por Oswaldo de Oliveira sempre que tem oportunidade, Everton retribuiu comentando a paciência que o treinador tem tido desde o início do trabalho.
– Digo isso de pai na brincadeira porque ele é um paizão. Não só comigo, mas com todo mundo. Ele abraça o grupo de uma maneira sensacional. Acreditou em mim quando fiz partidas ruins e conversou muito dizendo que acredita no meu potencial. Estou jogando graças à insistência dele.
Entre as cobranças e conselhos de Oswaldo de Oliveira, Everton Felipe destacou a cobrança de bolas paradas, que segundo ele não estava boa, mas o treinador fez questão que ele trabalhasse mais. E os frutos foram colhidos no último jogo, quando dois dos quatro gols do Sport na vitória sobre o Grêmio saíram depois de cobranças de escanteios.
– A minha bola parada não estava indo bem e ele insistia. Mandava eu bater escanteio e falta no treino e dizia que uma hora eu ia acertar. Foi muito importante para mim.