Destaque
Deputado João Batista é chamado de traidor e agride verbalmente servidoras públicas de Cáceres
Por: Redação Muvuca Popular
“Ontem, aconteceu esse episódio vergonhoso do deputado estadual João Batista (PROS), onde mesmo imputou ofensas contra duas servidoras públicas, eu e minha amiga Rose, e ainda colocou em dúvidas inclusive nossa entrada no serviço público, via concurso, e nossas capacidades como profissionais. Repúdio veemente atitudes preconceituosas desse tipo, ainda mais vindo de um representante do povo mato-grossense”, disse Célia Cristina Campos Santana De Carvalho em entrevista ao Muvuca Popular, que é uma das servidoras agredidas verbalmente pelo parlamentar.
A discussão teria começado quando conversavam no grupo dos servidores públicos de Mato Grosso sobre o apoio aos candidatos à prefeitura de Cuiabá, contudo o parlamentar acabou se alterando e xingou as servidoras que fizeram criticas ao deputado.
“Ele veio falar de interesses, aí fiz o comentário que seria igual ele fez, quando teve a votação da PEC da previdência, onde ele negociou para defender seus próprios interesses e comentei que ele era o melhor exemplo, mas ele não gostou, veio pra cima já com ofensas pessoais e profissionais”, disse a servidora, se referindo ao PROS ter decidido apoiar a candidatura do vereador Abílio no segundo turno em Cuiabá.
“O nobre deputado infelizmente passou dos limites do aceitável e como representante do legislativo mato-grossense, envergonhou a casa ao tecer palavras de ofensas e tentando colocar em dúvidas, a minha honestidade, quanto minha entrada no serviço público e também colocando em dúvidas, minha capacidade intelectual, no exercício de minhas funções”, acrescentou.
Em nota enviada à Célia, servidores da Educação afirmaram que a situação não passou de uma covardia contra as mulheres, que é típico dos apoiadores do vereador Abílio Júnior (Pode).
“Quero prestar toda minha solidariedade a colega servidora da Saúde, Célia Cristina Campos Santana De Carvalho que mora em Cáceres e ontem foi xingada pelo deputado João Batista Souza que ainda fez insinuações caluniosas da colega, que também é filiada ao PROS. Ela reclamou porque ele do PROS pediu votos para vereador do PSDB em Cáceres. Ele não respondeu e ainda a atacou no grupo de servidores. Covardia com as mulheres é típico dos apoiadores do Abilolado. Deputado de um mandato só! Traiu os servidores e servidores na reforma da previdência e agora quer confetes?”, disseram em nota.
Já a vereadora eleita por Cáceres, professora Mazeh, mostrou toda a solidariedade às servidoras. “Estarrecida com essa atitude companheira Célia e Rose. Minha total solidariedade a vocês duas, esse machismo, misoginia e tentativa de silenciamento dentro dos partidos precisa mudar. Nossas vozes não pode ser silenciadas, não podemos aceitar esse embrutecimento e naturalizações de toda essas violências. Conte conosco nesta luta que também é nossa”, afirmou a parlamentar.
Outro lado
Em nota, a assessoria do parlamentar afirmou que ele há vários dias está sofrendo ataques por alguns sindicalistas, afirmando que apenas respondeu as agressões e ofensas disseminadas no aplicativo. “Sendo assim, o parlamentar reafirma o seu compromisso com os servidores, mas que infelizmente, pseudo-defensores de algumas causas, tentam ganhar destaque realizando ataques, na tentativa de ganhar notoriedade na imprensa”, diz trecho da nota.
Cáceres e Região
Jovem de 19 anos recebe alta da UTI em Cáceres após diagnóstico de dengue hemorrágica
Após uma intensa batalha contra a dengue hemorrágica, Hemilly Naelly, de 19 anos, finalmente recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital em Cáceres. Sua emocionante chegada em casa, localizada em Pontes e Lacerda, foi calorosamente recepcionada por familiares e amigos.
Hemilly foi diagnosticada com dengue hemorrágica, uma forma grave da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e precisou ficar quatro dias na UTI. Sua condição exigiu uma mobilização excepcional por parte da comunidade local, com apelos para doações de sangue.
A jovem enfrentou um período crítico durante sua internação, no entanto, a generosidade dos doadores foi notável, especialmente daqueles com tipo sanguíneo O negativo. Apesar da previsão médica de transfusão sanguínea, não houve a necessidade desse procedimento.
“Minha filha ficou entre a vida e a morte, entrou no UTI numa terça-feira, saiu no domingo”, relatou a mãe à Tv Centro Oeste.
Por Daiana Cristina
Fonte – TVCO
Destaque
Conselho sugere tornozeleira eletrônica como medida protetiva
O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária publicou no Diário Oficial da União, desta quarta-feira (17), uma recomendação de uso de monitoração eletrônica, também chamada tornozeleira eletrônica, nos agressores denunciados por violência doméstica e familiar contra a mulher. A meta é garantir que as medidas protetivas de urgência sejam efetivas.
O conselho define também que, para o uso de tornozeleira eletrônica, a autoridade judiciária deverá, além de fundamentar a medida, estabelecer o perímetro, horários de circulação e recolhimento do monitorado, além de definir prazos para a reavaliação da decisão, que pode ser modificada ou revogada, em casos de mudança na situação de ameaça.
A orientação foi baseada em dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apontaram um aumento de 20% no total de medidas protetivas de urgência concedidas após denúncias de violência doméstica e familiar, entre os anos de 2022 e 2023.
Reforço
O documento também sugere o uso da ferramenta para reforçar a aplicação de medidas de proibição de aproximação e contato com a vítima, seus familiares e testemunhas, e determinação de limite mínimo de distância do agressor, já previstos na Lei Maria da Penha (11.340/2006).
Uma análise dos dados, também apresentados pelo CNJ, teria apontado que esses tipos de medidas protetivas de urgência foram as mais aplicadas pela Justiça, cerca de 77% dos registros entre janeiro de 2020 e maio de 2022, em casos de violência contra a mulher.
Já para as vítimas também foi recomendada a disponibilização, sempre que possível, de uma Unidade Portátil de Rastreamento (UPR), dispositivo conhecido como botão do pânico para proteção e prevenção de novas violências, por meio do mapeamento de áreas de exclusão dinâmicas conforme a movimentação da vítima.
Foi recomendado, ainda, que as Centrais de Monitoração Eletrônica priorizem a aplicação dos equipamentos de monitoração eletrônica para os casos de medida protetiva de urgência motivadas por violência contra mulheres.
Edição: Kleber Sampaio
Por Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil – Brasília
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