Política

Comissão de Segurança Pública discute comercialização de produtos em unidades prisionais

Published

on

Foto: Ronaldo Mazza

A Comissão de Segurança Pública e Comunitária recebeu o presidente da Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec) e membro da Associação de Lojistas de Caça e Pesca (Alcape) em reunião ordinária na tarde da última quarta-feira (26). Os deputados ouviram dos representantes reclamações sobre decreto do Executivo estadual para regulamentar a comercialização de produtos no sistema prisional e também referentes à proposta do governo do estado de proibir a pesca amadora no estado por cinco anos, respectivamente.

De acordo com o presidente da Aspec, Matheus Noronha, hoje a maioria das cantinas de unidades prisionais é gerida por servidores. Na avaliação dele, o Decreto Governamental nº 103 deste ano retira dos funcionários essa atribuição. “Nós servidores somos os mais ansiosos pela regulamentação, para dar segurança jurídica no nosso serviço. O que a gente é contra é a exclusão dos servidores e o direcionamento dos recursos. Atualmente não recebemos nenhum investimento, tudo é adquirido pela cantina. Esse decreto além de proibir o servidor de trabalhar, tira esse recurso da unidade”, argumenta.

Ainda de acordo com Noronha, a maneira como o governo fez a regulamentação prejudica os reeducandos. Ele afirma que é a cantina administrada pelos servidores que hoje paga por insumos como remédios para os presos e papel. O deputado João Batista (Pros) também discorda do entendimento do Executivo estadual e ressalta que é autor do Projeto de Decreto Legislativo nº 4/2019, que pretende sustar o decreto feito pelo governo.

Leia mais:   Núcleo Ambiental conclui instalação de comissões de mérito na ALMT

O parlamentar apresentou ainda o Projeto de Lei nº 507/2019, que dá para os servidores a atribuição de gerir espaços destinados à venda de produtos em unidades penitenciárias. “Dessa forma o Estado tem como fiscalizar. Delegar para iniciativa privada ou para uma associação externa é possibilitar que mais tarde pessoas mal intencionadas possam tomar conta dessas cantinas”, defende João Batista.

Cota zero – A comissão também ouviu a comerciante Nilma Silva, membro da Associação de Lojistas de Caça e Pesca (Alcape). Ela faz parte de um grupo que está se reunindo com deputados para discutir o Projeto de Lei nº 668/2019 (Mensagem nº 107/2019), apresentado pelo governo recentemente e que proíbe no artigo 18 a comercialização e transporte de pesca amadora por cinco anos no estado a partir de 2020.

De acordo com o movimento, a proposta não preserva os rios, sendo possível buscar alternativas, como aumento da fiscalização. Nilma Silva também critica o aumento do limite de armazenamento de pesca profissional dos atuais 125 kg por semana para 150 kg, previsto no texto.  “A única forma que temos é entrar em contato com a Assembleia e pedir apoio dos deputados. Mostramos a nossa realidade de vida. A mensagem que o governo traz só permite comer 5 kg na beira do rio. Qual é a diferença entre comer lá e na minha casa”, questiona. Ainda segundo a comerciante, a proibição afeta geração de milhares de empregos diretos e indiretos garantidos pela pesca amadora.

Leia mais:   ALMT promove seminário de capacitação a gestores públicos municipais na próxima semana

O presidente da Comissão de Segurança, deputado Elizeu Nascimento (DC), mostrou preocupação com o tema. “Querem proibir a pesca de final de semana comum, do cidadão. Mas aumenta na mesma lei aumenta de 125 kg para 150 kg de pescado para os pescadores profissionais”, Ele lembra ainda que hotéis são resguardados na lei e acredita que seja necessário discutir melhor a proposta.  “Vamos ouvir a população em audiências públicas para tomarmos o caminho correto”, garantiu.

Penitenciária Central do Estado – O presidente da comissão também disse que o colegiado vai acompanhar as investigações no caso da prisão de dois diretores da Penitenciária Central do Estado (PCE) e de três policiais militares no último dia (18). “Já solicitamos ao secretário de Segurança Pública que tome providências em relação aos militares, por não estar na mão da Polícia Militar a condução do inquérito”, adiantou Elizeu Nascimento. “Não estamos na seara de se eles cometeram ou não os crimes, mas ficou definido que nós membro da comissão faremos uma visita a esses policiais que estão presos, o agente penitenciário e o diretor para que possamos buscar algumas informações, assim como com o delegado”, completa o deputado.

Ainda no encontro, os membros da comissão ainda deram parecer favorável a 15 propostas, como o PL nº 520/2019 e o PL 482/2019.

Comentários Facebook

Cáceres e Região

Em Cáceres, 13.290 títulos foram cancelados

Published

on

 

 

Jornal Cacerense

A menos de 20 dias para encerramento de alistamento, reabilitação e transferências.Num total de 75.714 eleitores inscritos pela Sexta  Zona Eleitoral pelo município de Cáceres- à 210quilômetros Oeste de Cuiabá -, apenas 62.244 estão aptos a votarem, 13.290 estão cancelados,  as informações são da Chefia  do Cartório Eleitoral Daniele Cavalcante Dias,  nesta quinta feira (18).

De acordo com Cavalcante Dias,  à procura se intensificou nas últimas semanas. Com a sede da Justiça Eleitoral,  no Centro Operacional de Cáceres,  atendendo num único período entre 07h30 até as 13h30. Ela,  observa que a partir do dia 29 num esforço dos servidores o horário de atendimento se estenderá desde as 08 horas encerrando as 18 horas,  sendo que no sabado dia 04 haverá atendimento entre as 09 horas até as 18 horas.

A coordenação  pede aos eleitores de Cáceres, que evitem deixar para os últimos dias, lembrando que Calendário estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral para todo o território brasileiro,  se encerrará no dia 08 de maio próximo.

Leia mais:   ALMT promove seminário de capacitação a gestores públicos municipais na próxima semana

O juiz José Eduardo Mariano,  foi designado pela presidência do Tribunal Regional Eleitoral, para presidir as eleições em Cáceres.

No município possui 234 seções de votação  que estão distribuídas em 41 locais,  sendo 11 deste na área rural.
Daniele,  informou ainda que após o fechamento do cadastro, será feita uma avaliação quanto à eventual  necessidade de agregar ou não algumas seções.

A cidade de Cáceres, devido sua posição geográfica no Oeste de Mato Grosso, além de marco na ocupação das terras idealizadas pelo então governador Fernando Correia de Costa, na década de 1950, fez da cidade um mosaico nos limites com outros municípios como Poconé; Nossa Senhora do Livramento; Jangada; Porto Estrela; Barra do Bugres; Lambari do Oeste; Curvelandia ( antiga  Curva do Boi); Mirassol do Oeste; Glória do Oeste; Porto Esperidião,  e ainda possue extensa fronteira com a Bolívia.

DENÚNCIA 

É nesse ambiente que veículos de comunicação de Cáceres,  receberam denuncias últimas semanas de que estaria supostamente ocorrendo aliciamento eleitoral em massa no Distrito de Novo Horizonte do Oeste,  que pertence à Cáceres, onde parte do eleitorado daquele povoado estaria sendo  cooptados à transferir seus títulos para a vizinha cidade de Mirassol do Oeste.

Leia mais:   Em entrevista à Difusora, Professor Leandro defende geração de emprego, valorização do servidor e contratação de médicos especialistas

A denúncia foi informada ao Cartório Eleitoral de Cáceres , ” diz trecho da acusação que de cada 10 eleitores de Horizonte do Oeste,  em Cáceres,  com  domicílio,  06 votam em Mirassol.

 

Por João Arruda/Jornal Cacerense

Comentários Facebook
Continue Reading

Destaque

Luta e celebração marcam comemoração dos povos originários

Published

on

“Um dia para celebrar nossa resiliência, nossa resistência. A gente precisa celebrar a conquista de estar na faculdade, nos espaços que ainda precisam ser conquistados. Celebrar a nossa existência!” A frase é uma reflexão de Eliane Xunakalo, presidente da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt) sobre o dia 19 de abril, em que se comemora o Dia dos Povos Indígenas.

Em Mato Grosso, a Assembleia Legislativa (ALMT) atua na defesa dos direitos da população indígena do estado por meio de iniciativas como câmara setoriais temáticas, frentes parlamentares, propostas de leis e na realização de audiências públicas. Este ano, no dia 5 de abril, o deputado Lúdio Cabral (PT) presidiu uma grande audiência pública em Cuiabá. O evento reuniu mais de 300 pessoas representantes de diferentes etnias na praça Ulisses Guimarães para discutir políticas públicas para a população indígena em todo o estado.

Mas a atuação da ALMT também foi marcada, em 2022 e 2023, pela Câmara Setorial Temática das Causas Indígenas. Presidida pelo deputado Carlos Avallone (PSDB), a CST realizou discussões importantes, principalmente sobre questões relacionadas à saúde e à educação para os povos indígenas. No ano passado, inclusive, representantes da Câmara e o deputado Carlos Avallone visitaram a Faculdade Indígena Intercultural (Faindi), a primeira do Brasil e que está instalada em Barra do Bugres.

Leia mais:   Profissionais de Administração são homenageados em sessão especial

Entre os pontos destacados pela Câmara, está a necessidade de uma ação entre as fontes de financiamento e as demandas indígenas reais para fornecer recursos para que as sociedades indígenas cumpram os destinos desejados. Além disso, o relatório da CST também chama a atenção para uma maior participação dos povos originários no debate e na formulação de ações para atender as demandas existentes.

Foto: Ronaldo Mazza

“Apesar das limitações conceituais, epistemológicas, demográficas, organizativas e, principalmente, políticas que hoje se evidencia para a formulação e implementação de uma estratégia de refundação da temática indígena, a partir da ideia de autodeterminação e autonomia territorial indígena, entendemos ser necessário, ao menos, tentar sobre a participação política dos povos indígenas nas instâncias de Poder Legislativo brasileiro”, traz o relatório.

Eliane Xunakalo, presidente da Fepoimt, explica que a representatividade dos povos indígenas na construção de políticas públicas ainda é baixa e que é precisou ouvir mais a população para identificar suas demandas, incluí-la na elaboração das propostas que vão desde a demarcação de terras, até educação, saúde, emprego.

“Estamos propondo diálogo, somos nós que sabemos da realidade no chão da aldeia. Temos demandas na área da saúde, educação, valorização da cultura, demarcação de território, fomento às cadeias produtivas nas quais fazemos partes. Assuntos em que a Assembleia pode contribuir muito com a gente”, afirma Eliane.

Leia mais:   CCJR analisa mais de 30 projetos em reunião ordinária

Curiosidade – O 19 de Abril foi instituído, em 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas, como o Dia do Índio. Na época, a data foi escolhida após o primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México, em 1940, e que ficou recomendado aos países americanos a adoção desta data para celebrar o dia dos povos originários.

Quase 80 anos depois, o nome da data foi alterado para Dia dos Povos Indígenas, atendendo uma proposta da deputada Joenia Wapichana, de Roraima. De acordo com a parlamentar, a intenção ao renomear a data é ressaltar, de forma simbólica, não o valor do indivíduo estigmatizado “índio”, mas o valor dos povos indígenas para a sociedade brasileira.

“O propósito é reconhecer o direito desses povos de, mantendo e fortalecendo suas identidades, línguas e religiões, assumir tanto o controle de suas próprias instituições e formas de vida quanto de seu desenvolvimento econômico”, afirmou a deputada quando o texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Com informações da Agência Câmara.


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: [email protected]


Fonte: ALMT – MT

Comentários Facebook
Continue Reading

Cáceres e Região

Policial

Política MT

Mato Grosso

Mais Lidas da Semana