Destaque
Em Cáceres médicos param e suspendem cirurgias
Com 3 meses de salários atrasados, os médicos do Hospital Regional de Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá) paralisaram as atividades por tempo indeterminado e suspenderam todas as cirurgias que estavam agendadas para esta segunda-feira (20).
São pelo menos 86 profissionais de braços cruzados que só pretendem voltar ao trabalho depois que receberem os pagamentos de dezembro de 2016, janeiro e fevereiro deste ano que ainda não foram pagos. O Hospital Regional é gerenciado pela Associação Congregação de Santa Catarina, uma Organização Social de Saúde (OSS).
Somente neste primeiro dia de paralisação, pelo menos 20 cirurgias que estavam agendadas, foram suspensas, conforme informou o médico oncologista, Eduardo Marques Lima. Para esta terça-feira (21) de um total de 8 cirurgias oncológicas agendadas, somente uma será realizada, de um paciente com câncer de boca, que é considerada como emergência. A decisão pela paralisação, segundo ele, foi decidida numa assembleia dos médicos realizada na última sexta-feira (17) quando expirou o prazo concedido ao governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
“A greve é por tempo indeterminado, até a gente receber. A diretoria vai todo dia na Secretaria de Saúde e diz que assim que o Estado pagar os valores que estão em atraso, eles nos pagam. Queremos que o Estado e a diretoria possam se acertar para que a gente receba. Sabemos que o Estado tem 2 meses atrasados com a OSS e ela tem 3 meses atrasados com a gente”.
“Estamos indo para o dia 21 de março, perto de completar 4 meses de salários atrasados. Alguns fornecedores também estão sem receber desde dezembro. Não sabemos como estão os repasses com a OSS. É uma situação muito difícil pra gente que depende somente da renda obtida com o vínculo junto ao hospital”, lamenta o profissional ao explicar que todos os médicos, cerca de 90, que prestam serviços através de empresas contratadas pela OSS, estão na mesma situação.
“A congregação tem pago o pessoal da enfermagem e do administrativo”, afirma ele ao explicar que esses servidores estão recebendo porque são contratados diretamente pela Organização Social de Saúde. “Já no caso de nós médicos que somos prestadores de serviço através de empresas contratadas por eles [OSS], estamos sem receber. Apenas uma pequena minoria de médicos aqui é concursada”.
De acordo com o profissional o prazo para a secretaria efetuar o pagamento expirou no dia 10 deste mês. Na sexta-feira de manhã não teve resposta por causa da mudança de secretário e a maioria decidiu aderir a greve. Desde julho de 2016 a gente vem dando prazos e a situação vem se arrastando. Agora vai acumulando 3 meses de atraso e chegando a 4 meses, assim não dá, é um terço do ano sem receber”, desabafa.
Atendimentos de urgência e emergência mantidos
Durante o período da paralisação, somente os casos de urgência e emergência que são atendidos. Os demais procedimentos nas especialidades de ortopedia, oncologia, cirurgia geral, cirurgia eletiva, pediatria, bem como atendimento na portaria do hospital foram suspensos. “A gente espera que de hoje pra amanhã o Estado resolva isso, faça os repasses atrasados porque a paralisação vai durar o tempo que for preciso até recebermos os salários atrasados. As despesas não param de chegar. A gente faz empréstimos com familiares e instituições bancárias, pega um empréstimo para pagar outro, paga juros e depois não recebemos nossos salários atrasados com juros”, relata o médico.
Sobre a paralisação por tempo indeterminado ele garante que estão respaldados por lei, pois atendem os casos de urgência e emergência e a greve foi decidida em assembleia por maioria dos presentes.
“A gente está tranquilo, estamos fazendo o que é um direito nosso. Não vamos virar as costas pra nenhum paciente. O próprio Estado reconhece o trabalho que fazemo aqui. Estamos fazendo o que podemos. Queremos que o Ministério Público, a Promotoria e a Justiça se envolvam e tomem pé da situação para ajudar a fazer o que deve fazer. A gente faz isso não porque quer, mas porque nem temos mais de onde retirar recursos pra pagar nossas contas. Esperamos que o governo faça a parte”.
Outro lado
Os telefonemas efetuados para os números disponíveis no site da Associação Congregação de Santa Catarina não foram atendidos. O gerente administrativo do Hospital Regional, Alex Taichi, foi procurado pelo Gazeta Digital, mas disse que não tinha autorização para comentar o assunto. Também se recusou a fornecer o contato da assessoria de imprensa da Associação de Santa Catarina.
O governo do Estado foi procurado e ficou de encaminhar um posicionamento sobre o assunto ainda nesta segunda-feira.
Welington Sabino, repórter do GD
Cáceres e Região
Jovem de 19 anos recebe alta da UTI em Cáceres após diagnóstico de dengue hemorrágica
Após uma intensa batalha contra a dengue hemorrágica, Hemilly Naelly, de 19 anos, finalmente recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital em Cáceres. Sua emocionante chegada em casa, localizada em Pontes e Lacerda, foi calorosamente recepcionada por familiares e amigos.
Hemilly foi diagnosticada com dengue hemorrágica, uma forma grave da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e precisou ficar quatro dias na UTI. Sua condição exigiu uma mobilização excepcional por parte da comunidade local, com apelos para doações de sangue.
A jovem enfrentou um período crítico durante sua internação, no entanto, a generosidade dos doadores foi notável, especialmente daqueles com tipo sanguíneo O negativo. Apesar da previsão médica de transfusão sanguínea, não houve a necessidade desse procedimento.
“Minha filha ficou entre a vida e a morte, entrou no UTI numa terça-feira, saiu no domingo”, relatou a mãe à Tv Centro Oeste.
Por Daiana Cristina
Fonte – TVCO
Destaque
Conselho sugere tornozeleira eletrônica como medida protetiva
O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária publicou no Diário Oficial da União, desta quarta-feira (17), uma recomendação de uso de monitoração eletrônica, também chamada tornozeleira eletrônica, nos agressores denunciados por violência doméstica e familiar contra a mulher. A meta é garantir que as medidas protetivas de urgência sejam efetivas.
O conselho define também que, para o uso de tornozeleira eletrônica, a autoridade judiciária deverá, além de fundamentar a medida, estabelecer o perímetro, horários de circulação e recolhimento do monitorado, além de definir prazos para a reavaliação da decisão, que pode ser modificada ou revogada, em casos de mudança na situação de ameaça.
A orientação foi baseada em dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apontaram um aumento de 20% no total de medidas protetivas de urgência concedidas após denúncias de violência doméstica e familiar, entre os anos de 2022 e 2023.
Reforço
O documento também sugere o uso da ferramenta para reforçar a aplicação de medidas de proibição de aproximação e contato com a vítima, seus familiares e testemunhas, e determinação de limite mínimo de distância do agressor, já previstos na Lei Maria da Penha (11.340/2006).
Uma análise dos dados, também apresentados pelo CNJ, teria apontado que esses tipos de medidas protetivas de urgência foram as mais aplicadas pela Justiça, cerca de 77% dos registros entre janeiro de 2020 e maio de 2022, em casos de violência contra a mulher.
Já para as vítimas também foi recomendada a disponibilização, sempre que possível, de uma Unidade Portátil de Rastreamento (UPR), dispositivo conhecido como botão do pânico para proteção e prevenção de novas violências, por meio do mapeamento de áreas de exclusão dinâmicas conforme a movimentação da vítima.
Foi recomendado, ainda, que as Centrais de Monitoração Eletrônica priorizem a aplicação dos equipamentos de monitoração eletrônica para os casos de medida protetiva de urgência motivadas por violência contra mulheres.
Edição: Kleber Sampaio
Por Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil – Brasília
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